quinta-feira, maio 24, 2012

Eike Batista continua com foco em petróleo

Empresário diz em evento que descarta investimentos no setor de siderurgia

Rio de Janeiro (RJ) -"Garanto a você que não vou investir em siderurgia, vou investir em campo de petróleo", foi o que disse o empresário Eike Batista durante entrevista de encerramento do Rio Investors Day, descartando investimentos no setor siderúrgico. Segundo ele, o setor "não é a prova de idiota", como os demais ativos do grupo, que não teriam chance de dar errado. Para o empresário, o setor está com capacidade excedente e não está nos planos do grupo EBX.

Ele afirmou, ainda, que vai intensificar a parceira com a Petrobras, conforme já havia informado no mês passado, quando a presidente Dilma Rousseff visitou o Porto do Açu, em São João da Barra.

"A visita da presidente Dilma consolidou isso, por que não dois grandes grupos nacionais trabalharem juntos?", perguntou.

Ele disse que pretende fornecer navios e plataformas para a Petrobras dos seu estaleiro, que está sendo construído ao lado do Porto do Açu, e prometeu preços 20% inferiores em relação a outros estaleiros nacionais. "O (Roger) Agnelli, da Vale, e o (José Sérgio) Gabrielli, da Petrobras, falavam mal de mim para o Lula, para a Dilma. Eu continuo aqui e agora vamos fazer parcerias", disse o empresário referindo-se ao fato de que os dois executivos foram demitidos dos seus cargos, para delírio da plateia do evento.

Fonte: Folha de São Paulo

Petrobras posiciona-se como a 75ª empresa mais valiosa do mundo

O estudo refere-se ao ano de 2011. Apple manteve a liderança

Rio de Janeiro (RJ) - De acordo com estudo Brandz, da consultoria Milward Brown, divulgado ontem, revelou que a Petrobras figura entre as principas empresas do mundo. A estatal petrolífera foi a única brasileira a aparecer na lista, ocupando a 75ª posição, com valor de US$ 10,5 bilhões. A empresa despencou da 61ª posição do ranking do ano passado, quando foi a brasileira melhor colocada. Os bancos Itaú e Bradesco, que ficaram em 90º e 98º lugar em 2011, respectivamente, não aparecem no ranking deste ano.

O valor da marca Apple subiu 19% no ano passado, para US$ 183 bilhões, ou 37% de seu valor de mercado, de acordo com o BrandZ, estudo anual sobre as marcas mais conhecidas realizado pela companhia de pesquisas de mercado Millward Brown.

O Facebook, com valor de mercado de US$ 82 bilhões após a oferta pública inicial de ações na semana passada, teve a mais alta ascensão entre os 100 primeiros colocados, com salto de 74% no valor de marca, para US$ 33,2 bilhões, o que deixou a rede social em 19º lugar.

Sete das dez marcas mais conhecidas são de empresas associadas à tecnologia, embora McDonald's e Coca-Cola tenham se mantido respectivamente em quarto e sexto lugares.

O diretor-executivo da consultoria responsável pela pesquisa, Nick Cooper, disse que a força das marcas é um indicador do papel central e transformador que a tecnologia desempenha na vida contemporânea.

"(A tecnologia) é onipresente, e há muito entusiasmo e novidades. É nesse o ramo em que tudo acontece, o que tende não só a aumentar a demanda e melhorar o desempenho financeiro como a ampliar o papel da marca", afirmou Cooper.

A Millward Brown, parte do grupo publicitário mundial WPP, considera o valor financeiro da companhia ou da parte dele que responde pela marca e combina esse cálculo à capacidade da marca de gerar fidelidade.

Marcas de tecnologia corporativa também ocuparam posições importantes na lista, com a IBM trocando de posição com o Google e subindo ao segundo posto, enquanto a Microsoft manteve o quinto lugar.

Brasil

"Uma de cada cinco marcas do BrandZ de 2012 veio de países emergentes, mas o valor total dessas marcas caiu pela primeira vez, levemente, para US$ 330,8 bilhões, por causa do desaquecimento na China e no Brasil", afirmou o estudo.

Apesar disso, o levantamento cita que 70% dos brasileiros acreditam que a situação financeira do país está indo "bem" ou "razoavelmente bem" ante uma média global de 39%.

No ranking por setor, a Petrobras ocupa a quinta posição no segmento de petróleo e gás, que a ExxonMobil lidera com US$ 18,1 bilhões.

O setor em que mais aparecem companhias brasileiras é o de cervejas. A Skol aparece em quinto lugar, valendo US$ 4,7 bilhões, e a Brahma vem na oitava posição, com US$ 2,3 bilhões. As duas marcas são da Ambev.

A Natura representa o Brasil no segmento de cuidados pessoais, ocupando a 11ª posição e com valor de marca de US$ 3,3 bilhões.

Fonte: Reuters

Petrobras vai aumentar investimentos no pré-sal, diz diretor

Ainda segundo o executivo, a estatal tem potencial para produzir de 15 a 20 bilhões de barris/dia na Bacia de Santos

Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras pretende intensificar ainda mais os investimentos na área de Exploração e Produção da companhia, em especial na região do pré-sal da Bacia de Santos, onde o Campo de Lula (antigo Tupi) “está prestes” a alcançar uma produção diária de 100 mil barris de petróleo – maior produção individual por poço da estatal.

As informações foram dadas pelo diretor do Departamento Financeiro e de Relações com os Investidores da companhia, Almir Barbassa, durante o Rio Investors Day, evento que reúne, no Rio de Janeiro, empresas de capital aberto e investidores de todo o mundo.

Em sua palestra, Barbassa informou que a Petrobras deverá chegar ao final do ano com cerca de 20 sondas de prospecção na área do pré-sal. “O objetivo é intensificar ainda mais os investimentos no desenvolvimento e no crescimento da produção de petróleo no país”.

Segundo o diretor financeiro da Petrobras, a estatal vai centrar o foco nos setores de planejamento e execução da companhia. “Faremos acompanhamento diário dos projetos. No pós-sal, responsável por 80% da nossa produção, vamos investir no desenvolvimento de equipamentos que proporcionem a sustentação da produção no longo prazo”, disse o diretor.

Barbassa lembrou que a perspectiva da empresa, apenas na região do pré-sal, é chegar aos 15 a 20 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, já considerando os 5 bilhões de barris adquiridos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por meio da cessão onerosa .

“Estamos muito confiantes quanto à geração de valores a partir dessa aquisição”, disse. O diretor financeiro da Petrobras destacou que os sete blocos envolvidos na operação de cessão onerosa (forma proposta pela União para capitalizar a empresa) estão próximos às áreas das grandes descobertas da Bacia de Santos. “Não há outra empresa no mundo que tenha o mesmo conjunto de oportunidades que a Petrobras tem hoje”.

Sobre as oscilações das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), respondendo diretamente aos investidores, Barbassa disse que o retorno financeiro das ações da companhia para os investidores virá com a maturação dos projetos em desenvolvimento.

“No final do primeiro trimestre, tínhamos R$ 160 bilhões investidos nos projetos em curso. Estamos, portanto, em um período de grandes investimentos. Na medida em que eles [os projetos] se tornarem produtivos, haverá naturalmente retorno para os investidores”, ressaltou.

Com uma carteira de investimentos de US$ 224,4 bilhões, constante do Plano de Negócios 2011-2015, a Petrobras produz atualmente nos campos do país cerca de 2,4 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural) por dia. O Plano de Negócios para o período 2012-2016 está em fase de revisão pelo Conselho de Administração da Petrobras e deverá ser divulgado, segundo expectativa do mercado, entre junho e julho deste ano.

Fonte: Agência Brasil