terça-feira, setembro 29, 2009

Futuro traz chips cada vez menores em gadgets mais poderosos


A Intel encolheu ainda mais os processadores, e vê o futuro com chips cada vez menores em dispositivos móveis, incluindo a televisão, cada vez mais poderosos. Em resumo, isso é o que aconteceu na última semana durante o Intel Developer Forum, evento anual de desenvolvedores da companhia realizado em San Francisco.

Na abertura, o presidente e executivo-chefe da companhia, Paul Otellini, mostrou os primeiros chips feitos no processo de fabricação de 22 nanômetros. Para comparação, um fio de cabelo tem 90 mil nanômetros. É apenas um protótipo, e cada transistor dentro do processador mede muito pouco: cabem 2,9 bilhões de transistores na área de uma unha, segundo a Intel.
Com o feito, Otellini reafirmou a Lei de Moore para os microprocessadores (que diz que o número de transistores em um chip dobra a cada dois anos). Apesar de não ter previsão para o lançamento dos primeiros processadores com 22 nm, a Intel lança ainda no último trimestre de 2009 seus chips feitos em 32 nanômetros.
"Já começamos a produzir esse chip, que também será o primeiro processador de alto desempenho a integrar vídeo com a CPU", disse Otellini. "Ao mesmo tempo, estamos desenvolvendo a tecnologia de fabricação em 22 nanômetros e já criamos os primeiros chips que vão levar à produção de novos processadores ainda mais poderosos e capazes".
Para os portáteis, a Intel lançou os processadores Core i7 Mobile e Core i7 Mobile, que prometem deixar os notebooks ainda mais rápidos. Essas são versões "móveis" de processadores que só existiam para desktop, como o Core i7, topo de linha da Intel atualmente, voltados a alto desempenho como games, edição de vídeo e outros aplicativos que "comem" poder do processador. Fabricantes como Dell, Asus e HP devem lançar as primeiras máquinas com Core i7 Mobile nos próximos meses.
Durante o IDF, a Intel aproveitou para demonstrar o projeto codinome Larrabee, uma GPU (unidade de processamento de vídeo) já anunciada diversas vezes pela fabricante, mas que não tem previsão de lançamento ainda. Na demo, a Intel afirmou que desenvolvedores de hardware e software já começaram a ter acesso ao produto para testes.
E, finalmente, a televisão. A Intel lançou um sistema-em-um-chip (SoC) baseado no processador Atom para uso em eletrônicos de consumo, já que existe uma visão de que a internet vai convergir em algum momento com a televisão, com experiências mais visuais, pessoais e interativas.
Para conseguir isso, a Intel precisa de parceiros, como Adobe, CBS, Cisco e TransGaming, que estão fazendo essa "ponte". "Para 2015, prevemos a existência de 15 bilhões de dispositivos capazes de mostrar conteúdo de TV com bilhões de horas de vídeo disponível", explicou Justin Rattner, diretor de tecnologia da Intel. "Precisaremos de meios muito mais sofisticados para organizar conteúdo e entregá-lo sob demanda. As pessoas poderão ter TV com o que, quando e onde quiserem", concluiu.
Todos os anos, a Intel reúne parceiros, clientes, fabricantes de hardware e software no IDF. É seu principal evento para mostrar as novidades e projetos de pesquisa que vão mexer com o mercado de tecnologia a médio prazo. Além de palestras técnicas, o IDF conta com apresentações dos principais executivos da Intel e seus parceiros e com uma "feirinha" para demonstrar as novidades.


Vaio W é novo netbook no mercado brasileiro


A Sony também entrou na briga pelos netbooks no mercado brasileiro, com o lançamento do modelo Vaio VPC-W150XB (série W). O portátil, que pesa 1,19 kg, começa a ser vendido ainda este mês na cor branca.
O Vaio W tem como principal diferencial a tela de alta definição, com 1.366 x 768 pontos, contra 1.024 x 600 pontos de definição na maioria dos netbooks com tela de 10,1 polegadas.
Segundo a Sony, sua bateria dura de duas a três horas e a máquina tem configuração com processador Intel Atom de 1,66 GHz, 1 GB de memória, 160 GB de disco, Wi-Fi, Bluetooth e roda Windows XP Home Edition. Seu preço sugerido é de R$ 1.999.
A fabricante já vende um ultraportátil no país, da série Vaio P, mas nem o considera um netbook graças ao tamanho reduzido da tela (8 polegadas widescreen) e seu preço mais elevado (R$ 3.999)




Fonte: www.terra.com.br

União Europeia quer limitar volume de MP3 players

A União Europeia anunciou nesta segunda-feira que pretende impor regras para que os fabricantes dos MP3 players recomendem aos seus usuários que abaixem o volume dos seus aparelhos a fim de conservarem sua capacidade auditiva.
A Comissária Europeia para Assuntos dos Consumidores, Meglena Kuneva, afirmou que especialistas e empresários do setor estão elaborando medidas mais enérgicas para frear os problemas de audição.
"Se quiserem aproveitar suas músicas preferidas pelos próximos 20 ou 30 anos, os usuários deverão diminuir o volume", aconselhou Kuneva ao apresentar a proposta à jornalistas.
Ela também explicou que a adoção destas medidas é necessária porque existem motivos para se preocupar com os riscos à saúde, em especial dos mais jovens.
Um instituto de assessoria científica da União Europeia calculou que entre 2,5 e 10 milhões de pessoas poderiam perder a audição por escutar música em MP3 players a níveis de volume nocivos, ou seja, de mais de 89 decibéis, durante mais de uma hora por dia durante pelo menos 5 anos.
A comissão executiva da União Europeia alegou que o volume máximo de som nos aparelhos oscila entre 80 e 115 decibéis. Com fones de ouvido, o som pode aumentar em até 9 decibéis, chegando ao mesmo nível (120 decibéis) de barulho provocado por um avião decolando.
Kuneva afirmou que as novas regras determinariam um volume máximo de 80 decibéis nos aparelhos.
O risco de lesão auditiva depende também do tempo contínuo de escuta, disse a comissária, que aconselhou os fabricantes a reforçarem as advertências sobre o volume dos equipamentos.
Várias empresas receberam favoravelmente a proposta. Segundo a comissária, as novas regras podem entrar em vigor já em 2010.

Google Docs ganha mais espaço dentro de empresas

O chamado "office pela web" vem ganhando cada vez mais adeptos no ambiente corporativo e ameaça a liderança da Microsoft no campo de aplicativos para edição de textos. Uma pesquisa realizada com cerca de 300 empresas norte-americanas revelou que 20% delas usam o aplicativo Google Docs, enquanto cerca de 25% alegam que o uso do aplicativo será implementado até o ano que vem.
De acordo com o site PC World, um relatório semelhante, divulgado em dezembro de 2007, informava que apenas 5% dos entrevistados "utilizavam largamente" o Google Docs no local de trabalho.
Melissa Webster, analista da empresa responsável pela pesquisa, divulgada há duas semanas, alerta que se essa taxa continuar em crescimento, a Microsoft poderá ser afetada. "O Google Docs ainda não está suplantando a Microsoft, mas o fato do aplicativo web estar sendo escolhido tão rapidamente é uma grande ameaça", aponta a analista da IDC.
Entretanto, segundo o site IT PRO, mesmo que 20% afirmem que usam o Google Docs, o relatório também mostra que 97% dos participantes ainda utilizam o Microsoft Office em paralelo. Dessa forma, a Microsoft ainda está longe de ser superada.
Vale lembrar que, apesar de alternativas bastante eficientes como o gratuito OpenOffice, o mercado do Microsoft Office não havia sofrido impacto significante até o aparecimento do Google Docs - o suficiente para a empresa anunciar seu Microsoft Office "nas nuvens", que chega em 2010.

Windows 7 deixa PCs até 56% mais rápidos, diz empresa

Windows 7 deixa os computadores realmente mais rápidos, pelo menos é o que diz a fabricante chinesa Lenovo. A empresa informou nesta segunda-feira que "em modelos selecionados, o Windows 7 se inicializa 56% mais rápido em comparação ao Windows XP ou Vista, e se desliga em menos de cinco segundos". Para isso, entretanto, é preciso ter instalado um pacote especial de aplicativos criados pela Lenovo.
A companhia, que ainda não comenta sobre o lançamento de novas máquinas com Windows 7 no Brasil, lançou um programa de certificação para determinados computadores rodarem melhor o sistema operacional da Microsoft, que chega às lojas em 22 de outubro. O "Windows 7 Lenovo Enhanced Experience" é um pacote de recursos e ferramentas que tornam melhor o desempenho da máquina com a versão 7 do Windows.
Entre os recursos estão o aumento na velocidade de boot em comparação a outros produtos sem esse novo pacote e a melhoria no desempenho geral do desktop ou notebook. As máquinas voltadas ao consumidor final da linha Idea, por exemplo, com o "Enhanced Experience" rodam o Windows 7 cerca de 33% mais rápido do que aquelas sem o serviço, assim como desligam em metade do tempo.
Já em máquinas corporativas, da linha Think, o Windows 7 liga o PC 56% mais rápido do que no XP ou Vista. O pacote Enhanced Experience inclui ainda ferramentas de manutenção, otimização e segurança de sistema.
A Lenovo já está vendendo máquinas com o Enhanced Experience nos Estados Unidos. As máquinas serão identificadas com um selo especial no site da empresa (www.lenovo.com/win7ee).

Brasil: Banda Larga Wireless Já!

Depois de mais de dois anos de sucessivos adiamentos, a Anatel está tomando atitudes para disponibilizar o espectro para a banda larga sem fio no Brasil tanto na banda de 2.5 GHz, quanto na de 3.5 GHz. A Consulta Pública nº 31, publicada pela Anatel no dia 3 de agosto de 2009, foca a banda de 2.5 GHz e está esperando respostas de todas as partes interessadas até o dia 16 de outubro.Essas são ótimas notícias para os brasileiros de todas as classes sociais. A penetração da banda larga sem fio está fortemente relacionada em todo o mundo com a redução da exclusão digital, com a aceleração do desenvolvimento social e econômico e com a concorrência no mercado de conectividade de banda larga. Atrasar a disponibilidade de mais de uma operadora 4G por mercado significa um prejuízo irreversível para a sociedade como um todo. Cada mês de atraso na implementação da banda larga sem fio resulta em um prejuízo econômico real para o país, já que as melhorias na economia e na qualidade de vida são postergadas. Calcula-se que o impacto de cada ano de atraso na disponibilidade da conectividade de banda larga sem fio resulte na perda de benefícios sociais para os brasileiros entre R$ 5,79 B e R$ 10 B (“Benefício Social do Licenciamento de Novos Espectros WiMAX no Brasil: Uma análise Econômica”, Guerreiro Consult, outubro de 2008). Também existe uma forte relação entre o crescimento da penetração da conectividade de banda larga com a criação de empregos. Estima-se que para cada ponto percentual de aumento na penetração da banda larga, o número de postos de trabalho aumente entre 0,2 e 0,3% ao ano. (Brookings Institution, Washington D.C.). Aplicado à força de trabalho do Brasil (IBGE 2007) isso significaria 250.000 novos empregos para cada 1% de crescimento na penetração da banda larga. O acesso à Internet por meio da conectividade de banda larga colabora com inúmeras novas atividades econômicas e empregos, bem como com atividades e infra-estruturas de apoio à economia brasileira, incluindo áreas como mercados financeiros, serviços de saúde, energia e transporte. Além disso, a conectividade de banda larga wireless cria empregos na indústria de telecomunicações. Esses são empregos que exigem qualificação técnica e oferecem altos salários em prestadoras de serviços e provedores de infra-estruturas em áreas que incluem negócios, área jurídica, engenharia, desenvolvimento de infra-estrutura e software e manufatura de dispositivos. Grandes e pequenos fabricantes de produtos para infra-estrutura e dispositivos estão prontos para o grande crescimento da indústria do acesso de banda larga sem fio no Brasil e mal podem esperar pelo início dessa explosão. Isso resultará na tão aguardada concorrência real no mercado de banda larga no Brasil ao ampliar dramaticamente o acesso de banda larga e fornecer uma alternativa superior a ADSL e 3G, cujos operadores não estão conseguindo suprir a demanda por serviços confiáveis e de qualidade. A Internet já não é mais um serviço ou aplicativo, mas uma maneira universal de fornecer todos os tipos de serviços e opções de entretenimento por meio de uma ampla variedade de redes, com ou sem fios. Os serviços de dados podem ser qualquer coisa, desde acesso à Internet a transmissão de voz, vídeo, ou até de conteúdo televisivo, via IP. Apesar dos significativos e importantes benefícios associados a essa tendência, ela cria desafios significativos para os políticos. Para oferecer um ambiente competitivo vibrante e inovador por mais tempo, é fundamental que as leis sejam estruturadas de maneira que a evolução tecnológica seja permitida e incorporada à indústria sem restrições artificiais. Quanto mais neutras e flexíveis forem as condições que determinam o uso do espectro, mais adaptável e evolucionário será o operador. Isso cria um ciclo virtuoso que resultaria em serviços melhores e/ou mais baratos para o usuário final. A conectividade de banda larga wireless está cada vez mais se tornando uma maneira rápida e inovadora de atingir massas e levar uma ampla variedade de serviços para os usuários finais. A natureza desses serviços varia significativamente, desde aplicativos de voz a transmissão de vídeo. O crescimento das redes sociais na Internet ainda não atingiu todo o seu potencial. No entanto, a história demonstrou que serviços de voz possuem um perfil simétrico e os serviços de dados são fundamentalmente assimétricos.O Capítulo brasileiro do WiMAX Forum apoiado pelo WF RWG está atualmente engajado em formular uma resposta para a Consulta Pública da Anatel nº 31 com base nos seguintes princípios:Neutralidade do serviço – Liberdade para que uma operadora/prestadora de serviço escolha a base de clientes, serviços e aplicativos para criar uma oportunidade de mercado. Uso flexível da freqüência – Permitindo que os operadores e usuários finais usem seus equipamentos em locais fixos, de maneira nômade ou com toda a capacidade de mobilidade, como preferirem. Neutralidade tecnológica – A habilidade da operadora para selecionar a solução wireless que melhor atenda o mercado, os serviços e o modelo empresarial escolhido, bem como o espectro de rádio. Se um dos pilares da atual Consulta Pública é pavimentar o caminho para o crescimento futuro da banda larga wireless, é essencial que o que quer que a Anatel regulamente, seja feito de maneira flexível para acomodar a inovação tecnológica no espectro. Estratégias autoritárias certamente limitarão as possibilidades de aplicativos futuros ou até mesmo resultarão no uso ineficiente do espectro. Luiz Rego é Diretor Regional do WiMAX Fórum para o Brasil