terça-feira, outubro 20, 2009

Leitor digital com duas telas entra na briga contra o Kindle


Alex roda o sistema operacional Android e usa redes 3G e GSM.Aparelho, ainda sem preço, deve chegar aos EUA no final do ano.


A empresa americana Spring Design revelou nesta segunda-feira (19) um leitor digital com duas telas sensíveis ao toque que, além de permitir a leitura de livros e jornais, apresenta suporte a fotos, vídeos e a navegação na internet. O Alex, como o aparelho é chamado, roda o sistema operacional Android, do Google, o que, segundo a empresa, simplifica a utilização do leitor.

O preço e a data de lançamento do Alex não foram divulgados pela Spring Design, que apenas informou que o aparelho chega ao mercado americano no final do ano. Em nota, a companhia disse que está procurando parceiros para lançar o produto.

Um leitor digital é um aparelho eletrônico que armazena arquivos -- principalmente livros -- e está voltado à leitura. Esses livros digitalizados, que podem ser baixados da internet via computador ou diretamente para o leitor (e-reader), ganham o nome de e-books.

O Alex terá duas telas sensíveis ao toque: a superior tem 6 polegadas, apresenta a tecnologia de papel digital e, por isso, é preto-e-branco. Nela, é possível ler livros, jornais e navegar na internet. A tela inferior é onde está o diferencial do aparelho: ela é colorida, tem 3,5 polegadas e permite que as empresas como as editoras de livros, por exemplo, apresentem conteúdo extra ao usuário como imagens e notas relacionadas a um determinado assunto. Elas poderão ser visualizadas na tela inferior sem prejudicar a leitura que ocorre na tela superior.


Novo motor traz toque absurdo às buscas na internet



Um novo buscador surgiu na web recentemente. Trata-se do "Mystery Google", que brinda o usuário com resultados diferentes da busca que ele realiza: aparecem as respostas para a última busca realizada pelo usuário anterior.
Ao teclar "Halloween", fomos direcionados a uma notícia do The New York Times sobre... beisebol. Fazendo a mesma busca, mas clicando em "I'm feeling lucky", surgiu uma página do Yahoo, em inglês, com respostas para a pergunta "O que é o Mystery Google".
E essa pergunta é uma das poucas constantes no serviço: ao perguntarmos (em inglês), o site sempre mostra a resposta "É o site em que você está". Ao teclar "Google", ele responde: No, Mystery Google". E se você cumprimentá-lo, escrevendo "Hello" (alô), a resposta será "Hi" (oi).
Embora o site se pareça com o do Google - e esteja escrito que "Google é uma marca do Google", especula-se se o buscador é alguma brincadeira na onda do Dia das Bruxas (o Halloween, comemorado no dia 31 de outubro) do próprio Google, mas a empresa não se pronunciou a respeito.

Fonte: www.terra.com.br

NYT: "nuvem" é chance para Microsoft ir além do desktop


Ray Ozzie, arquiteto-chefe de software da Microsoft, se irrita quando lhe perguntam se as pessoas acham excitantes as novas versões dos principais softwares de sua companhia - como o Windows e o Office. "É tremendamente excitante", ele exclama defensivamente, se virando em sua mesa de escritório e sacudindo as mãos. "Você está de brincadeira?"

Normalmente quieto e cerebral, Ozzie ocupa um escritório espaçoso na matriz da Microsoft, que parece uma mistura de showroom da Ikea e museu de computadores. Suas prateleiras e mesas estão arrumadas e um dos primeiros computadores pessoais fabricados pela IBM fica centralizado como um artefato sobre uma longa estante atarracada.
Quem dera o mundo - ou pelo menos o mundo dos negócios - fosse tão imaculado e primorosamente organizado. Mas Ozzie e seus colegas da Microsoft reconhecem, claro, que muito pouco no universo da tecnologia permanece imutável. "Como é mesmo a fala daquele filme velho Noivo neurótico, Noiva Nervosa? Relacionamentos são como tubarões; ou eles avançam ou morrem", disse Steve Ballmer, chefe-executivo da Microsoft. "Bom, as companhias de tecnologia também ou avançam ou morrem. Elas se tornam menos relevantes."
E segundo Ozzie, entramos em uma era que é muito diferente daquela do PC guardado em seu altar como uma relíquia bege e quadrada. Os consumidores e trabalhadores foram agarrados, ele diz, por uma "revolução dos aparelhos descolados."
Mas essas engenhocas são apenas metade da batalha da Microsoft. É verdade, as garotas ficam obcecadas com um novo laptop que possa caber em suas bolsas e com qual será seu estilo. Os viajantes corporativos, enquanto isso, emanam orgulho quando sacam computadores ultrafinos com acabamentos exóticos de sua pasta. Contudo, os aparelhos mais desejados hoje em dia são aqueles que também permitem que os viciados em informação se desprendam do desktop e se comuniquem através da chamada "nuvem computacional" enquanto transitam por aí.
Com a chegada esta semana do Windows 7 e dos computadores modernos que o complementam, a Microsoft pretende dar um fim às propagandas da Apple que taxam como chatos os PCs e seus usuários. Ozzie, que tem um papel de visionário e estrategista na Microsoft, diz que o Windows 7 permitirá que os PCs acompanhem o ritmo de outros aparelhos de computação e, em resumo, finalmente os tornará atraentes.
Disputando um espaço da nuvem computacional, a Microsoft planeja lançar no próximo mês uma plataforma de software, o Windows Azure, que procura seduzir empresas com serviços online. Embora esteja chegando atrasada à computação em nuvem e seja uma participante sem brilho do mercado móvel, a Microsoft, diz Ozzie, tem uma chance de se reinventar e ir além do desktop.
"Isso nos dá a oportunidade de renovar nosso valor como uma vendedora de softwares", ele diz. "Acho simplesmente que estamos num momento excitante para a Microsoft." Por muitos anos, a Microsoft e seus líderes puderam fazer declarações arrebatadoras como essa com pouca resistência do público. A Microsoft incorporava a indústria da tecnologia e era uma grande árbitra das ferramentas que as pessoas usavam para conduzir negócios e navegar pela era digital.


Estudo dos EUA questiona privacidade de dados pessoais online


Você já parou para pensar o que sua seleção de filmes e seus registros médicos têm em comum? Pois dentro da discussão sobre a privacidade digital, eles podem apresentar questões semelhantes, como, por exemplo, o falso potencial senso de controle sobre quem pode visualizar seus históricos como usuário dos serviços.

Embora a Netflix, empresa americana que faz entrega de filmes a domicílo, e empresas médicas afirmem serem capazes de oferecer dados para estudos sem detalhes pessoais específicos como seu nome, número de telefone e endereço de e-mail, é possível que, em alguns casos, pesquisadores consigam identificá-los correlacionando informação anônima com rastros digitais que você deixou em blogs, salas de bate-papo ou em mídias sociais como o Twitter.
É claro, talvez você não ache isso um problema. Por outro lado, você talvez não queira completos estranhos inspecionando históricos de filmes e problemas médicos que possibilitem uma associação ao seu nome.
Participantes de uma competição da Netflix para melhorar seu software de recomendação, por exemplo, receberam como treinamento informações contendo as preferências de 480 mil consumidores que foram "desidentificados", conforme as regras da experiência. Mas como parte de um experimento sobre privacidade, dois cientistas da computação da Universidade do Texas, em Austin, decidiram checar se era possível reverter o anonimato daqueles fãs de filme.
A reidentificação, como concluíram, não é nenhuma ciência do outro mundo. (Deve-se observar que a maioria dos usuários da Netflix não foi afetada, porque a empresa forneceu aos participantes do concurso apenas uma amostra dos dados de seus usuários, representando apenas 5% de seus consumidores.)
Ao comparar as preferências de alguns clientes anônimos da Netflix com perfis pessoais no imdb.com, o internet movie database (banco de dados online sobre filmes), os pesquisadores relataram que algumas pessoas foram facilmente identificadas, pois postaram e-mails ou outra informação específica online.
Vitaly Shmatikov, professor-associado de ciência da computação da Universidade do Texas em Austin e coautor de um estudo sobre reversão de anonimato, afirma que os pesquisadores foram capazes de analisar as postagens públicas de usuários e associá-las a suas preferências no Netflix, inclusive como alguém avaliou filmes de temas controversos. Essas são escolhas que alguém pode o ou não querer tornar públicas, disse Shmatikov.

Defensores da privacidade afirmam que o estudo levanta questões sobre se as leis recentemente reforçadas que regulam a segurança de registros eletrônicos de saúde - com informações sobre diagnósticos e tratamentos inseridas por provedores de assistência médica - podem ser insuficientes para proteger a privacidade.


Mais de 40 milhões já foram vítimas de falsos antivírus, diz relatório

Levantamento de empresa de segurança na web calcula em milhões prejuízo com ‘scareware’.
A Symantec, especialista em segurança na internet, afirmou em um relatório que criminosos já arrecadaram milhões ao convencer internautas a baixarem programas de antivírus falsos. De acordo com o levantamento, que analisou dados coletados entre julho de 2008 e junho de 2009, 43 milhões de pessoas já foram enganadas por esses softwares, que vêm sendo chamados de “scareware”. Geralmente o programa que é baixado prejudica o computador, e os criminosos podem usar o software para conseguir os detalhes do cartão de crédito da vítima. A Symantec identificou 250 versões destes programas, que renderiam a cada um dos criminosos mais de R$ 2 milhões por ano, segundo a empresa.
Impacto duplo
Os responsáveis pelas vendas destes falsos antivírus usam propagandas em pop-up que parecem verdadeiras. Estas propagandas usam, por exemplo, letras com a mesma fonte que a Microsoft ou outras companhias de software. Estas propagandas aparecem com frequência quando o internauta muda de página e lançam alertas falsos, avisando que a segurança do computador foi comprometida. Se o usuário clica na mensagem é direcionado a outro site, onde poderá baixar o antivírus falso, pagando uma taxa de 60 libras (cerca de R$ 172). Con Mallon, da Symantec, disse à BBC que este crime tem um impacto duplo para as vítimas. “Obviamente, você está perdendo seu dinheiro logo de cara, mas na outra ponta disto, se você está negociando com estes caras on-line, você está oferecendo a eles detalhes do cartão de crédito, de débito e outras informações pessoais.” “Isto é muito valioso, pois estes cibercriminosos podem tentar tirar proveito disso ou então passar as informações, vender para outros”, afirmou.
Resgate
Mallon acrescentou que alguns casos chegam ao extremo e computadores são travados até que a vítima pague um resgate. “Eles (os criminosos) mantêm o computador como refém, travam o computador ou trancam algumas de suas informações pessoais, fotos ou alguns de seus documentos em Word”, afirmou. “Neste ponto, eles vão extorquir seu dinheiro. Vão pedir para que você pague mais para então libertar seu computador.” A fraude é muito difícil de ser detectada pela polícia ou investigada por outras agências, pois as quantias pagas individualmente são muito pequenas. Por isso, os especialistas aconselham os internautas a usar o bom senso e procurar uma companhia de software legítima. “Eles querem que você os ajude a infectar seu computador. Quando eles infectam seu computador, provavelmente sua máquina não é mais sua, você não tem mais controle”, disse à BBC Tony Neate, da empresa de segurança on-line Get Safe Online. Neate acrescentou que os criminosos on-line costumavam ser adolescentes de 16 anos, “em seus quartos, causando danos com vírus”. “Agora, aqueles adolescentes cresceram e eles querem dinheiro, querem informação”, afirmou.

Da onde vem a água na Lua?


Agência Espacial Européia descobre origem da água na Lua e, de quebra, encontra nova maneira de fazer imagens da superfície do astro.
Usando instrumento a bordo da nave Chandrayaan-1, da agência Espacial Indiana, os cientistas concluíram como provavelmente a água está sendo criada no satélite natural da Terra.

A Lua é como uma grande esponja que absorve partículas eletricamente carregadas liberadas pelo Sol. Esses prótons interagem com o oxigênio presente em alguns grãos de poeira da superfície lunar produzindo hidroxila e água.
Junto com a descoberta, os cientistas se depararam com outro mistério, afinal, nem todo próton é absorvido: um em cada cinco é rebatido de volta ao espaço. Nesse processo, o próton se junta a um elétron e se torna um átomo de hidrogênio.
Apesar de não saberem ainda o porquê desse acontecimento, cientistas já imaginam como ele pode ser aproveitado. Na Lua, o hidrogênio é rebatido com uma velocidade de 200 km/s e escapa sem ser desviado pela gravidade. O hidrogênio também e eletricamente neutro, e não é desviado pelos campos magnético do espaço, fazendo com que os átomos voem em linha reta – como os fótons fazem na luz.
Isso abre um novo caminho para imagens serem feitas já que, a princípio, cada átomo pode ter sua origem traçada. As áreas que emitissem mais hidrogênio apareceriam como as mais brilhantes.