segunda-feira, maio 09, 2011

Indústria ganha força em Mossoró


A cidade que expulsou Lampião assiste a chegada de um novo bando. Desta vez, de investidores. Nos últimos seis anos, 25 novas empresas se instalaram em Mossoró. Outras dez estão se instalando e o número poderá se tornar ainda maior. O município vem sendo olhado com interesse por grupos como o M. Dias Branco, que pretende construir três fábricas de cimento no Nordeste e não descarta que também “pensa” na segunda maior cidade potiguar.

O fortalecimento da indústria mossoroense, segundo Nilson Brasil, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, é resultado de uma combinação entre localização geográfica e políticas de incentivo aos investidores. A fórmula surtiu efeito. Em 2008, o PIB industrial de Mossoró foi o maior do Rio Grande do Norte, superando inclusive o de Natal. Dados do IBGE mostram que o PIB industrial de Mossoró subiu 490% em nove anos, passando de R$201 milhões, em 1999, para R$ 1,18 bilhão, em 2008, enquanto o de Natal, cresceu 87,8%, levando em consideração o mesmo período.

O feito pode ser comparado a derrota do maior cangaceiro do País, registrada em vários folhetos de cordel, ou à batalha entre Davi, o jovem atirador, e Golias, o gigante impiedoso, descrita no antigo testamento. Não foi fácil derrotar o perfil, tipicamente primário, e se seguir rumo a industrialização. Com o tempo, e um pouco de sorte, o município descobriu que podia mais e deixou de ser apenas exportador de frutas.

De acordo com o economista Aldemir Freire, chefe do IBGE/RN, não é possível dizer se o PIB industrial de Mossoró continuará subindo mais do que o de Natal. “É difícil fazer esta previsão. A minha expectativa pessoal é que o PIB industrial de Mossoró continue crescendo nos próximos anos. O único setor que pode registrar alguma retração seria a produção de petróleo. Caso esse setor apresente uma retração mais acentuada em função do esgotamento dos poços, o crescimento da economia local pode sofrer algum abalo”, prevê. Ele relembra que a indústria de Mossoró tem como carros-chefe a produção de petróleo e gás, a produção de cimento, a moagem e refino de sal, a indústria cerâmica, a construção civil e o setor de alimentos.

O município produz frutas tropicais, sal marinho, petróleo, gás, cimento. “Somos o maior produtor de sal marinho do País (detemos 95% da produção nacional), maior produtor de frutas tropicais e o maior produtor de petróleo, em terra, do Brasil”, orgulha-se o secretário, cujo município é destaque na indústria salineira, fruticultura irrigada, exploração de petróleo e gás e na extração mineral. Para os próximos anos, os gestores esperam um crescimento acima da média “como vem acontecendo ultimamente, sobretudo na construção civil”, afirma Nilson.

Para João Rodrigues Neto, professor do Departamento de Economia da UFRN, o crescimento industrial do município deve-se, em parte, ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (Proadi), responsável pela captação de investimentos privados para acelerar o processo de industrialização da região. “O resultado do Proadi indica que 31 indústrias se instalaram na região entre 2003 a 2009. Vale ressaltar que o Proadi é responsável por 63% dos empregos na indústria, conforme dados do governo estadual”, afirma.

Segundo ele, a indústria ceramista, com a instalação de empresas como a catarinense Porcelanatti e a Indústria de Cerâmica e de Louça Sanitária e a Química Industrial ITAMIL, e a produção petrolífera, com o leilão de blocos, que será realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no segundo semestre de 2011 são promissoras.

Apesar das perspectivas, Aldemir Freire, chefe do IBGE, alerta que Mossoró não é uma ilha. “Seu desempenho depende do desempenho da economia brasileira”. Estabilidade monetária, queda dos juros, aumento do crédito, expansão da renda e do emprego e redução da pobreza são condições macroeconômicas capazes de alavancar o desenvolvimento do município.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/

ANP fará estudo 3D de área com alto potencial no pré-sal



Ainda na espera da votação do projeto que estabelece os royalties para as áreas do pré-sal sob o novo modelo de partilha para realizar o primeiro leilão, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) já definiu um novo alvo de estudos para programar futuras licitações na área mais nobre da costa petroleira.


A agência lançou licitação para adquirir estudos sísmicos 3D para uma nova área cerca de 100 quilômetros ao norte do Polo de Tupi (hoje Campo de Lula), onde foram feitas as principais descobertas do pré-sal que devem, no mínimo dobrar as reservas brasileiras atuais.

A área, denominada Alto de Cabo Frio, por estar localizada bem em frente ao município fluminense, segundo a diretora da ANP, Magda Chambriard, apontou elevado potencial de reservas de petróleo no pré-sal numa primeira sísmica 2D. "Não dá ainda para se falar em volumes porque qualquer coisa que se fale antes da realização de uma sísmica 3D é pura especulação."

Para a diretora, no entanto, a nova área que pode vir a se confirmada com elevado potencial só seria ofertada ao mercado após um primeiro leilão onde será disponibilizada a de Libra, com estimativas entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris de acordo com a própria ANP. Libra foi perfurada pela reguladora visando a definir quais áreas seriam repassadas pela União para a Petrobras por meio da cessão onerosa que compôs a capitalização da estatal.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/

Wall Street recua diante de queda do petróleo e balanços de empresas


SÃO PAULO - Resultados do primeiro trimestre reportados por empresas nesta terça-feira ficaram abaixo do esperado pelo mercado, ao contrário do que ocorreu nas duas últimas semanas, e dois dos principais índices das bolsas americanas fecharam em queda. Apenas o Dow Jones registrou estabilidade. As quedas nos preços de commodities também prejudicaram Wall Street.

O índice Dow Jones fechou sem variação, aos 12.808 pontos . O Nasdaq caiu 0,78%, para 2.842 pontos; e o SP 500 perdeu 0,34%, para fechar em 1.357 pontos.

No segundo dia consecutivo de recuo nos preços internacionais do petróleo, acompanhado de queda do principal contrato de prata ao menor nível desde dezembro de 2008, os papéis das empresas de commodities perderam valor. As ações da Chevron, da ConocoPhillips e da Exxon Mobil caíram de 2% a 4%.

No cenário corporativo também se destacou a Pfizer, com queda de quase 3% depois que a empresa reduziu suas previsões de lucro para o ano. A fabricante de produtos de limpeza Clorox, a cervejaria Molson Coors e a construtora Beazer Homes também decepcionaram na divulgação de balanços e tiveram recuos em suas ações.

Pesou para a queda do Nasdaq o recuo nas ações da Sears Holding. A empresa reportou queda nas vendas de mesmas lojas de quase 4%. Os papéis da companhia recuaram cerca de 10%.

(Luciana Seabra Valor, com agências internacionais)

Fonte: http://oglobo.globo.com/