quarta-feira, fevereiro 16, 2011

VENEZUELA AFIRMA TER MAIOR RESERVA DE PETRÓLEO DO MUNDO


O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez, afirmou que o seu país conseguiu certificar um volume de reservas de petróleo de 297 bilhões de barris, o que se for comprovado, pode transformar o país na maior reserva de petróleo do mundo, superando a Arábia Saudita. Essa quantia é baseada em informações da estatal venezuelana PDVSA e das empresas transnacionais que operam no país. No entanto, os números ainda necessitam da certificação da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo).

Neste tipo de associação, o Estado venezuelano é o principal acionista e quem determina o local de execução dos projetos de exploração. Com essas reservas e a esse ritmo de exploração, a Venezuela tem petróleo para mais 200 anos, afirmou o presidente venezuelano Hugo Chávez, na semana passada. A Arábia Saudita, primeiro exportador mundial, detinha até agora as reservas provadas mais elevadas do mundo, com 266 mil milhões de barris, segundo a OPEP.

De acordo com o ministro de Energia e Petróleo, a Venezuela será um país centenário na produção de óleo, mas, diferente de muitos países que esgotaram sua base de recursos, a Venezuela seguirá ampliando sua base de recursos. Do total de 297 bilhões de barris, 220 bilhões estão na faixa petrolífera do Orinoco, cuja reserva estimada pode superar os 319 bilhões de barris e é considerada a maior jazida petrolífera do mundo.

Pré-sal impulsiona reservas no Brasil

No Brasil, com as áreas já descobertas e ainda em fase de avaliação, a Petrobras calcula reservas de 16,8 bilhões de barris. O petróleo descoberto somente pode ser incorporado às reservas quando definido o seu volume com tecnologia existente para sua extração. No ano passado foram produzidos 869 milhões de barris que resultaram num aumento de 1,121 bilhão de barris de óleo e gás às reservas de 2009 (14,865 bilhões de boe).

Em nota enviada ao mercado, entre as principais incorporações da Petrobras em 2010 estão as descobertas dos campos de Lula (ex-Tupi) e Cernambi (ex-Iracema), na bacia de Santos; os campos de Marlim e Pampo, na bacia de Campos, além de novos volumes nos campos de Barracuda, Caratinga e Marlim Leste. A empresa destacou ainda o projeto de aumento de recuperação de petróleo nos campos Roncador, Marlim Sul, Albacora Leste e Marlim Leste, assim como Marimbá e Maromba, todos na bacia de Campos. Também contribuiu o projeto de recuperação realizado no campo de Urucu, na Amazônia.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

O que é a reserva estratégica de petróleo?


Com o aumento dos preços do petróleo, o governo dos EUA passou a consumir sua reserva estratégica visando garantir a quantidade e preço razoável para o óleo utilizado no aquecimento das casas. Clinton, que era o presidente dos EUA na época, autorizou o Departamento de Energia responsável pela reserva a liberar 30 milhões de barris em regime de troca com as companhias petrolíferas. As companhias receberam o óleo no outono do ano 2000 com a obrigação de devolvê-lo no outono de 2001. A expectativa do governo era que as companhias usassem o óleo para manter um suprimento adequado no inverno.

A reserva estratégica de petróleo é um armazenamento emergencial dos Estados Unidos, e é a maior fonte de petróleo de emergência do mundo. A reserva armazena 570 milhões de barris de óleo cru em cavernas de sal subterrâneas, em quatro locais ao longo do Golfo do México. Um barril contém 42 galões ou 159 litros de óleo. Para criar as cavernas os trabalhadores perfuram um domo de sal e colocam água para dissolvê-lo. Cada caverna tem cerca de 600 metros e pode guardar 38 mil m3 de óleo. O governo utiliza as cavernas de sal porque os custos de armazenamento subterrâneo são menores do que os custos dos tanques de superfície e porque as pressões do terreno em volta do reservatório selam os vazamentos. O Departamento de Energia afirma também que a diferença de temperaturas nas cavernas subterrâneas conserva o óleo circulando, o que contribui para manter sua qualidade.

O governo escolheu o Golfo do México para guardar o óleo devido à proximidade das refinarias e às facilidades de embarque imediato. Esses locais encontram-se em Bryan Mound (próximo de Freeport) e Big Hill (próximo de Winnie), no Texas; West Hackberry (perto de Lake Charles) e Bayou Choctaw (próximo de Baton Rouge), na Lousiana. A reserva pode armazenar 700 milhões de barris. A maior parte do óleo da reserva vem do México e do Mar do Norte.

O governo federal gasta 21 milhões de dólares por ano para manter a reserva na qual trabalham cerca de 1.150 pessoas. Aproximadamente 125 são funcionários do governo e os demais são trabalhadores contratados. No orçamento do ano de 2001 o Departamento de Energia gastou cerca de 157 milhões na compra de óleo para a reserva.

Os Estados Unidos começaram a reservar óleo em 1975, depois do corte de suprimentos ocorrido no embargo de 1973-1974. O embargo foi um choque para a economia dos EUA, o que fez o governo decidir jamais ser surpreendido pela escassez novamente. Os Estados Unidos usam quase 19 milhões de barris de petróleo por dia, mais da metade vindo de importações. É necessário que haja uma reserva de petróleo equivalente à 60 dias para auxiliar o suprimento caso haja um corte brusco no fornecimento. A última vez que o Estados Unidos utilizou petróleo armazenado foi em 1991 durante a guerra do Golfo Pérsico, tendo como objetivo conservar a abundância das reservas e a estabilidade dos preços. Essa retirada distingue-se da troca acima mencionada porque as companhias que concorreram nessa licitação, dessa vez, são obrigadas a devolver o óleo.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/