quarta-feira, setembro 29, 2010

Finlândia está de olho no petróleo do Brasil


Nos quase 338 mil km² de terras geladas da Finlândia, não existe petróleo. Em compensação, o país dispõe de uma bem desenvolvida indústria de equipamentos para os setores naval e petrolífero. Unir a matéria-prima promissora das camadas do pré-sal brasileiro com o avançado conhecimento da tecnologia para a exploração destes recursos seria o casamento perfeito. Pelo menos é assim que pensam os representantes tanto do governo, quanto do setor privado finlandeses.
- Temos interesse em estabelecer relações comerciais com o Brasil, principalmente no setor de petróleo e gás - afirmou de forma categórica Paavo Väyrynen, ministro do Comércio Exterior e Desenvolvimento.
Väyrynen esteve no Brasil e conversou não só com ministros, mas com o próprio presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a quem se referiu como um verdadeiro homem de negócios.
Apesar de todo o interesse, tanto o governo finlandês quanto as empresas estão cientes das regras impostas pelo governo brasileiro, com a exigência de que 65% de equipamentos e tecnologia sejam fornecidos por empresas nacionais para exploração nas áreas do pré-sal. Mas nem essa exigência parece intimidar os finlandeses.
Caso da ABB, fabricante de motores e equipamentos para navios e embarcações, inclusive para plataformas de petróleo. A companhia finlandesa ainda não tem contratos com nenhuma empresa no Brasil, mas o plano é começar no início do ano que vem Caso o plano se concretize, cerca de 200 empregos podem ser criados para fabricar cerca de 20 propulsores por ano, equipamentos fundamentais para perfurações em grande profundidade.
Mas nem só de planos vivem os empresários finlandeses. Algumas empresas já estabeleceram parcerias, caso da Lamor, companhia do setor de segurança ambiental que, junto com o grupo brasileiro Alpina, já iniciou a entrada no Brasil.
O negócio da Lamor - empresa familiar, de capital fechado, estabelecida na cidade de Porvoo, próxima ao porto de Sköldvik, o maior da Finlândia - é fornecer barreiras de contenção e skimmers, usados em caso de vazamento de óleo no mar.
Após o maior vazamento de petróleo da história, em abril deste ano no Golfo do México, aumentaram as preocupações com a segurança ambiental no caso de exploração de petróleo em águas profundas. O fornecimento de material para a British Petroleum (BP), cliente da Lamor, deve fazer o faturamento da finlandesa aumentar em 60%, para cerca de 80 milhões de euros. Agora a companhia quer sensibilizar o Brasil para a importância de estabelecer um contrato preventivo para o caso de acidentes.
- Gostaria de poder conversar diretamente com o funcionário da Petrobras que teria o pescoço em risco, caso houvesse um vazamento - comentou em tom descontraído Jari Ahoranta, diretor global de vendas da Lamor.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Em 2019, Brasil produzirá 5 milhões de barris de petróleo/dia


São Paulo - Até pouco tempo atrás, o pré-sal era uma interrogação. Hoje, trata-se de uma realidade. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que participou nesta segunda (20) do EXAME Fórum Energia, em São Paulo. Segundo o ministro, em 10 anos, o país estará produzindo cerca de 5 milhões de barris de petróleo diariamente.

"O Brasil vive um momento impar na sua história", afirmou. "Na década de 70, importávamos 80% do petróleo que consumíamos. Nos últimos dois anos atingimos a auto-suficiência. E nos próximos dez anos, mais do que duplicaremos a produção nacional de petróleo".
De acordo com o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, em 2019 o país exportará o equivalente ao volume do óleo que produz hoje, de cerca de dois milhões de barris.
Segundo Zimmermann, o crescimento industrial do pré-sal será um indutor da expansão econômica brasileira, ao lado do incremento da produção de energia por hidroelétricas e outras fontes renováveis. O ministro lembrou da importância de grandes projetos na área implementados a partir de 2006, como o das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira, e do desafio de garantir o desenvolvimento do setor pelos próximos dez anos.
O consumo per capita nacional - hoje de 2.300 kw/h, três vezes menor que o europeu - deve aumentar, segundo o ministro, à medida que a classe média brasileira se fortalece. "Para atender a demanda e grantir o crescimento, teremos que incrementar a produção energética em 70 mil MW até 2019", afirmou, acrescentando que as fontes alternativas ajudarão o país a alcançar essa meta. Zimmermann se disse surpreso com o resultado do último leilão de energia alternativa realizado no mês passado e que teve o maior número de projetos habilitados do setor.
"A participação expressiva da energia eólica e sua competitividade foi impressionante", disse. "Torcemos agora pela geração energética a partir da biomassa. Há uma perspectiva positiva para o crescimento desse tipo de fonte a preços competitivos". Segundo o ministro, o Brasil tem a vantagem de ter diversas fontes disponíveis e complementares. "Quem quiser investir aqui, sabe que pode contar com uma infraestrutura energética modelo".

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/

Draga Seaway chega ao Mucuripe


Passados quase seis anos da data da última dragagem do Porto do Mucuripe, o fundo da bacia de evolução do terminal voltará a ser, finalmente, escavado. Ontem, atracou no cais de Fortaleza, o navio draga Seaway que, em conjunto com outra draga, a Marsey - M, irá aprofundar de 11,5 metros para 14 metros o calado do porto.
A operação deverá levar cinco meses para ser concluída e projeta retirar seis milhões de metros cúbicos de terra e lama e ampliar em 30%, a capacidade operacional do terminal portuário. "A dragagem será iniciada na próxima segunda-feira", anunciou ontem à tarde, o presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Holanda.
Segundo ele, a ordem de serviço para o início das obras pela empresa Bandeirantes já foi assinada, estando faltando apenas a liberação por parte da Capitania dos Portos do Ceará. "Até sexta-feira (próxima) a Capitania virá fazer a vistoria da draga e da documentação, para que a dragagem seja iniciada", sinalizou Holanda, enquanto aguarda a expedição do documento "Aviso aos Navegantes".
Como o próprio titulo diz, trata-se de um comunicado às empresas de navegação de que o Porto do Mucuripe estará sendo dragado, pelos próximos cinco meses. Holanda ressalta, no entanto, que as operações de carga e descarga continuarão a ocorrer normalmente.
Ele garantiu ainda, que as obras de derrocagem - retirada de pedras - do berço 103 serão concluídas esta semana. As duas obras irão custar cerca de R$ 63 milhões, recursos da Secretaria Especial de Portos.
Novas linhas
Com o início da dragagem, antecipa Holanda, contatos e propostas de negócios já estariam sendo feitos com armadores e empresas de transporte e logística marítimas, no sentido de atrair duas novas linhas de cargas para o Porto do Mucuripe. "Será uma linha de cabotagem e uma de longo curso", resume, lembrando que as novas operações só devem começar no segundo trimestre de 2011.
De acordo com ele, a perspectiva é que o aprofundamento da bacia de evolução do porto aumente em 30%, a movimentação no terminal. Entre os segmentos de cargas que serão mais beneficiados estão o de contêineres e o de granéis sólidos, tais como soja, sal, fertilizantes e trigo.
"Além de petroleiros, vão poder atracar transatlânticos maiores, já que os novos navios (de passageiros) tem calado entre 12,5 e 12,8 metros", diz. A última dragagem foi feita em 2004, quando o porto foi aprofundado de 10 para 11,5 metros.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/