domingo, março 27, 2011

Petrobras realiza 12° leilão de gás natural e inaugura nova etapa no desenvolvimento do mercado secundário


Oportunidades do mercado secundário de gás natural visam à redução de preços para o consumidor. Foram vendidos 7,8 milhões de m³/dia e deságio médio foi de 38%.

A Petrobras vendeu 7,8 milhões de m³/d de gás natural em leilão eletrônico realizado no dia 24 de março (quinta-feira), para fornecimento no período de abril a julho de 2011. O volume corresponde a 78% dos 10 milhões de m³/d ofertado. Todas as companhias distribuidoras de gás participaram e fizeram lances, convergindo para um preço que foi 38% menor do que o preço médio dos contratos de longo prazo.

Também em abril entram em vigor os primeiros contratos de venda de gás formatados para atender especificamente ao mercado secundário, outra modalidade que disponibiliza para as indústrias volumes de gás que não estão sendo consumidos pelas usinas termelétricas. Nesta nova dinâmica de mercado, conforme são conhecidos os despachos das termelétricas, a Petrobras confirma o direcionamento de volumes de gás para estes contratos, a preços competitivos em relação à alternativa do energético empregada nestas indústrias.

Cerca de 2,5 milhões de m³/dia já estão contratados para operar nesta nova etapa do mercado secundário. Somados aos 7,8 milhões de m³/d comercializados no 12° leilão de gás, o mercado de curto prazo atingirá 10,3 milhões de m³/d, um crescimento de 9,5% em relação às vendas de curto prazo para o período anterior (dezembro de 2010 a março de 2011).

A experiência adquirida desde o primeiro leilão de gás realizado em abril de 2009 permite à Petrobras inovar continuamente para melhor atender às expectativas dos consumidores. Ao conciliar as necessidades energéticas da indústria com a dinâmica do mercado de geração elétrica, a Petrobras mantém seu compromisso de oferecer às distribuidoras, em condições competitivas, o gás natural que as usinas termelétricas não vão consumir, por meio de leilões e contratos de alocação de curto prazo a menores preços em relação aos contratos firmes de longo prazo.

A criação deste mercado secundário de gás natural no Brasil foi possível devido aos investimentos realizados pela Petrobras para aumentar a produção nacional de gás natural; diversificar as fontes de suprimento a partir dos terminais de regaseificação de gás natural liquefeito em Pecém e na Baía de Guanabara; e ampliar a infraestrutura de transporte (gasodutos, estações e sistemas de compressão, city gates). Estes investimentos aumentam a oferta de gás natural e a flexibilidade no atendimento aos segmentos termelétrico e não termelétrico. A Petrobras reafirma que o objetivo dessas novas modalidades de comercialização é fazer com que a redução de preço chegue à porta de quem efetivamente usa o gás natural, o consumidor final.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

Produção de petróleo e gás cresceu 1,7% em fevereiro


A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em fevereiro, foi de 2.603.953 barris equivalentes de óleo, por dia (boed).

Esse resultado ficou 1,7% acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e foi 2,2% menor que o volume total extraído em janeiro deste ano.

Considerados apenas os campos no Brasil, a produção média de petróleo e gás alcançou 2.353.340 barris de óleo equivalente por dia (boed), indicando um aumento de 1,8% em relação a fevereiro do ano passado.

Esse volume ficou 2,8% abaixo da produção de janeiro deste ano, devido a paradas programadas da produção em algumas plataformas, durante o mês.

A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais chegou a 2.019.508 barris diários. Esse resultado reflete um acréscimo de 1,6% sobre fevereiro de 2010 e um decréscimo de 2,4% em relação à produção de janeiro deste ano.

A produção de gás natural dos campos nacionais atingiu, em fevereiro, 53 milhões e 75 mil metros cúbicos diários. Isso corresponde a um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com as paradas programadas de plataformas, o volume de gás produzido em fevereiro foi 5,5% inferior ao de janeiro deste ano.

O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países onde a Petrobras atua chegou a 250.613 boed em fevereiro. O resultado indica um crescimento de 4,8% sobre janeiro deste ano, devido à maior demanda pelo gás boliviano e à normalização da produção após manutenção de planta de tratamento na Bolívia.

Quando comparado com fevereiro de 2010, houve um acréscimo de 0,9%, principalmente em função da entrada em produção de novos poços nos campos de Agbami e Akpo, ambos na Nigéria.

A produção de gás natural no exterior foi de 16 milhões e 671 mil metros cúbicos, registrando um acréscimo de 11,2% em relação ao volume de janeiro de 2011 e de 1,3% em comparação com fevereiro de 2010.

O quadro mostra a produção por estado do Brasil e por região do exterior em fevereiro de 2011.

Fonte: http://www.economiasc.com.br/

Abenav: pré-sal ganha associação com sede no Rio de Janeiro


A iniciativa dos estaleiros com foco no pré-sal, com a participação de toda a cadeia de produção: os estaleiros, fornecedores de equipamentos, fornecedores de materiais, e serviços para o setor de óleo e gás.

O objetivo da associação é promover uma integração e parcerias entre os setores envolvidos que resultem em ganhos de produtividade e competitividade para as indústrias brasileiras.

A indústria naval, em todo o mundo, é considerada de importância estratégica, sendo apoiada e incentivada pelos governos. É um elo vital na inserção dos países na economia. Após um período de recessão na década de 80, o cenário brasileiro atual é otimista e extremamente positivo para o Brasil, com perspectivas de aumento da demanda nos mercados externo e interno, trazendo perspectivas para o mercado de trabalho para as futuras gerações.

Consequentemente, o crescimento da exploração e produção de petróleo e gás natural em águas profundas tornou o segmento offshore, nos últimos dez anos, um importante mercado para o setor, que atualmente está num ritmo de crescimento acelerado.

Neste novo cenário, com a demanda do pré-sal, a previsão é que a indústria de óleo e gás, que responde por 10% do PIB brasileiro, dobre a sua participação.

A importância do pré-sal também é dimensionada pela perspectiva de aumento da reserva de barris: hoje o país conta com 14 bilhões de barris em suas reservas e poderá chegar a 100 bilhões com a descoberta do pré-sal.

Com a previsão de que a indústria naval e offshore alcance um faturamento da ordem de US$ 15 bilhões por ano, nos próximos dez anos (o que representa o dobro do que fatura o setor aeroespacial), a questão primordial a ser discutida é: será que a indústria brasileira vai conseguir acompanhar o ritmo do pré-sal? Estará ela preparada para este crescimento? Ela será competitiva suficientemente para enfrentar a concorrência estrangeira?

Neste contexto, foi criada a Abenav (Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore). Trata-se de uma iniciativa dos estaleiros com foco no pré-sal, com a participação de toda a cadeia de produção: os estaleiros, fornecedores de equipamentos e fornecedores de materiais.

A missão da Abenav é ajudar a as empresas brasileiras a se prepararem para concorrer com as companhias estrangeiras tendo como base a qualidade, preço e prazo; acompanhar a implantação e exploração do pré-sal nos aspectos técnico, regulamentar e comercial; articular isenções fiscais e tributárias, além de novos financiamentos para as empresas do setor, frente aos governos estadual e federal.

O seu principal desafio é ajudar a criar uma indústria nacional sólida, tendo como base o modelo de incentivos e apoios adotados pela Noruega, Grã Bretanha e Coréia, desde o desenvolvimento de suas indústrias, até os dias de hoje.

Com sede no Rio de Janeiro, a Abenav é presidida pelo empresário Augusto Mendonça, atual vice-presidente do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore).

A Abenav já nasce com a participação dos principais estaleiros brasileiros, além de representar os setores naval e offshore e fornecedores de materiais e serviços para o setor de óleo e gás. Também fará parte da associação toda a cadeia fornecedora de bens e serviços e suas entidades, ou seja, todos que têm interesse de fornecimento para a exploração do pré-sal.

Segundo Dr. Augusto Mendonça, o objetivo da associação é mobilizar todas as entidades envolvidas na exploração do pré-sal para que se possa incentivar a criação de uma indústria nacional forte.

A atuação da Abenav será em nível nacional e a entidade vai trabalhar em sinergia com instituições, entidades e Governo, para que, juntos, possam contribuir para o pleno desenvolvimento do setor do pré-sal.

Para o Brasil acompanhar esse crescimento, será preciso um conjunto de ações voltadas para o desenvolvimento e aumento da competitividade industrial, tendo as seguintes metas: política industrial ousada, ações concretas e decisões corajosas.

O pré-sal é a oportunidade de crescimento e desenvolvimento da indústria brasileira, mas é preciso que as regras do pré-sal sejam bem definidas para se evitar o risco do fenômeno econômico conhecido como doença holandesa, termo que surgiu nos anos 60, quando o preço do gás subiu muito na Holanda e as exportações da matéria-prima também cresceram muito, valorizando a moeda local. O resultado apareceu nos anos 70: as exportações dos produtos industrializados ficaram extremamente prejudicadas e a indústria quebrou.

Segundo Dr. Augusto Mendonça, presidente da Abenav, o otimismo do setor está em sintonia com o apoio e comprometimento do governo federal com a indústria brasileira e com a importância que o pré-sal representa para o país, já que é um forte gerador de mão-de-obra especializada em um setor estratégico como a construção naval e offshore.

Atualmente, os estaleiros empregam 60 mil pessoas e até 2018 chegará ao número de 110 mil empregados diretos, que é o que a indústria automobilística emprega hoje.

"O efeito deste crescimento na indústria em geral deverá ser extremamente positivo. As estimativas da Abenav indicam que o pré-sal irá implicar produção de 97 plataformas de produção, 510 barcos de apoio e 80 navios, com conteúdo nacional entre 65% e 70% do valor total. Isso deverá significar um volume espantoso de encomendas no mercado interno, desde tubos, a parafusos, material elétrico e motores”, informa o presidente da entidade.

Augusto Mendonça ressalta que é importante reter essa riqueza no Brasil, já que a cada emprego direto nos estaleiros mais cinco a sete são gerados na economia, e que não se esgotará nos próximos 50 anos, daí a importância do papel da Abenav para o setor.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/