quinta-feira, abril 18, 2013

Technip assina contrato com a Petrobras para construção de FPSO

O Centro de Operações da Technip no Rio de Janeiro será responsável pelo gerenciamento do projeto, engenharia e suprimentos

Rio de Janeiro (RJ) - A Technip, assinou com a PNBV, subsidiária da Petrobras, um contrato para a construção do topside (módulos de planta e produção de processamento de óleo e gás) da P-76, uma plataforma do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás). O contrato envolve ainda integração, comissionamento e assistência ao início das operações da unidade. A P-76 produzirá 180.000 barris de petróleo e 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia na Bacia de Santos, região do pré-sal do Rio de Janeiro.

O Centro de Operações da Technip no Rio de Janeiro será responsável pelo gerenciamento do projeto, engenharia e suprimentos. A fabricação dos módulos, a integração e o comissionamento acontecerão no estaleiro da Techint, no Sul do Brasil. A previsão é de que o projeto seja concluído no segundo semestre de 2017.

“Estamos muito satisfeitos com a oportunidade de continuar trabalhando com a Petrobras. Este contrato reforça nossa presença no crescente mercado do pré-sal brasileiro, onde nossa posição de liderança nos permite atender a seus elevados padrões e exigências. Esperamos que esta parceria com a Techint seja a chave para o sucesso da P-76. Além disso, este projeto contribuirá com a economia local, pois exige cerca de 70% de conteúdo nacional”, declarou José Jorge Araújo, vice-presidente América Latina Onshore/Offshore Brasil.

Da Redação

OGX busca vender bloco para Petronas por US$ 1 bi em maio

Segundo fontes, o bilionário brasileiro Eike Batista está tentando vender 40 por cento do bloco de petróleo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.

São Paulo – O bilionário brasileiro Eike Batista está tentando vender 40 por cento do bloco de petróleo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, por US$ 1 bilhão já no mês que vem, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

A OGX Petróleo e Gás Participações SA, produtora de petróleo de Eike, está em conversas avançadas com a Petroliam Nasional Bhd., empresa do governo da Malásia produtora de petróleo e de gás natural, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada, pois as conversas são privadas.

Eike, 56, está vendendo ativos e mudando times de gestores de suas companhias interligadas em meio às preocupações do mercado de que os negócios do bilionário estão perdendo acesso a financiamento.

As ações de suas empresas negociadas em bolsa perderam cerca de 90 por cento nos últimos 12 meses depois que a OGX cortou as metas de produção, reduzindo em mais de US$ 27 bilhões a fortuna pessoal do bilionário desde março de 2012.

A OGX não comenta especulações de mercado, disse a assessoria de imprensa da empresa, sediada no Rio de Janeiro, acrescentando que a companhia sempre está procurando novas oportunidades de negócios incluindo a venda de ativos em campos de petróleo.

Azman Ibrahim, um porta-voz da Petronas baseado em Kuala Lumpur, não quis comentar, dizendo que a empresa não comenta rumores de mercado.

Fonte: Cristiane Lucchesi e Juan Pablo Spinetto, da Bloomberg

Primeiro leilão do pré-sal pode elevar reservas em quase 70%

RIO DE JANEIRO – A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) já selecionou as áreas potenciais para o primeiro leilão do pré-sal, previsto para dezembro deste ano, que podem adicionar 10 bilhões de barris de petróleo às atuais reservas do Brasil, de 14,5 bilhões de barris. Ou seja, adicionar quase 70% à reserva atual.

Somente um dos campos, Libra, que possui reservas recuperáveis entre 4 e 5 bilhões de petróleo, representa um terço das reservas brasileiras, informou hoje a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

A agência já tem submetido ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) um leque de áreas que somam um potencial de reservas “in situ” de 40 bilhões de barris de petróleo, ou seja, que possuem petróleo dentro do reservatório.

Segundo Magda, o potencial dessas reservas é conter 10 bilhões de barris de petróleo recuperáveis. Ela observou, no entanto, que acha um exagero colocar todas essas reservas de uma vez em leilão, mas explicou que a palavra final será do CNPE.

“Não lembro de país nenhum que tenha realizado uma oferta dessas”, afirmou. “Eu particularmente acho muita coisa, estou recomendando essas áreas mas não acho que devam ser todas, é tudo o que o Brasil conseguiu nos últimos 50 anos”, disse.

Em 60 anos de atividade, a Petrobras foi praticamente responsável sozinha por todas as reservas provadas conhecidas no Brasil, já que exerceu o monopólio do setor até 1997.

Entre os campos que serão licitados no 1º leilão do pré-sal provavelmente estará o de Libra, descoberto pela ANP, e que tem reservas de 18 bilhões de barris de óleo equivalente “in situ”, o que teria um potencial entre 4 e 5 bilhões de barris de reservas recuperáveis, de acordo com a executiva.

As regras para o leilão serão conhecidas pelo mercado entre maio e junho, disse Magda.

Leilão bianual

Magda informou também que os leilões de áreas do pré-sal devem ser bianuais devido ao grande volume que deve ser ofertado neste ano.

HRT

Magda discordou da decisão da Comissão Especial de Licitação de habilitar a HRT como operadora classe A para o leilão de áreas de petróleo que será realizado em maio. A operadora classe A pode concorrer por todos os blocos ofertados, inclusive em áreas profundas no mar. A Comissão Especial de Licitação é formada por membros da ANP e de universidades.

Segundo Magda, a experiência de exploração no mar da HRT é insuficiente. A empresa produz gás em terra no Brasil, mas perfurou o seu primeiro poço em águas profundas na Namíbia apenas no mês passado.

“Estou questionando a minha área de segurança operacional para saber se perfurar meio poço é ou não considerado experiência. Eu tenho que me resguardar”, disse a executiva após almoço com empresários no Rio. Segundo Magda, o poço da HRT na Namíbia ainda não estaria finalizado.

Após ser qualificada, a HRT comemorou o fato e divulgou nota ao mercado, afirmando que a habilitação é um reconhecimento à sua “expertise, conhecimento e experiência comprovada”.

Fonte: Folha Press