segunda-feira, janeiro 17, 2011

REFAP GARANTE NOVAS UNIDADES


A Petrobras assinou na última quarta-feira, dia 12, contrato para construção de novas unidades, uma de Hidrotratamento de Diesel (HDT II) e outra voltada para a Geração de Hidrogênio (UGH II), na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS). A obra está estimada em três anos, com um índice de nacionalização superior a 70%. Há ainda expectativa de geração de três mil postos de trabalho no pico das obras.

Segundo o comunicado da estatal, a HDT II terá capacidade para tratar 6.000 m3/dia de diesel com baixo teor de enxofre, contribuindo para o atendimento à legislação ambiental e para a melhoria da qualidade do ar. Já a UGH II terá capacidade para produzir 1.250.000 Nm3/dia de hidrogênio, com pureza de 99%, tendo como diferencial a possibilidade de carga com gás natural, gás de refinaria, butanos e nafta.

“Esse empreendimento tem uma importância chave, pois vai propiciar a produção de diesel de qualidade apropriada tanto para o mercado interno quanto para o externo”, destacou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Essa é mais uma demonstração de como a companhia está preocupada em aumentar a capacidade de produção das suas refinarias no país.

Atualmente, a Refap apresenta capacidade instalada de 200 mil barris de petróleo por dia. Segundo a estatal, a refinaria produz principalmente óleo diesel e gasolina, além de nafta petroquímica, propeno, GLP, óleo combustível, asfalto e querosene de aviação. Este último, inclusive, ganhou destaque nos noticiários do país por conta do recente anúncio da estatal informando que as vendas de QAV no último mês totalizaram o volume de 585.450 m³, o que representa um aumento de 4,9% em relação ao recorde anterior, ocorrido em julho de 2010.

Polêmica na aquisição da Refap

A aquisição da Refap foi questionada pelo mercado, na época, por conta do valor que a Petrobras pagou para a Repsol. Segundo especialistas do setor, houve prejuízo para a estatal brasileira que recomprou por US$ 850 milhões os 30% da Refinaria, que havia vendido em 2001 por US$ 500 milhões à espanhola Repsol. Tal situação representa que o preço da recompra foi pelo menos 70% maior do que o da venda. A polêmica foi rebatida pela Petrobras por meio de nota, afirmando que o valor da aquisição, incluiu também os 30% dos estoques da unidade, além dos lucros obtidos pela unidade no exercício de 2010.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

PETROBRAS PLANEJA EMPRESA PARA ADMINISTRAR SONDAS


A notícia de que a Petrobras irá criar uma empresa para administrar as sondas utilizadas na exploração do pré-sal ganhou mais consistência na última sexta-feira, com a divulgação de que a estatal, agora, se movimenta para buscar sócios no projeto. Nesse sentido, a companhia planeja juntar os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, além dos bancos Santander e Bradesco na nova empresa, que se chamará SET Brasil. Nela, a Petrobras terá participação minoritária, de 10%, enquanto os 90% restantes seriam diluídos entre fundos de investimentos e instituições financeiras, conforme informou na semana passada o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

A SET Brasil terá o objetivo de comprar as sondas e alugá-las para a estatal. Sobre essa composição, o diretor executivo da APPOM (Associação das Empresas de Petróleo e Gás Natural Extraídos de Campos Marginais do Brasil, Anabal Santos, opina: “No mercado, ouvimos o receio de agentes econômicos com a concentração excessiva de responsabilidades na Petrobras quanto à exploração e produção de petróleo e gás no Brasil e ainda uma certa desconfiança que este modelo venha a ser adotado até mesmo em àreas terrestres, restringindo ainda mais as oportunidades de desenvolvimento de negócios para as empresas privadas nacionais. Nesta perspectiva, vejo com preocupações esta inciativa”, diz ele, ao NN.

Por ora, as informações dão conta de que a SET Brasil será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração, que deverá ser fechada com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que ofereceu o melhor preço na licitação do primeiro lote das 28 unidades demandadas pela Petrobras – o valor da proposta do EAS foi de US$ 4,65 bilhões. "Por enquanto, ela será criada com capital para construir as sete unidades que serão encomendadas. Se houver interesse em contratar mais sete, ou mais 21, ou quantas mais vierem, serão novos processos conduzidos pela Petrobras que podem ou não utilizarem os mesmos investidores atuais”, disse Barbassa.

Diante dessa possibilidade de criação da SET Brasil há, no entanto, o risco de que a nova empresa ganhe autonomia para contratar as sondas restante – 21 unidades até 2017 – diretamente no mercado. Porém, a Petrobras nega essa possibilidade e estuda a alternativa de convocar os participantes da licitação das 28 sondas para rever os fatores que elevaram o custo do projeto e chegar a valores mais próximos do vencedor, o EAS. “Acho que o risco existe e ao meu ver é desporprocional a participação da Petrobras na SET Brasil, de 10%, como tem sido comentado pela imprensa. Acho que este formato não será bom, afinal a quem caberá os ônus e/ou bônus da decisão da encomenda? À Petrobras ou a SET Brasil?”, indaga Anabal.

Propostas

Como o prazo de vencimento das propostas foi estendido por pelo menos mais três meses, cresce a chance da SET Brasil assumir o processo e negociar com os proponentes, alterando até mesmo o número de sondas encomendadas. No processo licitatório, abaixo do EAS, ficou o consórcio Alusa Galvão, com uma proposta de US$ 4,678 bilhões; o estaleiro Brasfels, de Angra dos Reis, com proposta de US$ 5,172 bilhões; o estaleiro o Jurong, com proposta de US$ 5,178 bilhões; além do consórcio OAS/Odebrecht/UTC, com US$ 5,311 bilhões, estaleiro Eisa, com US$ 5,492 bilhões de proposta e o Andrade Gutierrez/Mauá, oferencendo US$ 5,768 bilhões.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

PETROLÍFERAS AUMENTAM INVESTIMENTOS NA EXPLORAÇÂO DE PETRÓLEO


Segundo uma avaliação da consultoria Tendências, com dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a participação das companhias que chegaram após o fim do monopólio da Petrobras praticamente triplicou no último ano, passando de 2,6% para 6,1% do volume total produzido no Brasil. De janeiro a outubro, diz a consultoria, as empresas privadas produziram 144% a mais do que no ano anterior. A produção privada no país ainda é pequena e, em muitos casos, obtida em parceria com a Petrobras.

A OGX de Eike Batista é a empresa privada que mais investe em exploração do petróleo no país. Pela conta da ANP, ano passado (até o 3º trimestre), os investimentos em exploração no país totalizaram R$ 8,4 bilhões. O maior investidor, com 59% do total, é a Petrobras. Depois vem a OGX, com 14% seguida da Repsol, com 11%, e, logo depois a Anadarko, com 6%. Em nota, a assessoria da Petrobras, alegou que teve que realizar paradas não programadas em plataformas este ano, o que teve impacto na produção.

A maior empresa de refino de petróleo da Coreia do Sul vendeu sua participação em três blocos de petróleo no Brasil para a dinamarquesa Maersk Oil por US$ 2,4 bilhões. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A companhia dinamarquesa por sua vez aumenta sua presença no Brasil, pois já possui participações em blocos exploratórios por aqui, alguns deles em parceria com a OGX.

Mercado brasileiro em alta

Depois da Petrobras, os maiores produtores de petróleo no Brasil são a anglo-holandesa Shell, com 51,1 mil barris por dia; as americanas Chevron (21,6 mil barris por dia) e Devon (15,9 mil barris por dia); a indiana ONGC (11,7 mil barris por dia) e a sul-coreana SK (10,6 mil barris por dia). Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), o investimento privado no setor será de US$ 42 bilhões até 2014 - são 40 companhias atuando além da estatal.

A Repsol também aposta no mercado brasileiro para crescer e para isso busca se desfazer de ativos para capitalizar-se e investir no País. A companhia deu andamento à estratégia de reduzir sua exposição na Argentina ao anunciar a venda de 3,3% de sua participação na YPF por cerca de US$ 500 milhões. Os compradores foram os fundos de investimento administrados pela Eton Park Capital Management, Capital Guardian Trust Company e Capital International, dos Estados Unidos, que terão o direito de exercer a opção de compra de mais 1,6% adicional na companhia argentina.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/