quarta-feira, novembro 02, 2011

Petrobras apresenta diagnóstico ambiental da Bacia de Campos em Congresso de Ciências do Mar


Projeto analisou área de 100 mil km² no litoral Sudeste e formará base de dados inédita no País

A Petrobras apresentará o primeiro diagnóstico oficial de caracterização ambiental da Bacia de Campos no XIV Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (XIV Colacmar). O evento será realizado entre 31 de outubro e 4 de novembro, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, com debates em torno das novas pesquisas, políticas para o setor e avanços na área de oceanografia.

O gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde da Petrobras, Ricardo Azevedo, participará da abertura do evento, no dia 31 de outubro. Na terça-feira, 1º de novembro, a analista ambiental do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Ana Paula Falcão, falará sobre o diagnóstico realizado na Bacia de Campos - uma das maiores produtoras de petróleo e gás do País - em palestra com o tema "Caracterizações Ambientais de Bacias Sedimentares Marinhas: responsabilidades, uso na gestão ambiental e alinhamentos com as práticas do Governo".

Nos dias 2 e 3 de novembro, será realizado um simpósio para apresentação dos principais resultados do diagnóstico da Bacia de Campos, que foi delineado para gerar e consolidar conhecimento sobre os aspectos físico, químico, geológico, biológico e socioeconômico da região, englobando uma área de 100 mil km², entre o Estado do Rio de Janeiro e o sul do Espírito Santo.

Durante todo o evento, haverá um estande da Petrobras para divulgação dos diversos projetos de pesquisa do Cenpes desenvolvidos em diferentes áreas de atuação da Petrobras. O destaque do estande será a apresentação das informações ambientais da Bacia de Campos na sala de realidade virtual 3D, montada para o evento. Os visitantes poderão interagir com computadores com o sistema de informação geográfica produzidos para Bacia de Campos, que será utilizado para gestão ambiental da região. Também serão apresentados os biomapas com os dados ambientais marinhos disponibilizados na parceria com a Google.

Também no dia 1° de novembro, o engenheiro da área de Contingência da Petrobras, Angelo Sartori, abordará as novas fronteiras exploratórias do petróleo e a contribuição da oceanografia para pesquisa e o monitoramento na região do Pré-Sal. Na palestra serão apresentadas as novas tecnologias que podem ser usadas para auxiliar a tomada de decisão durante emergências, como o sistema de câmaras de alta resolução, infravermelho e radar que podem ser empregados para o monitoramento das condições ambientais. Também será abordado o desenvolvimento de modelos de previsão oceânica conduzido pela Petrobras, em conjunto com universidades brasileiras e a Marinha do Brasil, no âmbito da Rede Temática de Modelagem e Observação Oceanográfica. No dia 3 de novembro, o gerente setorial de Contingência da Petrobras, Marcus Vinicius Lisboa Brandão, participará de mesa-redonda sobre planejamento e resposta a acidentes com derramamento de óleo no mar.

O congresso reúne especialistas ligados às instituições de ensino e de pesquisa latino-americanas, órgãos ambientais e setoriais, iniciativa privada e ONGs de toda a América Latina. Estarão presentes representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Serviço: Participação da Petrobras no XIV Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (XIV Colacmar)
Data: 31 de outubro
19h - Solenidade de Abertura
Data: 1º de novembro
13h30 - Simpósio "Novas Fronteiras Exploratórias do Petróleo: a contribuição da oceanografia à pesquisa e ao monitoramento na região do Pré-Sal"
16h45 - Palestra "Integração de Tecnologias para Suporte a Emergência Offshore"
17h30 - Palestra "Caracterizações Ambientais de Bacias Sedimentares Marinhas"
Data: 3 de novembro
13h30 - Mesa-redonda "Planejamento e Resposta a Acidentes com Derramamento de Óleo no Mar"
Local: Infinity Blue Recanto das Águas Resort & SPA - Estrada da Rainha, 800, Praia dos Amores, Santa Catarina, Balneário Camboriú
Mais informações: www.colacmar2011.com

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Escassez de mão de obra qualificada torna mercado de petróleo e gás um dos mais atraentes para profissionais


Com vagas sobrando e altos salários, demanda por trabalhadores na área deve continuar em alta pelo menos até 2020, tanto no Brasil quanto no exterior

No furor do bom momento vivido pela economia brasileira (e sendo, inclusive, um dos responsáveis por ele), o setor de petróleo e gás tem se posicionado como um dos mais promissores, principalmente após as descobertas do pré-sal. Como consequência imediata, a demanda por profissionais para as diversas áreas que envolvem seus processos – da exploração à comercialização nos mercados internacionais – cresceu bastante e deve permanecer em alta, pelo menos, até 2020. Em contrapartida, o número de pessoas qualificadas para esse tipo de trabalho ainda é bastante inferior à necessidade das companhias, o que – em um primeiro momento – gera pelo menos dois fatores aos quais os interessados em atuar nessa área devem ficar atentos: vagas sobrando e salários cada vez mais altos.

“As perspectivas são promissoras, visto que a previsão de investimentos no setor é grande para os próximos anos. Só o montante anunciado pela Petrobras já indica a ordem de grandeza da abertura de novas vagas: serão US$ 224,7 bilhões de 2011 a 2015″, explica Goret Pereira Paulo, diretora adjunta e coordenadora do Núcleo de Energia do FGV in company.

O crescimento do setor tem ainda reflexos diretos em outras áreas com as quais está relacionado, gerando paralelamente o aumento da demanda por profissionais também nesses segmentos. “Se levarmos em conta que os projetos vão movimentar também a indústria de novos equipamentos, de ferro e aço e o fornecimento de uma série de serviços, podemos multiplicar esse investimento por quatro ou cinco”, afirma Goret.

Formação urgente e necessária

Pelo menos 173.686 pessoas já se deram conta do bom momento que o mercado de petróleo e gás vive hoje. Esse foi o número de inscritos no último concurso da Petrobras para cargos de níveis médio e superior cujos salários ultrapassavam os R$ 6 mil.

Ter vagas no mercado não significa, entretanto, que elas estão lá para serem preenchidas pelo primeiro que chegar. O grande calo enfrentado hoje pelo setor de petróleo e gás é a falta de profissionais capacitados, e para isso só existe uma solução: capacitá-los.

“Várias cursos de faculdades já estão se adaptando na especialização e formação de profissionais para o setor de óleo e gás. Contudo, não há no mercado hoje mão de obra especializada para algumas áreas como o pré-sal, por exemplo”, afirma Gabriel Jacintho, especialista em assuntos relacionados a petróleo e gás.

“O pré-sal, por enquanto, ainda é uma promessa de um grande negócio ― digo “promessa”, pois as estimativas precisam ser confirmadas ―, mas a sua exploração envolve uma tecnologia muito sofisticada que ainda nem foi completamente desenvolvida”, complementa Goret.

A coordenadora do Núcleo de Energia da FGV in company ressalta ainda algumas áreas em que a demanda é maior. “O setor precisa de profissionais qualificados em diversos segmentos, mas destaco quatro, devido à natureza do negócio: análise de risco, finanças, logística e planejamento. De uma maneira geral, faltam engenheiros e mais ainda: engenheiros com conhecimento de gestão, uma das principais reclamações das empresas. O setor também está carente de mão de obra especializada em gestão de projetos, regulação, meio ambiente, apoio offshore, processamento e refino, distribuição e revenda”, detalha Goret.

Apesar das dificuldades, entretanto, o especialista Gabriel Jacintho se mostra otimista. “A intenção é de que o setor e a economia brasileira não tenham seu crescimento travado por falta de profissionais qualificados. As faculdades devem responder de forma efetiva aos desafios e as complexidades do setor”, afirma.

Onde estão as oportunidades

Todo o Brasil, no final das contas, deve se beneficiar com o bom desempenho do setor de petróleo e gás. Mas algumas regiões específicas concentram as principais atividades e é nelas onde está grande parte das vagas. “São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro são estados fortes no setor e sempre precisarão de mão de obra qualificada. Nos últimos anos, o setor de extração e refino de petróleo também vem sendo responsável, direta ou indiretamente, por novas vagas na Região Nordeste, que deverá sediar novas refinarias”, explica Goret Pereira Paulo.

Fonte: http://www.petroleoetc.com.br/