O setor de Petróleo e Gás deve abrir 190 mil postos de trabalho até 2016

O vaivém de soldadores, montadores, eletricistas e ajudantes no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, no Caju, na Zona Norte do Rio, demonstra o atual momento da indústria fluminense nos setores de construção naval e de petróleo e gás, este com muitos profissionais (concursados ou terceirizados) atuando também em plataformas. Segundo o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Elias Ramos de Souza, até 2016 serão criados 190 mil empregos no país:

- Os projetos do pré-sal estão em curso e outros em estudo. O mercado vai precisar desses profissionais, e o levantamento desse número de vagas foi feito com base nos projetos de exploração, produção, distribuição e refino, ou seja, toda a cadeia.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu chegou a ser o segundo maior produtor de navios do mundo, na década de 80 e, após 20 anos fechado, foi reaberto em junho de 2010, quando foi arrendado pela Petrobras. Hoje, está renascendo e sendo modernizado, assim como a indústria continua se reinventando. A casa precisa ser arrumada para os investimentos de exploração de petróleo na camada pré-sal e os demais que estão sendo feitos não somente pela Petrobras, mas por outras empresas.

Apesar dos investimentos que estão sendo feitos por outros estados, como Bahia e Rio Grande do Sul, Souza explica que o Rio continua em alta no cenário nacional.

- É onde temos a principal demanda. O estado aparece com a necessidade de 25 mil profissionais até 2016. O Rio tem um papel específico e importante nessa cadeia produtiva — diz.

“Para cada estrangeiro é preciso ter dois brasileiros”

O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP, Elias Ramos de Souza, explica que a demanda por pessoal é muito grande no país, e falta mão de obra qualificada. Por isso, existem políticas para atrair profissionais estrangeiros e formar pessoal.

— Temos trabalhado nesses dois sentidos. O Brasil tem investido em diretrizes que visam à formação na área tecnológica. Há uma carência de especialistas no ramo de petróleo. Estudos mostram que das 70 mil autorizações para trabalhar no país no ano passado, 18 mil foram para o trabalho em embarcações ou plataformas. Pelas normas do Ministério do Trabalho, para cada estrangeiro na área offshore, é preciso ter dois brasileiros.

Fonte: Jornal Extra (por Rhamany Santana Moreira)

Petrobras prepara novo concurso público e edital deve sair no segundo semestre

Trabalhar no setor de petróleo e gás também é o sonho de milhares de brasileiros que buscam uma chance de se tornar funcionários da Petrobras. A boa notícia é que a empresa já prepara um novo concurso que, provavelmente, será divulgado no segundo semestre deste ano.

O gerente de Gestão do Efetivo da companhia, Lairton Corrêa de Souza, explica que, até junho deste ano, 1.700 candidatos aprovados em seleções anteriores serão convocados.

— Cada área da companhia está estudando suas necessidades de pessoal. Tão logo isso fique pronto, teremos um concurso — explica.

Souza destaca que esse planejamento é necessário porque a empresa trabalha com a admissão de pessoal para projetos a longo prazo. Após a aprovação na seleção, os novatos recebem um treinamento específico que, no caso de um operador (nível técnico), dura cerca de 18 meses. Os engenheiros demoram de seis meses a um ano para aprender o que é preciso para concluir essa etapa de formação.

A dica do gerente é que o candidato também pense a longo prazo.

— Quem tem a expectativa de ingressar na Petrobras deve se preparar. O adequado é que, desde já, o candidato veja as provas e os editais anteriores para ter uma ideia do grau de dificuldade — orienta Souza, acrescentando que é preciso ter um planejamento de estudo para estar bem preparado e sair na frente: — Somos uma empresa muito admirada, especialmente pelos jovens, e há, em média, uma concorrência de cem pessoas por cada vaga.

Fique ligado no concurso 2013 da Petrobras

Cargos

O foco da empresa está voltado para as áreas de engenharia e técnica. Engenheiros de petróleo e equipamentos, por exemplo, são essenciais.

Salários

Técnicos de operação ou de manutenção, por exemplo, têm garantia de uma remuneração mínima de R$ 3.132,34. Engenheiros, geólogos e geofísicos (funções de nível superior) têm expectativa de ganho mínimo de R$ 7.444,71.

Provas

A seleção costuma ter uma prova objetiva, com questões gerais e específicas, além de uma redação.

Organizadora

Tradicionalmente, a Fundação Cesgranrio ou o Cespe/UnB organizam os concursos, que são nacionais.

Fonte: Jornal Extra por (Rhamany Santana Moreira)