quinta-feira, julho 28, 2011

OGX descobre hidrocarbonetos na Bacia de Campos



De acordo com a empresa, esta nova descoberta, próxima a acumulação de Waimea, testou exitosamente calcarenitos albianos, em uma posição mais profunda, completamente independente da descoberta anterior.

25 de julho de 2011 - A OGX Petróleo e Gás Participações divulgou que foi identificada a presença de hidrocarbonetos nas seções santoniana e albiana do poço 1-OGX-52-RJS, no bloco BM-C-41, em águas rasas da Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação no bloco.

De acordo com a empresa, esta nova descoberta, próxima a acumulação de Waimea, testou exitosamente calcarenitos albianos, em uma posição mais profunda, completamente independente da descoberta anterior.

A companhia destacou também a descoberta de óleo em reservatórios arenosos de idade santoniana. "Estas descobertas comprovam, como sempre informamos, o grande potencial remanescente de recursos nesta importante província petrolífera, na porção mais meridional da bacia de Campos’’, aponta o comunicado da empresa.

O comunicado aponta ainda que foi encontrada uma coluna com hidrocarbonetos em arenitos da seção santoniana em torno de 12 metros e net pay de aproximadamente 5 metros.

Adicionalmente, outra coluna de 174 metros foi encontrada em carbonatos da seção albiana e net pay em torno de 96 metros.

O poço OGX-52, denominado Tambora, localizado no bloco BM-C-41, situa-se a 93 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em lâmina d'água de aproximadamente 130 metros. A sonda Ocean Ambassador iniciou as atividades de perfuração no dia 04 de julho de 2011.


Marinha: há vagas no mercado de trabalho até debaixo d’água


Construção de submarinos viabilizados pelo Acordo Estratégico Brasil-França promete gerar pelo menos 46 mil empregos diretos e indiretos no Estado.

Esta semana a Marinha do Brasil deu partida nas atividades de construção de cinco submarinos, que foram viabilizados pelo Acordo Estratégico Brasil-França que originou o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil.
O programa dos submarinos vai gerar mais de 9 mil empregos diretos e outros 27 mil indiretos, durante a fase de construção. Projeta-se para o período de construção dos submarinos, apenas na área de construção naval militar, a criação de cerca de 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes.

Além da fabricação dos submergíveis, o Prosub contempla a construção de um estaleiro e de uma sofisticada base naval para abrigar as embarcações. As obras, que serão realizadas pela Construtora Odebrecht, incluem também a instalação de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), ao lado da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal encarregada de produzir as seções cilíndricas que formarão os corpos dos submarinos.

O local escolhido para as novas instalações foi a Ilha da Madeira, localizada no município de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, que fica a cerca de 70 quilômetros da capital do Estado. Da parceria, foi constituída uma nova empresa, a Itaguaí Construções Navais (ICN), da qual a Marinha do Brasil detém direito de veto sobre as decisões.

Empregos – De acordo com o gerente administrativo e financeiro da Odebrecht, Antônio Ibarra, hoje, as obras do Estaleiro e Base Naval do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil, contam com 3,2 mil trabalhadores.

"Até o final do ano, o efetivo de trabalhadores aumentará para 5,3 mil. Em 2012, o pico deve atingir 7 mil trabalhadores e, em 2013, 9 mil", projeta.

Inscrições para 778 técnicos
A partir de 1º de agosto estarão abertas as inscrições para candidatos a 778 vagas de nível médio técnico completo na Marinha. Podem se candidatar brasileiros de ambos os sexos, que desejem ingressar no Corpo Auxiliar de Praças (CAP) da Marinha do Brasil. Parte do efetivo vai trabalhar na nova base naval.

Entre os requisitos para inscrição estão ser brasileiro nato, ter entre 18 e 24 anos de idade, concluído o curso técnico de nível médio relativo à especialidade a que concorre e estar registrado no órgão fiscalizador da profissão. O edital está disponível no www.ensino.mar.mil.br. As inscrições poderão ser feitas no endereço eletrônico ou em uma das Organizações Militares da Marinha, distribuídas em todo o território nacional.

As oportunidades são para as áreas de Administração, Administração Hospitalar, Contabilidade, Desenho de Arquitetura, Desenho Mecânico, Estatística, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Enfermagem, Estruturas Navais, Geodésia e Cartografia, Gráfica, Higiene Dental, Metalurgia, Meteorologia, Mecânica, Motores, Nutrição e Dietética, Patologia Clínica, Processamento de Dados, Prótese Dentária, Química, Radiologia Médica, Secretariado e Telecomunicações.

Os candidatos realizarão provas de conhecimentos profissionais e redação. Os aprovados passarão pelo Curso de Formação de 17 semanas, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), no Rio, quando terão vencimentos mensais de aproximadamente R$ 800, alojamento, alimentação e assistência médico-odontológica.

Após aprovação no Curso de Formação, serão nomeados Praças da Marinha do Brasil, na graduação de Cabo, e receberão salário inicial de R$ 2,2 mil. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 2104-6006 ou diretamente no site onde são feitas as inscrições.

O diretor de ensino da Marinha, vice-almirante Ademir Sobrinho, ressalta que os maiores atrativos da Marinha são estabilidade e ascensão profissional. Para ele, com a transferência de tecnologia prevista no acordo com a França, novas oportunidades devem ser criadas na Força.

"Em breve teremos uma seleção para mais engenheiros que tenham interesse em trabalhar na construção dos submarinos. Será uma oportunidade interessante para o jovem poder participar desse momento de crescimento do país", opina.

Para ele, as principais atividades com oportunidades em aberto são carpinteiro, pedreiro, armador, encanador industrial, mecânico, soldador, pintor, eletricista e operador de guindastes.

"O maior desafio é conseguir recrutar um número tão elevado de profissionais em um período tão curto.

Mesmo assim, hoje, quase a totalidade dos trabalhadores são moradores da região de Itaguaí. Isso só foi possível pelo Programa Acreditar, um programa de qualificação profissional continuada, desenvolvido pela Odebrecht, em parceria com a Marinha do Brasil, que forma profissionais para atuar no setor de construção", diz Ibarra.

Ele explica ainda que o participante recebe treinamento específico na área pretendida com aulas práticas, inclusive em simuladores.

Indústria – Ainda pelo acordo, os franceses terão de repassar know how para determinadas indústrias fabricarem no Brasil itens usados nos submarinos.

De acordo com a Marinha, cada um dos submarinos a ser produzido no Brasil deve contar com mais de 36 mil itens produzidos por mais de 30 empresas brasileiras. Entre esses equipamentos estão quadros elétricos, válvulas de casco, bombas hidráulicas, motores elétricos, sistema de combate, sistemas de controle, motor a diesel e baterias especiais de grande porte, além de serviços de usinagem e mecânica.

O Programa Acreditar, da Odebrecht, contribui com a formação de profissionais capacitados para atuar de uma forma geral no mercado, gratuitamente. As inscrições para novas turmas serão abertas no início de 2012. Os interessados podem acompanhar o andamento das oportunidades pelo site www.odebrecht.com.br .

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Brasil envia expedição para conhecer e explorar fundo do oceano



Em navio francês, País encerrou ontem viagem que encontrou minérios a mais mil metros de profundidade no Atlântico

Brasil envia expedição para conhecer e explorar fundo do oceanoEm navio francês, País encerrou ontem viagem que encontrou minérios a mais mil metros de profundidade no Atlântico

Voltou ao Rio o navio Marion Dufresne, que o governo brasileiro alugou da França para promover pesquisas geológicas a milhares de metros de profundidade no sul do Atlântico. A expedição – a segunda de uma série de quatro – foi ao Alto do Rio Grande, uma cordilheira no solo do oceano. Nessa região, de águas internacionais, indícios apontam uma concentração relevante de minérios valiosos.

Alguns cientistas acreditam que essa descoberta tem potencial para ser, para a mineração, o que foi o pré-sal para a indústria petrolífera brasileira.

Neste ano, o Brasil investirá R$ 48 milhões para enviar o Marion Dufresne quatro vezes até a região. É a primeira vez que o Brasil manda uma missão até a plataforma profunda do Atlântico Sul, a mais que o dobro de distância da costa do que os campos do pré-sal. Enquanto o solo de regiões do Pacífico e de outros mares já possui blocos cedidos a diversos países, as profundidades além de mil metros no sul do Oceano Atlântico permanecem intocadas pelo homem.

Região do Alto do Rio Grande fica muito além da placa continental do Brasil e da área de exploração do pré-sal - Foto: Divulgação/CPRM1/8

A missão chefiada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) contou com geólogos, oceanógrafos, biólogos, entre outros cientistas. Nenhuma empresa brasileira se interessou ainda pelas pesquisas, pagas pelo governo federal.

A plataforma oceânica é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade. Ela fica além das tradicionais duzentas milhas de costa que o Brasil possui e mais o que é reivindicado juridicamente. Sua exploração efetiva, portanto, só é possível quando permitida pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito o Mar (CNUDM).

A distribuição dessas áreas sem pátria se realiza da mesma forma como ocorreu a ocupação da Antártida. Determinado país mostra interesse e faz pesquisas primárias para desenvolver algum tipo de atividade no fundo do mar. Em seguida, pede requerimento a entidade ligada à CNUDM. O Brasil deve pedir oficialmente para explorar um bloco do Elevado do Rio Grande em 2012, diz o diretor-presidente do CPRM, Manoel Barretto.

Essa região está muito além da placa continental jurídica brasileira, onde ficam os blocos do pré-sal. As pesquisas ocorrem no espaço conhecido como fossa oceânica, onde a lâmina d’água chega a mais de 7 mil metros até se encontrar solo - enquanto que, na região do pré-sal, a coluna de água é de centenas de metros..

As três metas brasileiras

A missão de conseguir blocos em águas internacionais no Atlântico Sul carrega três metas fundamentais para o Brasil, explica Barretto. A primeira é dar o primeiro passo em um tipo de pesquisa que já é feita por diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento – principalmente no Oceano Pacífico.

“O Brasil é o último dos Bric (grupo que inclui também Rússia, Índia e China) a requerer um espaço no oceano profundo para pesquisar”, diz Barretto. Cuba, por exemplo, tem direito a blocos que requereu ainda em parceria com a antiga União Soviética, há mais de 20 anos.

Outro motivo estratégico é ocupar espaços e evitar que consórcios de outros países tenham posições privilegiadas a poucas milhas do nosso litoral. Cada bloco reservado pelo Brasil implica a reserva de bloco de igual extensão para a Humanidade, onde nunca haverá exploração por outro país, segundo as regras da CNUDM. Portanto, ocupar espaço significa evitar que outros pontos estratégicos sejam ocupados por demais países.

A última razão, que pode ser a mais relevante no longo prazo, é econômica. No fundo do Atlântico, onde o Brasil desenvolve pesquisas, já foram encontrados nódulos de minerais cobaltíferos e carbonático, além das chamadas terras raras. “Ali pode haver muito dos minerais que são a maior sensação atual e no futuro, como o lítio, usado em produtos de alta tecnologia.” Também pode haver muito calcário, mineral usado como fertilizante que é importado pelo Brasil atualmente. “São reservas estratégicas”, completa Barreto.

O fundo do mar é tido como a última fronteira para a mineração no mundo, que um dia terá de ser explorada, quando os minérios em terra ficarem mais raros. A visão assemelha-se até ao que tem acontecido em um momento presente com o petróleo, que tornou interessante a países como o Brasil buscá-lo em locais mais remotos, como o pré-sal.

Mas, assim como ocorreu com o pré-sal, a exploração comercial dessas jazidas ainda demanda muitos anos de pesquisa para se tornar possível e viável comercialmente. Contudo, já existem ideias de como fazê-lo. Uma delas, explica Barretto, é enviar um equipamento que destrua parte dessas rochas e outro que sugue o conteúdo.

Na missão do Marion Dufresne, uma draga foi arrastada sobre o fundo do oceano e trouxe uma porção de amostras à tona, das quais se inferiu o potencial de exploração. “A exploração ainda é experimental, mas tecnicamente sabemos que é possível”, diz Barretto.

A próxima fronteira

O governo brasileiro anda tão animado com as pesquisas que já demarcou uma futura segunda frente de prospecção em mar profundo. Seria na região do arquipélago São Pedro e São Paulo, a última fronteira do Brasil no Atlântico. Assim como no Elevado do Rio Grande, a região do arquipélago fica próxima a uma fenda das placas tectônicas bastante prolífica para o surgimento de minerais de interesse comercial.

Nesse caso, as pesquisas poderiam até ser mais aceleradas, porque se trata de área nacional, dentro ainda da placa continental e, portanto, sem necessidade de ser requerida à Aria. Naquela região, a expectativa é encontrar nódulos de sulfetos, que podem resultar em elementos como cobre, níquel e zinco.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/