sexta-feira, dezembro 02, 2011

Exploração do pré-sal eleva Cabo Frio a ponto estratégico



Cidade da turística Região dos Lagos, com 200 mil habitantes, assiste ao crescimento da movimentação de cargas e passageiros

O Aeroporto de Cabo Frio (RJ) começa a despontar como uma peça crucial na sofisticada engrenagem logística que está sendo construída em torno do pré-sal. Localizada na turística Região dos Lagos, com cerca de 200 mil habitantes, a cidade assiste ao crescimento da movimentação de cargas e passageiros, enquanto são planejadas obras de ampliação do pátio das aeronaves e a construção de um complexo logístico.
É crescente o uso do aeroporto, que conta com um posto aduaneiro, para as operações de importação de equipamentos das empresas do setor de petróleo e a ele têm se somado, mais recentemente, também as exportações. Ricardo Valentim de Azevedo, secretário de Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca de Cabo Frio, diz que o total de importações no local já chegou a US$ 600 milhões em 2011, ante um total de US$ 500 milhões durante todo o ano passado.
A vocação do aeroporto como entreposto de exportação das empresas petrolíferas foi confirmada recentemente, quando a Transocean, empresa que atua na prospecção offshore no Brasil, enviou, em um avião MD-11 cargueiro, 36 toneladas de equipamentos para Houston, no Texas (EUA). A expectativa do secretário é que as operações de comércio exterior, sobretudo importações, aumentem exponencialmente no aeroporto nos próximos anos.
Azevedo explica que os maiores aviões cargueiros em atividade no mundo, como o Antonov 124, têm passado com frequência pelo aeroporto, o que também tem elevado o movimento de passageiros. “Em 1999, ano da inauguração, o movimento total no local foi de 45 mil pessoas. Em 2010, chegou a 88 mil e em 2011, já somou 95 mil”.
Outro exemplo do crescimento do movimento local, sobretudo de executivos do setor de petróleo, é que já há dez helicópteros operando diariamente no aeroporto, com quatro viagens diárias, levando a um movimento de embarque e desembarque de 400 pessoas a cada dia. Serão realizados investimentos de R$ 8 milhões para aumentar o pátio e ampliar a capacidade do aeroporto para 30 helicópteros a cada dia. A expectativa é que a obra de ampliação seja realizada ainda em 2011 e esteja concluída até o final do primeiro semestre do ano que vem.
Localizado a 85 quilômetros da cidade de Macaé, que abriga grande parte dos escritórios de empresas de petróleo em atividade no Estado do Rio, o aeroporto deverá ganhar, em breve, a vizinhança de um complexo logístico. A prefeitura de Cabo Frio está criando, junto com o governo do Estado, um complexo logístico alfandegado que será instalado em uma área de 4 milhões de metros quadrados ao lado do aeroporto.
Segundo o secretário, ainda este ano o Estado deverá garantir a desapropriação da área, que pertence a uma empresa que decretou falência e, segundo ele, tinha um débito elevado com governo. A expectativa é de atração para o local de empresas ligadas ao setor de petróleo e gás que necessitam de uma área alfandegária para importar os equipamentos necessários à exploração e produção.
Boas perspectivas
Inaugurado em 1999, o aeroporto foi privatizado em 2001 e, desde então, está sob a administração da Costa do Sol Operadora Aeroportuária. Hoje, cerca de 80 empresas movimentam ali passageiros ou cargas. Segundo informações da administradora, houve aumento superior a 177% no volume e acima de 300% no valor em dólares das cargas processadas nos últimos cinco anos. Durante o período de 2005 a 2010, o terminal de cargas movimentou cerca de 61 mil toneladas, no valor aproximado de US$ 2 bilhões, gerando R$ 226,5 milhões em ICMS para o Estado do Rio de Janeiro.
No início de outubro, o Grupo Libra, operador na área de logística, comprou 60% da Costa do Sol, cuja concessão do aeroporto vai até o ano de 2023, com possibilidade de renovação a partir desse prazo. O objetivo do grupo é ampliar as atividades no setor de aeroportos e Cabo Frio, com sua localização estratégica e operações crescentes, que é um eficiente ponto de partida.

Fonte: http://www.netmarinha.com.br/

Tecnologia para o Pré-sal terá R$ 110 milhões


Recursos a fundo perdido vão para 58 projetos de pesquisa feitos em cooperação entre empresas do setor e universidades
Para financiar o desenvolvimento de tecnologias e produtos necessários à exploração do Pré-Sal, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) selecionou 58 projetos de pesquisa em cooperação entre empresas e universidades para destinar R$ 110 milhões. Cerca de 25% do total dos recursos a fundo perdido, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), serão usados em projetos relativos à segurança ambiental, com cerca de R$ 30 milhões em 14 propostas.
As propostas envolvem desde estudos de viabilidade de tecnologias para a detecção e monitoramento de vazamentos, como, por exemplo, pela técnica de diferencial de temperatura e por interferência química, até a construção de protótipos e o desenvolvimento dos sistemas, ou mesmo investigações sobre como viabilizar o aumento da segurança no transporte de fluidos, além de como dar sobrevida às estruturas que sofrem reparos eventuais.
Projetos - No segmento de tecnologias de prevenção, localização e reparo de vazamentos em equipamentos há, por exemplo, um scanner ultrassom submarino, operado por um robô de controle remoto, para inspeção de dutos offshore, a ser desenvolvido pela PUC-RJ; e um sistema para centro de decisão orientado para monitoração ambiental de plataformas usando redes de sensores sem fio, a ser produzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai trabalhar com uma nova técnica para reparar dutos submarinos em águas profundas.
Exploração - O avanço tecnológico na exploração do pré-sal já pode ser sentido, de acordo com a Petrobras. A perfuração do primeiro poço demorou mais de 15 meses e custou US$ 240 milhões. Os mais recentes foram perfurados em 80 dias e custaram, em média, US$ 80 milhões. Isso foi possível graças ao aprendizado no revestimento dos poços, melhorias na qualidade do fluido de perfuração, na concepção da geometria do poço e especificação das melhores brocas.
Um centro de inovações para esse desafio é a rede temática Galileu, que faz simulações numéricas em computadores de alta performance, tanques simuladores das ondas do oceano, ferramentas 3D e 4D e também o que há de mais veloz em transmissão de dados à distância, dentre outras tecnologias, para trazer soluções para o pré-sal. A rede é composta por instituições no Brasil e no exterior, como a UFRJ e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Resultado da seleção da Finep aqui
Descoberta de petróleo de boa qualidade
A Petrobras anunciou na última quarta-feira (30) uma nova descoberta de petróleo de boa qualidade durante perfuração do poço Biguá, no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas do Pré-Sal da Bacia de Santos, a 270 km de distância da costa do Estado de São Paulo.
A descoberta foi comprovada por meio de amostragem de petróleo de reservatórios de 5.380 metros de profundidade.

Fonte: http://www.pantanalnews.com.br/