sexta-feira, setembro 24, 2010

Fontes de Energia


O petróleo move o mundo moderno e está presente em nosso cotidiano. Com ele, construímos uma história de sucesso. Agora, encontramos uma reserva imensa no pré-sal, com um tipo de óleo que nos permitirá diversificar e obter produtos mais nobres. Um novo desafio.

Porém, nossa história não se limita a ele. Buscamos energia em outras fontes, como o gás natural e os biocombustíveis.
O gás natural é versátil e pode ser aplicado em casa, na indústria e como combustível veicular. Nossas pesquisas por energias renováveis nos levaram ao desenvolvimento de tecnologia única no mundo para obtenção do biodiesel e a novas técnicas de produção do etanol.

Em paralelo, estamos desenvolvendo técnicas de obtenção de energia na força dos ventos, nos raios solares, nos rios e no hidrogênio combustível.

Fonte: http://www.petrobras.com.br/pt

Para resistir à corrosão


O processo de corrosão em torres de destilação

Torres de destilação inicialmente projetadas para processar petróleos leves – com baixo índice de acidez – começam agora a se deparar com a necessidade de processar petróleos pesados – com alto índice de acidez. A presença dessas substâncias corrosivas – HCl, ácidos naftênicos, enxofre e H2S – associada às elevadas temperaturas de operação, ativa o processo de corrosão. “A temperatura elevada favorece a formação de diversos ácidos, especialmente os ácidos naftênicos, que ao entrarem em contato com a superfície metálica, iniciam um intenso processo de corrosão do material”, esclarece o professor Jesualdo Pereira Farias, titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFC.
As refinarias da Petrobras já trabalham com equipamentos revestidos com aços inoxidáveis AISI 316L (austenítico) e AISI 410S (ferrítico). A utilização do aço AISI 444 está sendo estudada especificamente para ser aplicado como revestimento de torres de destilação de petróleo. Sua aplicação em outros equipamentos pode ser viável dependendo das características de operação do equipamento, como temperatura de operação e fluidos processados – embora seja necessária a realização de outras análises específicas.

Dentre as principais características do aço AISI 444 destacam-se o teor de cromo de 17%, adição de 2% de molibdênio, baixos níveis de elementos intersticiais – como carbono e nitrogênio – e adição de elementos estabilizadores – como o nióbio e titânio – para evitar a formação de carbonetos e nitretos de cromo, que são responsáveis pela suscetibilidade à corrosão intergranular. Este aço foi lançado no Brasil em 2001, inicialmente com o objetivo de atender a demanda da indústria açucareira. Suas excelentes características de resistência à corrosão e corrosão sob-tensão despertaram o interesse de outros setores, motivando o estudo sobre a viabilidade de aplicação para o setor petróleo e gás.
O revestimento
O revestimento interno de equipamentos com aços inoxidáveis é comum em equipamentos na indústria do petróleo, dada à agressividade dos meios e as severas condições de serviço. Em geral, três formas de revestimento podem ser encontradas, o clad, o lining, e o overlay.

No caso do revestimento de torres de destilação – em clad – o aço estrutural é revestido com aço inoxidável, normalmente através de processos como soldagem por explosão, dando origem a uma chapa bimetálica que será usada na fabricação do equipamento.
“Em equipamentos com grandes dimensões como no caso das torres de destilação, o clad é o revestimento mais comum na construção e o lining é a técnica mais usada no reparo”, conta Cleiton Silva.

Em se tratando da relação custo x benefício, os aços inoxidáveis são, em muitos casos, a melhor opção para revestimentos de equipamentos. Ligas de níquel (monel, inconel e hasteloy) ou outras não-ferrosas, apresentam-se como alternativa de revestimento. A desvantagem é que, além de serem de custo elevado, as ligas de níquel apresentam ainda baixa resistência ao ataque pelo H2S. Outros materiais que apresentam boa resistência à corrosão naftênica são as ligas de alumínio e de nióbio.

Os aços inoxidáveis austeníticos conhecidos por série 300 são disparados os aços inoxidáveis mais comercializados em todo o mundo. Alguns austeníticos, como o AISI 316 e 317, têm sido apontados como os de melhor desempenho em aplicações nas unidades de refino, principalmente devido à presença do molibdênio em teor suficiente para aumentar a resistência ao ataque dos ácidos naftênicos – embora, na prática, problemas relacionados à corrosão sob-tensão têm sido relatados. Outros aços inoxidáveis austeníticos como os AISI 304, 321 e 347, também têm sido empregados.

Os aços inoxidáveis ferríticos utilizados em revestimentos – AISI 403, AISI 405 e o AISI 410S – não vêm apresentando desempenho satisfatório nas condições atuais de processamento de petróleo. As causas para este baixo desempenho podem ser o baixo teor de cromo (em média 13%) e a ausência de molibdênio.

Neste contexto, o aço inoxidável superferrítico AISI 444, que contem maior teor de cromo e adição de molibdênio comparado aos ferríticos, surge como alternativa para aplicações em revestimento, em substituição aos aços austeníticos.

“Os aços inoxidáveis ferríticos, de uma forma geral, são mais baratos que os austeníticos por apresentarem em sua composição química teores de níquel muito baixo. Além disso, o aço inoxidável AISI 444 tem produção nacional o que elimina a necessidade de importação”, observa o engenheiro químico Hosiberto Batista de Sant’Ana, professor adjunto do Departamento de Engenharia Química da UFC.

Fonte: http://www.petroequimica.com.br/

Praia Grande terá terminal offshore

Praia Grande foi escolhida para receber um terminal off shore (na costa) para o escoamento e a distribuição de etanol. Outros 45 municípios de São Paulo participarão do empreendimento, desenvolvido pela Uniduto Logística.

A empresa, formada por usinas que, juntas, são responsáveis por um terço da produção nacional de etanol, deverá investir R$ 300 milhões na cidade e criar cerca de 70 empregos diretos e 200 indiretos, na fase operacional.

A expectativa é que o início das obras ocorra no segundo trimestre do próximo ano. Segundo o presidente da empresa, Sérgio Van Klaveren, o Projeto Uniduto prevê a construção de uma dutovia com 612,4 quilômetros de extensão, que passará por 46 municípios do Estado. Para isso, serão investidos R$ 3 bilhões. Serão implantados quatro terminais para a coleta de etanol nas regiões de Serrana, Botucatu, Anhembi e Santa Bárbara d'Oeste; e dois terminais de distribuição para o mercado interno em Paulínia e na Região Metropolitana de São Paulo (Caieiras), além do terminal de exportação em Praia Grande, com a unidade afastada da costa.

A unidade offshore ficará a cerca de 13 quilômetros da costa, na direção do bairro Maracanã. Uma monoboia automatizada servirá de âncora para os navios, que serão acoplados e carregados ali. Já o terminal ficará em uma retroárea adquirida pela empresa, às margens da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, com 200 mil metros quadrados de área total. Os estudos de viabilidade técnica do empreendimento tiveram início há cerca de dois anos.

Além de Praia Grande, outras duas cidades da Baixada Santista estavam sendo consideradas para receber o investimento. Guarujá, segundo Van Klaveren,era a primeira opção. "Na realidade, desde o início, nós já havíamos identificado vários locais no litoral que poderiam recepcionar nosso projeto de porto off shore", explicou o presidente da empresa. "Selecionamos três áreas e, das três, estudamos mais profundamente uma e começamos a estudar, em paralelo, outra, que era Praia Grande".

Ao perceber que o empreendimento poderia não avançar no outro município, de acordo com o presidente da Uniduto, a empresa se aproximou de Praia Grande, que demonstrou interesse em recepcionar o projeto.
DUTOS
Segundo Van Klaveren, o terminal da retroárea contará com um parque de tancagem, onde o etanol será armazenado. De lá, o álcool será bombeado para a boia, em alto-mar, onde os navios serão carregados. "O projeto é formado por uma retroárea, ligada por dutos continentais. Depois dessa retroárea, dutos continentais e depois submarinos alcançam a monoboia", relatou o presidente da empresa. `Depois de iniciadas as operações,a empresa estima que serão tirados de circulação mais de 1.600 caminhões bi-trens das estradas brasileiras.
A capacidade total de operação do ProjetoUniduto é de 16,6 bilhões de litros de etanolporano.
RECURSOS
Para o prefeito Roberto Francisco dos Santos, os investimentos feitos no município pela Uniduto deverão ampliar a arrecadação do ICMS. "Para a Cidade, isso é muito importante, vai gerar riqueza", destacou o prefeito.
Na avaliação de Roberto Francisco, a existência do gasoduto da Petrobras, que também percorre trechos de Praia Grande,deverá facilitar a liberação ambiental. "Isso facilita bem, porque já existe uma licença ambiental dessa área".

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/