sábado, julho 09, 2011

Empresas brasileiras pagam US$ 350 milhões por participação no pré-sal


As duas primeiras empresas brasileiras a entrarem na exploração de petróleo no pré-sal, a estreante Barra Energia do Brasil e a Queiroz Galvão, pagaram US$ 350 milhões à Shell Brasil, subsidiária da gigante mundial Royal Dutch Shell, na compra dos 20% de participação que a petrolífera detinha no bloco BM-S-8, em águas ultraprofundas no pré-sal na Bacia de Santos.

O diretor-presidente da Barra Energia, João Carlos França de Luca, disse que a empresa — formada em sua maioria por ex-funcionários da Petrobras e da Repsol — está iniciando suas atividades já em um bloco no pré-sal. Nesse bloco, o consórcio operado pela Petrobras descobriu a a acumulação chamada de Bem-te-Vi, que ainda está em avaliação.

"Estamos muito contentes pelo privilégio de sermos a primeira companhia brasileira iniciante a ingressar numa área tão disputada como é a do pré-sal", destacou De Luca, que já foi presidente da Repsol no Brasil e preside o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

A Barra e a Queiroz Glavão compraram, cada uma, 10% da participação que a Shell tinha no bloco, pagando US$ 175 milhões, cada. A Petrobras, que é operadora, detém 66% do consórcio, e a portuguesa Galp, outros 14%.
A Barra Energia tem US$ 1 bilhão iniciais para investimentos, resultado de uma operação de capitalização realizada no ano passado, quando a companhia foi constituída. Os principais investidores da Barra Energia são os fundos americanos de investimentos First Reserve Corporation e Riverstone Holdings.
Neste momento, o consórcio está perfurando uma outra área no bloco BM-S-8, chamada Biguá. Esse bloco fica próximo ao Bloco BM-S 9, onde a Petrobras já descobriu várias acumulações, como Carioca e Guará. Existe a possibilidade de as reservas dos dois blocos se juntarem em alguma região, o que vai obrigar os dois consórcios a discutir a unitização das reservas no futuro.
O executivo destacou que a Barra Energia está analisando a possibilidade de adquirir participações em outros blocos, como também pretende participar da 11ª Rodada de Licitações de áreas que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deverá realizar até o fim deste ano.

"A compra e venda de participações em blocos exploratórios é normal no setor petrolífero. Às vezes uma área pode não ser interessante para uma empresa e ser atraente para outra, assim como é uma forma de se levantarem recursos para investir em outras áreas", destacou De Luca.

Fonte: http://www.pernambuco.com/

Petrobras prevê iniciar exploração na Tanzânia em setembro



DAR ES SALAAM, Tanzânia (Reuters) - A Petrobras prevê iniciar a exploração de petróleo e gás na costa da Tanzânia em setembro, informou um comunicado enviado pela empresa brasileira ao gabinete do primeiro-ministro.

A Petrobras tem um acordo de produção compartilhada para os blocos 5 e 6, em uma área conhecida por ter importantes depósitos de gás natural.

A empresa também pretende lançar em breve a nova plataforma Poseidon, esperada para Mtwara, no sudeste da Tanzânia.

"Este navio estará em Mtwara e esperamos começar o trabalho no início de setembro", afirmou o presidente executivo da Petrobras Tanzânia, Samuel Miranda, em um comunicado divulgado na quinta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro do país, Mizengo Pinda.

A Petrobras, que está investindo 11 milhões de dólares na Tanzânia e planeja investir outros 14 milhões de dólares para desenvolver o porto de Mtwara, afirmou que a embarcação realizará a exploração por um período de 20 meses.

O governo da Tanzânia estima as reservas provadas de gás natural no país do leste da África em 7,5 trilhões de pés cúbicos. Tem havido crescente interesse na exploração de óleo e gás no leste da África após descobertas, e também por óleo em Uganda.

Pinda e Miranda estão visitando à Coreia do Sul, onde devem participar do lançamento da embarcação na sexta-feira, que realizará a exploração por um período de 20 meses.

A Tanzânia licenciou pelo menos 17 companhias internacionais para exploração tanto 'offshore' como no 'onshore' de fontes de energia no país, segunda maior economia da região.

Entre as companhias que podem explorar blocos na Tanzânia estão a Artumas Group Inc (AGI), listada na bolsa em Oslo, a francesa Maurel & Prom , a norueguesa Statoil, a Royal Dutch Shell e a Aminex.

De acordo com comunicado do Citigroup, a região do leste da África deve experimentar um salto nas compras de participações em blocos e fusões e aquisições para consolidar pequenos participantes.

(Texto de George Obulutsa)

Fonte: http://br.reuters.com/

Petroleira francesa Total de olho em pré-sal do Brasil



PARIS (Reuters) - A petroleira francesa Total disse estar preparada para fazer parte do desenvolvimento da área inexplorada do pré-sal brasileiro assim que Brasília der o aval para a exploração dos seus cobiçados recursos em águas profundas.

"No que se refere ao desenvolvimento do pré-sal, a Total está bem preparada para participar e está esperando o Brasil decidir se essas áreas vão ser abertas às rodadas de licitações", disse Yves Louis Darricarrere nesta quinta-feira, em conferência no Brasil feita pela The Economist.

A Total, quinto maior grupo de petróleo e gás do mundo em valor de mercado, espera ter importante papel no Brasil, cujas vastas reservas de petróleo em águas profundas podem transformar o país latino-americano em um dos maiores exportadores de petróleo do mundo.

Especialistas dizem que o país possui reservas de mais de 50 bilhões de barris de petróleo --valor próximo a quase dois anos de consumo mundial de petróleo-- enterrados sob uma espessa camada de sal, em uma região conhecida como pré-sal.

Licitações de blocos em águas profundas estão em espera até que o Congresso concorde em como os diferentes Estados nos quais os recursos do pré-sal estão localizados devem se beneficiar dos royalties.

Brasília anunciou, no início desse ano, que faria sua décima-primeira rodada de licitações de exploração em petróleo e gás em setembro, excluindo as reservas do pré-sal, para 1.474 blocos em terra e em águas profundas. A data no entanto já foi alterada para outubro e há quem fale de novembro, já que a autorização para o leilão depende da assinatura da presidente Dilma Rousseff.

"(Esta) rodada de concessões será certamente do nosso interesse", disse Darricarrere. A nova rodada no segundo semestre vai ser a primeira desde 2008.

"O país continua sendo uma terra de oportunidade para a indústria de petróleo e gás. Mais descobertas estão para ser feitas, já que grandes áreas do país continuam inexploradas", disse ele.

A Total adquiriu há um ano 20 por cento na licença BM-S-54 da Royal Dutch Shell, na bacia de Santos, a 200 quilômetros ao sul do Rio de Janeiro.

(Reportagem de Marie Maitre)

Fonte: http://br.reuters.com/