quinta-feira, outubro 14, 2010

Governo vai licitar poço gigante no pré-sal


Reservas do Poço de Libra, que será o 1º a ser leiloado, podem chegar a 8 bilhões de barris, na maior descoberta dos últimos 20 anos

O governo estima reservas potenciais de até 8 bilhões de barris de petróleo no poço de Libra, que está sendo perfurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) com a Petrobrás, na Bacia de Santos. Se confirmada a expectativa, Libra disputará com Tupi o posto de maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos. A área deve protagonizar o primeiro leilão de contratos de partilha do País, previsto para o primeiro semestre de 2011.
A estimativa de reservas de Libra foi feita pela certificadora independente Gaffney Cline Associates (GCA), durante o trabalho de certificação de reservas que seriam vendidas à Petrobrás no processo de cessão onerosa. Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard, a GCA chegou a um total de 7,9 bilhões de barris de óleo. O volume é preliminar e precisa ser confirmado pela perfuração de poços no local.
ANP e Petrobrás iniciaram a perfuração de Libra em junho, mas ainda não atingiram o reservatório de petróleo, o que deve ocorrer entre 15 e 30 dias. Depois disso, o posto passará por um teste de produção, previsto para novembro. Os dados serão usados pelo governo para atrair interessados no primeiro leilão do pré-sal com contratos de partilha, caso o novo marco regulatório seja aprovado pelo Congresso.
"Onde se viu uma licitação de mais de 7 bilhões de barris nos últimos anos? Isso só acontecia no Oriente Médio na década de 1970", comentou Magda, em entrevista após palestra na feira Rio Oil & Gas. O governo chegou a cogitar a inclusão de Libra na lista de blocos vendidos à Petrobrás por R$ 74,8 bi, mas desistiu após a avaliação das reservas.
Em discurso na abertura do evento, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse confiar na aprovação do projeto de lei da partilha este ano, para que a licitação de Libra ocorra no início de 2011 - são necessários quatro meses entre o lançamento do edital e a realização do leilão. "A Câmara não pode mais mexer no projeto. Tem apenas de dizer sim ou não", afirmou.
Libra está localizado a 35 quilômetros de Franco, que foi incluído no processo de cessão onerosa com 3,1 bilhões de barris. Segundo a ANP, Franco pode ter até 6 bilhões de barris de petróleo e, se confirmada a estimativa, o volume adicional aos 3,1 bilhões poderá ser objeto de um contrato de partilha ou de contratação direta da Petrobrás.
Franco e Libra estão na porção norte do pré-sal da Bacia de Santos. Juntos, têm potencial para dobrar as reservas brasileiras, hoje em 14 bilhões de barris. Mais ao sul, está Tupi, maior descoberta mundial de petróleo nos últimos 20 anos, com reservas de 5 a 8 bilhões de barris.

Magda disse que dificilmente essa região tenha novas descobertas desse porte. A agência trabalha agora para avaliar a porção sul do pré-sal de Santos, em frente ao litoral de Santa Catarina.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/

Craqueamento - Biodiesel


O craqueamento térmico ou pirólise é processo que provoca a quebra de moléculas por aquecimento a altas temperaturas, isto é, pelo aquecimento da substância na ausência de ar ou oxigênio a temperaturas superiores a 450°C, formando uma mistura de compostos químicos com propriedades muito semelhantes às do diesel de petróleo. Em algumas situações esse processo é auxiliado por um catalisador para a quebra das ligações químicas, de modo a gerar moléculas menores.
Em geologia do petróleo, química e petroquímica, craqueamento (termo originado do termo inglês cracking, rompimento, fratura, quebra, divisão) é como se denominam vários processos químicos na indústria pelos quais moléculas orgânicas complexas como querogênios ou hidrocarbonetos são quebradas em moléculas mais simples (por exemplo, hidrocarbonetos leves) por quebra de ligações carbono-carbono nos precursores pela ação de calor e/ou catalisador. A taxa de rompimentos e os produtos finais são fortemente dependentes destas temperaturas de reação e presença de quaisquer catalisadores. Craqueamento, também referido como pirólise, é o colapso de um grande alcano em menores e mais úteis alcanos e um alqueno. Colocando de maneira mais simples, craqueamento de de hidrocarbonetos é o processo de quebra de cadeias longas em mais curtas.
Um exemplo típico de craqueamento na indústria do refino de petróleo é a produção de gasolina (iso-octano) e gás de cozinha (propano + butano) a partir do craqueamento catalítico dos gasóleos.

C36H74 (gasóleo parafínico) → C8H18 (iso-octano) + C3H8 (propano) + C4H10 (butano)
Craqueamentos dos hidrocarbonetos do petróleo em condições naturais, no subsolo, pela próprio calor da energia geotérmica, ocorrem.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/

Acordo Rússia-Noruega por petróleo no Ártico

A Rússia e a Noruega puseram fim a 40 anos de uma disputa ao assinar ontem um tratado de fronteira no Ártico, que abrirá a porta à exploração de gás e petróleo.


O presidente russo, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, firmaram o acordo em Murmansk, um porto russo no mar de Barents, perto da fronteira norte da Noruega, no Círculo Polar Ártico.
O território em disputa abrangia uma área de 175 mil quilômetros quadrados - equivalente à metade do tamanho da Alemanha -, principalmente na região do Mar de Barents onde se encontram as reservas petrolíferas do lado norueguês e russo.
"Levou 40 anos para que chegássemos ao tratado", disse Medvedev, que assinou um acordo preliminar com Stoltenberg em abril.
O presidente russo disse que o acordo abriria novas oportunidades para a pesca e a exploração de gás e petróleo. Qualquer campo de gás ou petróleo na fronteira terá de ser explorado em conjunto, de acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin.
Canadá, Rússia, Noruega, EUA e Dinamarca - os únicos países com territórios beirando o Ártico - estão envolvidos em uma corrida para reivindicar direitos territoriais sobre reservas de gás, petróleo e metais preciosos que poderiam tornar-se mais acessíveis à medida que a camada de gelo na região encolhe.
A lei internacional estabelece que os cinco países possuem uma zona econômica de 320 quilômetros ao norte de suas fronteiras, mas a Rússia reivindica uma fatia maior, com base em sua alegação de que o leito marítimo no Ártico é uma continuação de sua porção continental.
Boa parte da área do acordo com a Noruega está localizada entre o imenso campo de Shtokman, da Gazprom, no lado russo - uma reserva com gás suficiente para suprir todo o consumo mundial por um ano inteiro -, e dois campos de gás e petróleo perto da costa da Noruega, nos quais a empresa norueguesa Statoil tem participação.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/