quarta-feira, junho 08, 2011

Rossetto espera marco regulatório do etanol para 2011





Presidente da Petrobras Biocombustíve prevê que o marco será importante para atrair novos investimentos

O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, disse nesta segunda-feira que o novo marco regulatório do etanol entrará em vigor ainda em 2011. Rossetto prevê que o marco será importante para atrair novos investimentos. "Com regras públicas, o setor fica mais transparente e mais atrativo para o mercado", disse o executivo ao deixar a primeira plenária do Ethanol Summit, evento sediado na capital paulista sobre o mercado do etanol.

Segundo ele, as políticas públicas são essenciais para que a matriz energética do Brasil continue com uma grande participação em energias renováveis. "Energia é um patrimônio público que precisa estar disponível para toda a sociedade a um preço razoável", disse. Nesse sentido, Rossetto considera positiva a transformação do etanol em um combustível e sua regulação pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Haverá maior coordenação, que é necessário para se obter resultados com maior rapidez", comentou.

O executivo declarou também que o controle da ANP e o marco regulatório levarão a um aumento da expansão do setor, além de medidas que irão garantir a oferta do produto e a estocagem de etanol durante a entressafra. O executivo afirmou ainda que a Petrobras Biocombustível tem US$ 1,9 bilhão para investir em etanol, de acordo com o plano de investimentos da Petrobras já em curso. Os números previstos no novo plano decenal da Petrobras ainda estão sendo estudados, de acordo com ele.

No próximo dia primeiro de julho, a Petrobras Biocombustível e a Guarani inauguram a destilaria da Usina São José, em Colina, no interior de São Paulo. A destilaria irá produzir 100 milhões de litros de etanol por ano. "Este investimento faz parte do esforço da Petrobras em garantir o aumento da oferta de etanol no curto prazo", afirmou.

Além da expansão da produção, Rossetto comentou que o setor precisa se concentrar na verticalização, partindo da pesquisa em tecnologia. "O setor tem grande capacidade de aumentar a produtividade do etanol na mesma área, passando de 7,5 mil para 12 mil litros por hectare", disse ele.

Também está nos planos da Petrobras Biocombustível investimentos em novas rotas tecnologias da cana, como o combustível para aviões e etanol celulósico. Rossetto revelou que até 2015, a Petrobras Biocombustível irá oferecer ao público um etanol celulósico viável comercialmente. A empresa tem uma parceria com a KL Energy para o desenvolvimento do produto. "O grande desafio é o custo, que ainda inviabiliza a operação", disse.

Fonte: http://economia.ig.com.br/

Espírito Santo - O novo mapa do petróleo



Petrobras ainda impera, mas há várias outras empresas buscando petróleo e gás no fundo do mar

O litoral do Espírito Santo não é mais o mesmo nem registra mais somente a presença da Petrobras nos blocos de campos de petróleo. Somente a estatal estima chegar ao final de 2012 com uma produção de 500 mil barris por dia no Estado. Isso sem contar com o que poderão produzir pelo menos outras 13 companhias que já estão perfurando poços e desenvolvendo projetos de sísmica em blocos em terra e no mar.

Em muitos casos, as empresas estrangeiras que investem no litoral capixaba o fazem em parceria com a própria Petrobras. Até agora, somente a Shell, que é parceira e operadora do Parque das Conchas, no Litoral Sul, em frente a Presidente Kennedy, já produz no Espírito Santo.

Nos campos deste parque - Abalone, Ostra, Argonauta e Nautilus - a Shell instalou uma verdadeira cidade no fundo do mar par extrair óleo e gás em áreas ultraprofundas, quase 3 mil metros de profundidade.

Antes de ir para o navio plataforma, que produz, armazena e transfere produto - FPSO Espírito Santo - o óleo produzido nestes campos passa por uma primeira separação, depois de passar pelo equipamento chamado "árvore de natal". O mesmo ocorre com o gás extraído junto com o óleo. O sistema de produção instalado pela Shell na região é pioneiro no país

Nacional

Os investimentos que a Petrobras planeja fazer nos próximos anos devem resultar, segundo o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, numa produção de 6 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia em um prazo de dez anos. Parte desta produção virá dos campos do Espírito Santo, principalmente no mar, mas também em terra.

A estimativa de Barbassa inclui os 5,4 milhões de barris por dia previstos no plano de investimentos da companhia e os 600 mil barris por dia da cessão onerosa, quando entrar em vigor a nova sistema de produção do pré-sal.

Em terra, a Petrobras já não reina mais absoluta e começa a dividir a produção com empresas menores, como a capixaba Cheim que já está produzindo em poços no Norte do Estado. Outra empresa capixaba, a Vipetro, da Vitória Ambiental, já está perfurando poços à procura de petróleo e gás em terra.

Outras petroleiras internacionais já estão perfurando e pesquisando no litoral, do Sul ao Norte. É o caso, por exemplo, da OGX, do bilionário Eike Batista, que fez parceria com a Perenco em cinco blocos na Bacia do Espírito Santo.

Participam de novas perfurações no litoral capixaba, de forma isolada ou em parcerias, a Statoil (estatal norueguesa), Anadarko, Sonangol (de Angola), ONGC (estatal indiana), Shell, e a mineradora Vale, que tem parceria com a Petrobras, além de outras como PetroSinergy.

Futuro próspero: 6 milhões de barris
De óleo equivalente (óleo mais gás) por dia em 2020 é a estimativa de produção prevista pela Petrobras anunciada na quinta-feira (02/06)

Petrobras lança nova licitação para as sondas

A diretoria da Petrobras aprovou o lançamento de uma nova licitação para a contratação de 21 sondas de perfuração para a área do pré-sal, segundo confirmou a estatal. O presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, citou a licitação em seu discurso durante cerimônia de inauguração da plataforma P-56, em Angra dos Reis. A ideia é que a entrega das propostas ocorra em setembro, segundo fontes. A nova licitação é derivada do processo licitatório para a contratação de até 28 sondas e que foi finalizado com a aquisição de apenas um pacote com sete unidades que serão construídas pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e depois afretadas pela Petrobras pela Sete Brasil a custo diário de US$ 450 mil. Era essa licitação que a empresa Jurong estava participando e cujo preço foi considerado alto pela Petrobras. Agora o processo voltou à estaca zero.

Dilma repete gesto de Lula no batizado da P-56
Sessão de assinaturas de jalecos foi repetida pela presidente Dilma ontem, no Rio

A presidente Dilma Rousseff repetiu ontem, durante inauguração da plataforma P-56, da Petrobras, gestos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em eventos como este, ao assinar seu nome no jaleco laranja vestido por diretores da companhia, autoridades presentes e alguns trabalhadores. Mas ao contrário de Lula, que por diversas vezes sujou a mão de petróleo para carimbá-las nas costas dos "companheiros", Dilma usou uma caneta própria para tecidos, já que a unidade inaugurada ainda não está em operação.

A plataforma P-56 deverá começar a produzir petróleo no início de agosto no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. Acompanhada do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do governador do Rio, Sérgio Cabral, do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e dos diretores de Gás e Energia, Graça Foster, Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e Exploração e Produção, Guilherme Estrella, a presidenta posou para fotos com trabalhadores do estaleiro e fez homenagem às mulheres que vão operar a unidade.

O próprio jaleco laranja - uniforme da Petrobras - vestido por Dilma durante a visita recebeu autógrafos dos diretores da estatal e do ministro Lobão. Assim como Lula, a presidenta foi bastante aplaudida em sua chegada pelos cerca de 8 mil trabalhadores que lotam o pátio do estaleiro para a cerimônia.

A P-56 é considerada um marco na indústria naval, porque a unidade é a que apresenta o maior porcentual de conteúdo nacional, de 73%, acima dos 65% exigidos por lei. A plataforma terá como madrinha a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que recebeu homenagens e posou para fotos abraçada com Dilma.

Com capacidade de produzir um volume total de 100 mil barris por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural, a unidade foi construída como clone da P-51, entregue em 2008. Contratada por US$ 1,2 bilhão junto ao consórcio Keppel Fels Brasil/Technip em outubro de 2007, a unidade teve a maior parte de sua construção realizada no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).


Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Presidenta da República, Dilma Rousseff, lança a plataforma P-56


Unidade vai operar no Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos

Foi realizada nesta sexta-feira (3/6) no Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, a cerimônia de batismo da plataforma P-56. Com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, a P-56 operará no Módulo 3 de desenvolvimento do Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Para a presidenta Dilma, a construção significa a geração de empregos de qualidade para a população. “São 56 mil toneladas de aço, mas o que deve nos admirar é que foram braços brasileiros que construíram esta plataforma. O que o Brasil pode produzir será produzido no Brasil. Temos capacidade para isso. Queremos que se produza cada peça no Brasil”, destacou.

O presidente Gabrielli reafirmou o compromisso da diretoria de produzir 28 sondas no Brasil. “Nunca produzimos esses equipamentos. Serão sete em Pernambuco. Dentre as outras 21, com certeza algumas serão aqui”, previu. “Vamos promover a criação de estaleiros e estimular a diversificação das atividades”, completou Gabrielli.

A plataforma tem como madrinha a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP). Estiveram presentes os diretores da Petrobras nas áreas de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, de Gás e Energia, Graça Foster, o diretor interino de Serviços, Roberto Gonçalves, o diretor interino da Área Internacional, Fernando Cunha, e os presidentes da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto e da Transpetro, Sergio Machado.

Em coletiva prévia realizada nesta quinta-feira (2/6), no edifício sede da Petrobras, o gerente de Implementação de Empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro, ressaltou que a P-56 será a quinta unidade na região de Marlim Sul e destacou o crescimento do conteúdo local na construção das novas plataformas: " Tivemos quatro canteiros de obras no estado do Rio de Janeiro. Toda a P-56 foi construída no Brasil, inclusive o casco ".

Segundo o gerente do Ativo de Marlim Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, após o batismo, a P-56 será transportada para a Ilha de Bananal, próxima à Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde passará por alguns testes antes de chegar ao campo de Marlim Sul. Também participaram da coletiva o coordenador do Projeto do Módulo 3 de Marlim Sul, Rodrigo Volpato e o secretário de obras do Estado do Rio de Janeiro, Hudson Braga.

A P-56 é uma unidade do tipo semissubmersível e ficará ancorada em local onde a profundidade é de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte em seu território. A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras.

O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Para construí-la foram investidos aproximadamente US$ 1,5 bilhão e a obra gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no país. A partir de junho, ela terá sua construção finalizada e passará pela etapa de testes e ajustes finais na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis, e depois será rebocada até a Bacia de Campos para ancoragem e interligação de poços. O início da produção no Campo de Marlim Sul está previsto para agosto.

Construção modular

Construída de forma modular, a P-56 é composta pelo deckbox (base do convés), casco e módulos. A empresa Kepppel FELS construiu, no estaleiro BrasFELS, os quatro módulos de processos e de utilidades. Já os dois módulos de geração foram construídos pela Rolls Royce, em parceria com a UTC Engenharia, no canteiro desta empresa, em Niterói. Os dois módulos de compressão foram construídos pela Nuovo Pignone (General Eletric), no canteiro Porto Novo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). O deckbox também foi construído no BrasFELS, onde foi feita a integração dos módulos. Depois da integração, o conjunto passa a ser chamado de topside.

O casco da nova plataforma é 100% brasileiro. Ele foi construído no BrasFELS e resultou da união dos blocos de aço fabricados pelo próprio estaleiro e pela Nuclep, em Itaguaí. A união do casco com o topside, processo chamado de deck mating, uma das atividades mais complexas, ocorreu sem qualquer imprevisto, em outubro de 2010.

Dados da P-56

Localização: Campo de Marlim Sul, a 120 km da costa;
Produção de petróleo: 100 mil barris de petróleo por dia;
Compressão de gás: 6 milhões de m3 por dia;
Geração elétrica: 100 MW;
Profundidade de ancoragem: 1.670 m;
Compr. 125 m Larg. 110 m Alt. 137m;
Acomodações: 200 pessoas;
Peso Total: 54.658 ton;
Poços produtores: 10;
Poços injetores:11;
Risers: 79;
Escoamento de petróleo: oleoduto p/ P-38 (aprox. 20 km);
Escoamento de gás natural: gasoduto p/ P-51 (aprox.15 km)
Fotos: Agência Petrobras de Notícias

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/