terça-feira, julho 16, 2013

6 razões para se preocupar com as ações da Petrobras

São Paulo – Uma análise do banco HSBC apresenta seis motivos para o mercado se preocupar com as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) no médio prazo. No ano os papéis têm queda acumulada de 17,7%.

Contabilidade oportunista

Luiz Carvalho e Filipe Gouveia, analistas que assinam o relatório, afirmam que com a alteração na contabilidade, os resultados serão ofuscados e haverá menos visibilidade sobre os números da empresa.

“A Petrobras tem 70% da dívida exposta ao dólar, o que, com a desvalorização recente, afetaria seu lucro líquido em 8,9 bilhões de reais, se a empresa não alterasse a contabilidade”, explicam.

A mudança proporcionou impacto imediato de 4,1 milhões de reais sobre os lucros do segundo trimestre, ajudando também a Petrobras a distribuir dividendos para as ações ordinárias.

“Vemos potencial para uma distribuição mais elevada de R$0,50 para as ações ordinárias, devido ao aumento de lucros decorrente da adoção da nova norma contábil”, afirmam Carvalho e Gouveia.

Paridade dos preços

“Acreditamos que diminuiu significativamente a possibilidade de aumentos de preço antes das eleições de outubro de 2014, devido às atuais taxas de inflação e protestos sociais”, explicam os analistas.

A expectativa é que a Petrobras venda gasolina e diesel importados com descontos de 22% e 18%, respectivamente. Isso levará a uma perda no segmento de refino de 15,6 bilhões de reais em 2013.

Desde 2011, a empresa já teve prejuízo de 42 bilhões de reais com a política de não reajustar os preços de acordo com a volatilidade internacional.

Menor flexibilidade de investimentos

Os analistas explicam que, de acordo com o que foi dito pela presidente da Petrobras, Graça Foster, a empresa não dispõe de flexibilidade em seu plano de investimento para 2013 e 2014.

“Ao analisarmos os projetos da Petrobras entre 2015- 2017, em nossa opinião, a empresa dispõe de uma flexibilidade de cerca de 20% para reduzir os investimentos, um impacto de R$15 milhões em seu balanço”, explicam.

Interferência do governo

Na opinião de Carvalho e Gouveia, a percepção de interferência negativa do governo cresceu substancialmente com o aumento de capital em 2010, com a política adotada para o preço dos combustíveis; com os investimentos em refino, com custos elevados e margens mais baixas, com a rodada de licitação de Libra e a nova norma contábil.

Produção abaixo do guidance

Embora o mercado tenha uma visão mais otimista, os analistas do HSBC têm uma opinião mais cautelosa. “Vemos atrasos na P-63, paradas de manutenção acima do esperado e taxas de declínio dos campos do pós-sal mais elevadas que as anteriores”, justificam.

Balanço alavancado

“Vemos uma deterioração substancial nas condições do balanço da Petrobras, devido ao valor massivo da dívida levantada desde 2007 sem nenhuma contrapartida de geração de caixa e crescimento de apenas 1,6 na produção no mesmo período”, afirmam Luiz Carvalho e Filipe Gouveia.

Segundo a projeção do banco, a alavancagem da Petrobras atingirá 3,1 vezes em 2013 e 3,6 vezes em 2014. Os analistas temem que este novo nível de alavancagem possa desencadear outro aumento de capital, dívida ou injeção de instituições estatais controladas pelo governo.

Embora a lista de preocupações seja grande, os analistas acreditam que há soluções para todos. “O problema é que, provavelmente, a maioria delas está fora do alcance da Petrobras”, ponderam.

Por conta disso, o banco reduziu o preço alvo de 20 reais para 17 reais para as ações preferencias, e a recomendação é neutra.

Fonte: Exame de Beatriz Souza

Queiroz Galvão anuncia afretamento de dois FPSOs para o campo de Lula

O valor total do contrato é de US$ 3,5 bilhões.

Rio de Janeiro (RJ) - A Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG) anunciou nesta segunda-feira que firmou contratos, em conjunto com seus parceiros no Consórcio BM-S-11, operado pela Petrobras (65%), BG E&P Brasil Ltda. (25%) e Petrogal Brasil S.A. (10%), para afretamento e operação de dois FPSOs (Floating Production Storage and Offloading, na sigla em inglês) - Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema . Os contratos terão duração de 20 anos.

De acordo com a empresa, o valor total do contrato para aquisição dos dois FPSOs é de, aproximadamente, US$ 3,5 bilhões.

Ainda segundo a QGOG, as unidades irão pertencer e serão operadas pela joint venture formada entre as empresas QGOG, SBM Offshore, Mitsubishi Corporation e Nippon Yusen Kabushiki Kaisha (NYK Line).

Os FPSOs irão operar no Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. As unidades são similares ao FPSO Cidade de Ilhabela, com capacidade diária de produção de óleo de 150 mil barris e capacidade de produção de gás de 6 milhões de metros cúbicos por dia.

A previsão de entrega do Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema é no final de 2015 e no início de 2016, respectivamente.

Da Redação

BP compra participação em blocos da Petrobras na Bacia Potiguar

A operação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores

Londres - A petroleira britânica BP disse nesta segunda-feira que irá realizar aquisição de direitos em cinco concessões em águas profundas operadas pela Petrobras na Bacia Potiguar, ampliando sua presença no litoral brasileiro. A operação está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores.

A BP Energy do Brasil irá assumir participação de 30 por cento nos blocos POT-M-663 e POT-M-760 (contrato BM-POT-16) e 40 por cento nos blocos POT-M-665, POT-M-853 e POT-M-855 (contrato BM-POT-17). Juntos, estes blocos cobrem uma área total de 3.837 km quadradros, disse a BP.

A empresa não deu detalhes financeiros da operação.

Fonte: Reuters

União receberá 41,65% do petróleo de Libra, diz minuta do edital

Segundo o texto da ANP, o vencedor do leilão será o que oferecer maior quantidade de óleo excedente à União.

A União deverá receber, pelo menos, 41,65% do petróleo produzido na área petrolífera de Libra, que será licitada em outubro, de acordo com a minuta do edital do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha, publicada nesta terça-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O leilão, que havia sido programado inicialmente para novembro, vai incluir apenas o prospecto gigante de Libra, na bacia de Santos.

O porcentual é superior ao indicado pelo Conselho Nacional de Política Energética, que, em resolução divulgada na semana passada, estabelecia uma participação mínima de 40% para a União, para o preço do barril de petróleo de 105 dólares. Segundo o texto da ANP, o vencedor do leilão será o que oferecer maior quantidade de óleo excedente à União – medida que leva o nome de ‘lucro óleo’. Tal medida foi aprovada em projeto de lei na Câmara em 26 de junho.

O óleo excedente é aquele que sobra após serem descontados os custos da produção. Esse óleo é partilhado entre o consórcio explorador e a União, de acordo com o percentual que foi ofertado no leilão, diz a ANP.

Ainda segundo a minuta, as empresas que quiserem participar do leilão deverão oferecer uma garantia financeira inicial mínima de 610 milhões de reais para o programa exploratório mínimo. A primeira fase de exploração de Libra prevê a perfuração de dois poços e a realização de um teste de longa duração de 1.547 quilômetros quadrados. Os testes duram, em média, seis meses.

O documento também estabelece uma faixa para o valor de referência para o barril de petróleo entre 100,01 e 120 dólares, com a produção por poço correspondente entre 10 mil e 12 mil barris/dia.

O leilão previsto para 21 de outubro será o primeiro pelo regime de partilha. Além disso, o vencedor terá que pagar para a União um bônus de 15 bilhões de reais – dinheiro que já tem destino certo: será encorpado como receita primária para ajudar o governo a cumprir a meta de superávit em 2013.

Ainda de acordo com a minuta, a fase de exploração deve durar 4 anos, quando os consórcios participantes deverão iniciar o programa exploratório mínimo. A fase de exploração poderá ser estendida segundo o contrato de partilha de cada bloco. A Petrobras deve operar os blocos com participação mínima de 30% e máxima de 100%. Já o governo receberá, no mínimo, 75% da receita total com a produção do pré-sal, incluindo outros campos além de Libra, que ainda não foram ofertados.

Novas regras – A licitação do pré-sal terá regras diferentes dos tradicionais leilões da ANP, realizados sob o regime de concessão. Para o país ficar com uma maior parte da riqueza, o leilão do pré-sal será feito sob o regime de partilha, segundo o qual a União é a proprietária do óleo e remunera as empresas com parte da produção. Vence a licitação o grupo que conferir a maior participação no volume de petróleo produzido em favor do estado. O regime diz ainda que cabe ao contratante explorar e extrair o petróleo, às suas custas. As reservas não extraídas permanecem como propriedade do estado.

Campo de Libra – A ANP estimou, inicialmente, um volume recuperável para Libra de cerca de 16 bilhões de barris de petróleo, volume que seria suficiente para fornecer todo o óleo que os Estados Unidos consomem por mais de dois anos e praticamente igual aos níveis atuais das reservas provadas brasileiras. Contudo, após uma reavaliação, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, reconheceu que o volume na região é menor que o previsto. Atualmente, as projeções apontam 8 a 12 bilhões de barris recuperáveis, disse a diretora da ANP.

Fonte: Veja