sábado, novembro 12, 2011

Fusões e aquisições em petróleo e gás dobram no 3º tri


O setor de Petróleo e Gás no Brasil realizou 11 fusões e aquisições (F&A) no terceiro trimestre deste ano, forte recuperação na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram feitas apenas cinco. A maior parte das transações no período foi realizada por brasileiras adquirindo, de estrangeiros, empresa estrangeira estabelecida no exterior. Os dados são de estudo realizado pela KPMG. Desde 1994, o setor acumula 244 negociações.

Segundo nota à imprensa, o estudo também mostrou que foram realizadas na área de Petróleo e Gás três transações domésticas; duas operações de empresa estrangeira adquirindo, de brasileiros, outra brasileira estabelecida no país; e duas de empresa brasileira adquirindo, de estrangeiros, outra empresa de capital estrangeiro, também estabelecida no Brasil.


De acordo com Paulo Guillherme Coimbra, sócio da KPMG no Brasil, as negociações de F&A na área de Petróleo e Gás foram uma forma encontrada pelas empresas entrantes no mercado de se manterem firmes neste segmento. "Elas são consideradas uma parceira estratégica para a consolidação do setor, que está bastante aquecido. O que comprova a euforia dos investidores na área, ainda motivados pela expectativa de crescimento das reservas brasileiras do pré-sal e os investimentos associados à exploração dessas reservas, envolvendo principalmente a cadeia de fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços da indústria. A expectativa é de aquecimento e consolidação contínua", explicou, em nota.


Segundo ele, a interpretação é de que o principal interesse de aquisições pelas empresas brasileiras e pelas estrangeiras está no mercado local. "Esse movimento tem impulsionado a aquisição das empresas brasileiras por ambos e, de certa forma, desestimulado os estrangeiros a se desfazerem de seus negócios no Brasil", acrescenta o executivo.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/

Renave planeja investir em 5 anos US$ 10 milhões em unidades


O estaleiro Renave, que opera em duas ilhas, Santa Cruz e Viana, estima investir, ao longo dos próximos cinco anos, cerca de US$ 10 milhões. Os recursos serão utilizados em modernização e compra de equipamentos uma vez que o estaleiro pretende voltar a construir embarcações do tipo supply vessel. Além disso, o estaleiro já fechou com a empresa De Lima a construção de três embarcações do tipo bunker, de 2.500 toneladas, que irão operar para a Petrobras. A De Lima ainda tem a encomendas de mais duas embarcações de 18 mil toneladas, que também poderão ser construídas pelo estaleiro. Todas essas embarcações irão operar para a Petrobras, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL seu diretor, José Rebelo III, diretor, durante a Niterói Naval Offshore (NNO), para quem o foco atual do estaleiro continua sendo o reparo naval. Os contratos entre a Renave e a De Lima giram em torno de R$ 60 milhões.

Rebelo fez questão de ressaltar que a NNO é um palco perfeito para divulgar o complexo Renave, ou seja, que são todas as atividades desempenhadas nas ilhas de propriedade do estaleiro. “Temos empresas estabelecidas na Ilha, como a De Lima, que é uma empresa da família e da qual eu também sou diretor, e que trabalha com a Petrobras. Tem encomendas de cinco embarcações em carteira que vão operar para estatal no programa Empresa Brasileira de Navegação. A De Lima está estabelecida na Ilha de Viana”, disse, acrescentando que a ETP também faz parte do complexo Renave, onde está construindo embarcações do tipo suplly vessel para diversos clientes. Também temos a empresa Carbogas, que se estabeleceu recentemente na ilha para fazer o armazenamento de bobinas. Também temos a Carboflex, que irá fazer uma planta de fluídos e que também vai operar para a Petrobras. “Estes são os negócios que estão girando nas Ilhas”.

O diretor da Renave fez questão de frisar que o foco do estaleiro no evento é divulgar as opções de negócios para que todos possam ver o potencial do complexo Renave que, segundo ele, é “muito bem localizado o Estado do Rio, no berço da indústria naval brasileira”. E, no que diz respeito a reparo, disse que o estaleiro faz para diversos clientes, incluindo a Petrobras. No entanto, no que se refere ao faturamento, explicou que a atividade da Renave é o estaleiro, mas, se for à atividade do complexo, é preciso colocar as receitas advindas de negócios de arrendamento de área de movimentação de carga para as empresas que estão estabelecidas nas ilhas. Só o reparo, diz, responde por cerca de 90% do faturamento.

“Como já disse, temos a intenção de voltar a construir, mas passa por uma revisão de nossa infra-estrutura para construção de embarcações competitivas com o mercado externo. É preciso pensar no lay out de construção, compra de equipamentos, entre outros. Estamos fazendo investimentos graduais para que a empresa. Com os navios da De Lima, conseqüentemente estaremos capacitados para outros clientes. Temos que dar o primeiro passo”, salientou, informando que a parceira com a De Lima é perfeita, uma vez que ela (De Lima) busca os contratos e a Renave constrói as embarcações.


Fonte: Monitor MercantilMarcelo Bernardes