A Petrobras assinou na última quarta-feira, dia 12, contrato para construção de novas unidades, uma de Hidrotratamento de Diesel (HDT II) e outra voltada para a Geração de Hidrogênio (UGH II), na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS). A obra está estimada em três anos, com um índice de nacionalização superior a 70%. Há ainda expectativa de geração de três mil postos de trabalho no pico das obras.
Segundo o comunicado da estatal, a HDT II terá capacidade para tratar 6.000 m3/dia de diesel com baixo teor de enxofre, contribuindo para o atendimento à legislação ambiental e para a melhoria da qualidade do ar. Já a UGH II terá capacidade para produzir 1.250.000 Nm3/dia de hidrogênio, com pureza de 99%, tendo como diferencial a possibilidade de carga com gás natural, gás de refinaria, butanos e nafta.
“Esse empreendimento tem uma importância chave, pois vai propiciar a produção de diesel de qualidade apropriada tanto para o mercado interno quanto para o externo”, destacou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Essa é mais uma demonstração de como a companhia está preocupada em aumentar a capacidade de produção das suas refinarias no país.
Atualmente, a Refap apresenta capacidade instalada de 200 mil barris de petróleo por dia. Segundo a estatal, a refinaria produz principalmente óleo diesel e gasolina, além de nafta petroquímica, propeno, GLP, óleo combustível, asfalto e querosene de aviação. Este último, inclusive, ganhou destaque nos noticiários do país por conta do recente anúncio da estatal informando que as vendas de QAV no último mês totalizaram o volume de 585.450 m³, o que representa um aumento de 4,9% em relação ao recorde anterior, ocorrido em julho de 2010.
Polêmica na aquisição da Refap
A aquisição da Refap foi questionada pelo mercado, na época, por conta do valor que a Petrobras pagou para a Repsol. Segundo especialistas do setor, houve prejuízo para a estatal brasileira que recomprou por US$ 850 milhões os 30% da Refinaria, que havia vendido em 2001 por US$ 500 milhões à espanhola Repsol. Tal situação representa que o preço da recompra foi pelo menos 70% maior do que o da venda. A polêmica foi rebatida pela Petrobras por meio de nota, afirmando que o valor da aquisição, incluiu também os 30% dos estoques da unidade, além dos lucros obtidos pela unidade no exercício de 2010.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/