segunda-feira, novembro 19, 2012

Brocas de perfuração de poços de petróleo

Uma das atividades mais caras, senão a mais cara de todo o processo da cadeia produtiva da indústria petrolífera, a perfuração de um poço de petróleo é algo que demanda investimentos volumosos, um tempo curto, e uma chance de sucesso quase que de 50%, no melhor dos casos, diga-se de pasagem.

Nesse contexto de riscos, e altos investimentos para a perfuração de um poço de petróleo, a broca de perfuração é peça além de fundamental, deve ser muito bem escolhida na fase da perfuração, pois há tipos diferentes de brocas, para ocasiões diferentes e para perfurar diferentes camadas rochosas.

A seguir vamos entender melhor como funciona esse equipamento tão importante da perfuração.

As brocas tem por objetivo, promover a ruptura e desagregação das formações rochosas, sendo necessário para isso um estudo considerando sua economicidade, e seu desempenho.

As brocas são divididas em dois tipos básicos: brocas sem partes móveis e com partes móveis.

Brocas sem partes móveis

É um tipo de broca que por não possuir partes móveis e rolamentos, diminui a possibilidade de falha.

Broca integral de lâmina de aço – Conhecidas como rabo de peixe (fish tail)rimeiras a serem utilizadas na perfuração, perfuram por cisalhamento e sua estrutura cortante possui vida útil muito curta e praticamente não são mais utilizadas.

Brocas de diamantes naturais – Perfuram por esmerilhamento, e antigamente eram usadas em formações que a fish tail não conseguia perfurar (aí a necessidade de estudar qual broca tem melhor desempenho em determinada camada). Hoje são usadas em testemunhagem e em formações extremamente duras e abrasivas.

• As brocas com estrutura cortante de diamantes naturais constam de um grande número de diamantes industrializados fixados em uma matriz metálica especial.

• Brocas PDC (Pollycrystalline Diamond Compact): no final da década de 70 foram lançadas as brocas de diamantes sintéticos. A estrutura de corte é formada por pastilhas ou compactos montados sobre bases cilíndricas, instaladas no corpo da broca.

• Perfuram por cisalhamento, por promoverem um efeito de cunha, a pastilha é composta por uma camada fina de partículas de diamantes aglutinados com cobalto, fixada a outra camada composta por carbureto de tungstênio.

• As brocas PDC foram introduzidas para perfurar formações moles com altas taxas de penetração e maior vida útil, em formações duras o calor gerado durante a perfuração destrói a ligação entre os diamantes e o cobalto.

• Foram então desenvolvidos os compactos TSP (Thermally Stable Pollycrystalline) que por não possuírem cobalto, resistem mais ao calor.

Brocas com partes móveis – Possuem estruturas cortantes e rolamentos, podem ter de um a quatro cones, sendo as mais utilizadas as tricônicas pela sua eficiência e menor custo inicial em relação às demais.

• Estrutura cortante – Os elementos que compõem a estrutura cortante são fileiras de dentes montados sobre o cone que se interpõe entre a fileira dos dentes dos cones adjacentes, quando se aplica à rotação à broca.

• Quanto à estrutura cortante, são divididas em: Brocas de dentes de aços e Brocas de insertos.

• A ação da estrutura cortante das brocas tricônicas envolve a combinação de ações de raspagem, lascamento, esmagamento e erosão por impacto dos jatos de lama.

• Nas brocas projetadas para rochas moles o efeito de raspagem é predominante, em rochas duras onde a taxa de penetração é baixa e os custos de perfuração tendem a ser altos, o mecanismo de esmagamento provou ser o mais adequado.

Rolamentos

•Roletes e esferas não selados: não possuem lubrificação própria, sendo lubrificados pelo fluido de perfuração, apresenta menor custo e sua resistência ao desgaste também é menor.

• Roletes e esferas selados: Há um sistema interno de lubrificação que não permite o contato do fluido de perfuração com os rolamentos, aumentando a vida útil da broca.

• Mancais de fricção tipo journal: Os roletes são substituídos por mancais de fricção revestidos por metais nobres e possuem dispositivo interno de lubrificação. Possuem maior custo, mas são mais eficazes e as que apresentam baixo índice de falha.

Sondas põem meta do pré-sal em xeque

Pressionada a elevar sua produção de petróleo, a Petrobras corre contra o tempo para garantir a estrutura necessária ao seu plano de multiplicar por dez a produção do pré-sal até 2020. Mas atrasos na contratação de equipamentos, como sondas de perfuração e embarcações de modelos diversos, ameaçam comprometer as metas da companhia, já reduzidas em 2012, após oito anos sendo descumpridas.

O risco concreto de entrega de equipamentos com atraso em relação ao prazo contratual irrita a presidente da Petrobrás, Graça Foster, que externou publicamente sua preocupação e fez um alerta aos responsáveis pelo cumprimento dos prazos.

"O pessoal que trabalha comigo sabe que odeio atraso, nem penso em atraso", disse ela no último dia 29 em palestra a estudantes e professores de unidades de ensino tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nove meses após comunicar o acordo com a gestora Ocean Rig para a construção de cinco sondas, os contratos ainda não foram anunciados pela Petrobrás. Ao todo, a companhia encomendou 33 sondas no Brasil, das quais 28 à gestora Sete Brasil. Os entendimentos que levaram à assinatura do contrato com a Sete Brasil, que tem a petroleira na composição societária, demoraram tanto que a construção dos equipamentos também atrasou.

A Petrobras contrata gestoras como a Ocean Rig e a Sete Brasil, que escolhem estaleiros para a construção das sondas. Preocupada com a série de atrasos a partir da gestão de seu antecessor, José Sergio Gabrielli, Graça, no cargo desde fevereiro, decidiu só autorizar os contratos entre gestores e estaleiros caso seja convencida da capacidade do fabricante de entregar o produto dentro do prazo.

A demora nos contratos para as 33 sondas representa um tempo precioso perdido, já que cada uma leva 48 meses para ficar pronta. A primeira sonda tem de ser entregue em 32 meses, prazo que expira em junho de 2015, e a última, em 2020.

Meta de produção

Graça quantificou o que a Petrobras precisa receber em equipamentos (50 sondas e 49 navios) até 2020 para conseguir alcançar a meta de mais que dobrar a atual produção de petróleo (dos atuais 2 milhões de barris diários para 4,2 milhões em 2020). Hoje, o pré-sal produz 205 mil barris/dia. Em 2020, conforme os planos da empresa, serão 2,1 milhões, o que equivalerá a 50% da produção total brasileira.

"O fato é que isso é uma loucura total. Ninguém pode dormir quando se tem de construir tanta coisa. E é fato consumado, porque sem isso você não produz petróleo. (...) Se não entrar (petróleo), eu não consigo atender à curva de produção", disse a executiva.

Os atrasos não são apenas da indústria naval, de acordo com ela. Na fala aos universitários e mestres, ela evidenciou que já conta com os atrasos, apesar de repudiá-los.

"Para a produção dos 4,2 milhões de barris de óleo em 2020 precisamos ter no Brasil 50 novas sondas de perfuração entre 2012 e 2020. (...) As contratadas no exterior, todas atrasaram. (...)Foram feitas na China, na Coreia porque não havia condição de preparar os estaleiros para que fossem feitas aqui. O fato é o seguinte: para atrasar lá fora, que atrase aqui. Porque lá fora somos mais um e aqui nós somos a Petrobrás. Então, aqui está gerando emprego, gerando renda, gerando aprendizado", disse.

Cada sonda, uma espécie de navio com tecnologia de ponta para extrair óleo das profundezas do pré-sal, custa cerca de US$ 800 milhões. Serão as primeiras fabricadas no Brasil. Graça quer saber exatamente onde serão feitas, por quem e como, para evitar a repetição dos atrasos que levaram a companhia a descumprir as metas de produção no passado.

"Nós acompanhamos sistematicamente, religiosamente. Eu acompanho todos os meses mais de 400 projetos. Vira uma guerra atrasar projeto para a Petrobrás. Não pode atrasar."

Até agora, só uma sonda começou a ser construída no Brasil, com o corte de chapa (primeira tarefa da fabricação) iniciado em junho no estaleiro Keppel Fels (RJ). Um sinal do atraso é o fato de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apesar de estar com o trâmite interno adiantado, só prever o início da liberação dos recursos no fim do primeiro semestre de 2013.

Em tese, ainda há tempo útil para recuperar o cronograma. Pelo menos um estaleiro envolvido na disputa da Ocean Rig garante encurtar a construção da sonda para 36 meses. Mas os prazos ficam cada vez mais apertados

Bahia é o maior polo brasileiro de investimentos em eólicas

Eu quero reforçar o compromisso do Governo do Estado com a energia eólica, disse o governador Jaques Wagner

Salvador (BA) -Com 10% do potencial nacional, a Bahia é o maior polo brasileiro de investimentos em energia eólica. O Brasil está prestes a se consolidar no mercado de energia eólica e, até 2014, serão implantados em todo o país mais de 7 GW em capacidade energética.

“Como o mundo inteiro busca energia renovável, nós iremos aproveitar esta mina de ventos que nós temos na Bahia e transformá-la na geração de empregos e na inclusão social que a gente vem fazendo. Vamos aguardar o posicionamento da Aneel em relação aos próximos leilões”, disse o governador Jaques Wagner. Na ocasião, ele participou de uma reunião com os empresários do setor.

“Eu quero reforçar o compromisso do Governo do Estado com a energia eólica. Temos trabalhado para, tanto em nível estadual quanto com o governo federal, para sermos facilitadores na implementação de novos parques”.

O presidente da Renova Energia, Mathias Becker, a maior investidora no estado, disse que, “mais do que o recurso natural, há ainda a parceria que nós estamos conseguindo fazer com Governo do Estado, que oferece a infraestrutura que precisamos para implantar os parques, além da receptividade das comunidades, que é a forma como a Renova gosta de atuar, sendo um vetor de desenvolvimento”. Para ele, a política do governo estadual, juntamente com a política de desenvolvimento da cadeia eólica no Brasil, propicia e incentiva que a cadeia completa se instale na Bahia, com a fabricação das torres, máquinas e pás.

Nordeste possui um dos melhores ventos do mundo

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEólica), Elbia Melo, disse que a principal virtude do Brasil para o segmento é este momento de investimento associado a um contexto internacional de tecnologia avançada e crise, que está dirigindo investimentos para o país. “É também, sobretudo, a natureza do Brasil, o potencial eólico que se concentra no Nordeste e no Sul do país. Recentemente descobrimos que o interior da Bahia tem um grande potencial. Um dos melhores ventos do mundo está no Nordeste e a Bahia tem crescido bastante em termos de investimento em energia eólica”.

Da Redação