quarta-feira, janeiro 19, 2011

Curso de nível técnico garante 70% de contratação ao disputar vaga


Saiba quais são as áreas que mais oferecem emprego no país antes de escolher sua carreira. Salários para estudantes chegam a 1.800 reais.

Quer arranjar emprego? Um levantamento de uma empresa de cursos revela onde procurar:

Nas indústrias de petróleo e gás, atenção ao Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nas companhias de açúcar e álcool, o interior de São Paulo e no Centro-Oeste. Outros três setores prometem: construção civil, turismo e telemarketing.

Mas é bom se preparar para a concorrência. Frequentar uma sala de aula, sentar em bancos para um curso profissionalizante no mercado de trabalho leva tempo sim, exige paciência, mas ajuda a rechear o currículo.

“Se você não tem diploma, nem experiência que te identifica profissionalmente, fica muito difícil. O desemprego entre os jovens é duas vezes maior do que com as pessoas maiores de 30 anos”, explica Almério Melquíades de Araújo, coordenador do Ensino Médio e Técnico do Centro Paula Souza.

O salário de quem tem uma educação profissional é 13% maior do que o rendimento de uma pessoa que não teve a mesma preparação. A indústria chega a pagar 1.800 reais por mês a um técnico de nível médio.

Cada curso tem uma carga horária própria. O de administração leva um ano e meio em uma escola técnica de São Paulo. O de telemarketing, quatro meses em um cursinho.

No Brasil, 70% dos alunos de curso técnico conseguem emprego na área. Principalmente nos estados do Sul e Centro-Oeste, como em Mato Grosso do Sul.

Os cursos técnicos mais procurados em Campo Grande são do setor da agropecuária. Técnicos em florestas, meio-ambiente, açúcar e álcool. Os profissionais que saem da sala de aula com esta formação recebem salários que variam de 900 as 1300 reais por mês.

Cursos que juntam a teoria e a prática costumam atrair mais alunos. É assim na Bahia, segundo o Senai, os cursos técnicos mais procurados, por causa da carência de profissionais preparados são edificações, manutenção industrial, segurança do trabalho e mecatrônica. Os cursos duram cerca de dois anos e depois a vaga no mercado está garantida. O salário inicial é de mil reais em média, podendo chegar a 2.400 reais.

O MEC fez uma lista dos cursos e áreas que prometem emprego no futuro:

- técnico em biocombustíveis
- radiologia
- cozinha
- edificações
- multimídia
- telecomunicações
- agroecologia

Thayane ainda aposta no clássico: o curso de administração: “Para me qualificar para o mercado de trabalho, meu primeiro emprego”, diz. Ela ainda está sem emprego, mas já foi chamada para várias entrevistas. Só vai aceitar propostas com uma condição: continuar estudando. “Qualquer coisa mudo o horário do curso, mas não vou deixar o curso. É importantíssimo”, diz a estudante.


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Logo após o jornal, Camilo Carvalho, diretor de marketing da escola Prepara, participou de um bate-papo com os internautas para falar um pouco mais sobre o assunto. Confira abaixo os melhores momentos dessa conversa:

Áreas em alta
Duas áreas fazendo grande frente são do setor industrial de petróleo e gás e de açúcar e álcool. Possuem grande demanda e vemos escassez de mão de obra qualificada. De um lado os empresários reclamam da falta de mão de obra, do outro são as pessoas mal instruídas que reclamam da falta de emprego. É preciso ter iniciativa para buscar uma boa qualificação profissional.

Estágio
Ensino profissionalizante é a principal porta para entrada no mercado de trabalho. É preciso ter uma boa qualificação para conseguir um bom estágio. O curso é uma oportunidade a mais para ser encaminhado a uma vaga. Os alunos de melhores desempenho são as que acabam sendo encaminhados.

Petróleo e gás
Essa área gera muito emprego de qualidade, com salários que proporcionam segurança e com propostas de carreira na empresa. Os salários iniciais giram em torno de 1.400 reais.

Curso online
É preciso ver o histórico da escola em que você pretende cursar. O importante é o relacionamento, no curso presencial conseguimos observar o aluno e com isso encaminhá-lo para o mercado de trabalho. Isso não acontece no curso online.

Informática e inglês
Quem ainda não está em idade para fazer um curso técnico, aproveite para criar o seu alicerce profissional. É muito importante dominar as principais ferramentas de informática para qualquer curso que vá fazer. Muitos empregos serão gerados para quem tem um segundo idioma, principalmente pelos eventos relacionados a Copa e Olimpíadas.

Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/

Pré-sal - sonhar, mas pôr as barbas de molho


Ano Novo, novo presidente, novo Congresso e é uma contramão afetiva violenta fazer prognósticos sobre a conjuntura econômica mundial, bem como explicitar dúvidas essenciais em relação à provável política econômica brasileira.

Carlos Lessa

Quero sonhar com a potencialidade da civilização brasileira, que tem como ponto de partida um povão admirável, sem arrogância, aberto a novidades e extremamente criativo e cordial.

Creio que a mão de Deus nos deu a Amazônia verde, cujo potencial desconhecemos, mas que nos permite sonhar com importantes descobertas. A verdade é que a mão de Deus também nos deu o pré-sal (uma suspeita antiga da geologia brasileira) e uma capacidade tecnológica nacional que dominou a técnica de prospecção em águas profundas e abaixo de uma capa de muitos quilômetros de sal. As perfurações já feitas dobraram as reservas de petróleo brasileiro. É plausível encontrar muito mais petróleo pois a formação geológica submarina se estende do Espírito Santo até Santa Catarina (inclusive). Grosseiramente, é um retângulo com 800 quilômetros de extensão, 200 quilômetros de largura, afastado da costa brasileira. Não sei em que estágio se encontra, mas posso afirmar estar em curso um ambicioso projeto tecnológico para superar as plataformas de operação e instalar um sistema robotizado e interligado, que racionalizará e reduzirá custos de extração.

É um erro estratégico o país se converter em exportador de óleo cru; é escancarar as portas para as potências.

Há quem diga que o pré-sal, tranquilamente, ampliará as reservas brasileiras entre 40 a 70 bilhões de barris de óleo de ótima qualidade. Alguém mais exagerado fala de 100 bilhões ou mais, o que converteria o Brasil em terceira maior reserva petrolífera do mundo.

Esta é uma situação potencialmente admirável, pois será possível multiplicar a energia à disposição dos brasileiros; hoje, o brasileiro utiliza por ano menos que o cidadão do mundo. Como temos uma enorme potencialidade hidrelétrica, devemos afastar o cálice de termeletricidade movida a derivados de petróleo. Aliás, existem três perigos em uma grande riqueza energética:

a) Adição em consumo de petróleo (vício americano). No Brasil, temos adição a diesel pela utilização excessiva do transporte rodoviário. Em 2010, a produção de veículos a motor cresceu 11% e a circulação urbana e metropolitana caminha para o colapso. Não tenho dúvida de que haverá tendência a subsidiar o comprador de veículo, já altamente endividado, principalmente se for política ampliar a produção automobilística;

b) Valorização da moeda nacional (o real), tornando vantajosa toda e qualquer importação. Os europeus denominaram essa "doença" de holandesa, pois aquele país transferiu suas unidades industriais para o exterior e desmantelou sua produção agropecuária. Quando acabou seu gás do Mar do Norte, viveu uma crise devastadora.

c) O país, objeto de desejo pelas potências, está no quintal da maior de todas, bebedora frenética de petróleo. Dadas as tendências mundiais de evolução do consumo de petróleo e tamanho das reservas, já está sinalizada uma era de produção de baixo consumo de carbono. Novas tecnologias energéticas estão em pesquisa, entretanto vivemos a sociedade do desperdício, onde há uma pedagogia diuturna para criar um consumidor compulsivo da nova coisa, da nova cor, do novo formato etc. Alguém já disse que o shopping é uma escola de consumidores irracionais, lugar sem paisagem, sem orientação espaço-temporal, luz controlada e, em alguns, como nos cassinos - reforço de oxigênio.

A vitória da vida curta é a bijuteria acabando com a joia, a caneta, o relógio, o isqueiro descartáveis. É meritório todo esforço de reciclagem, porém sem a adoção de uma tecnologia que aumente a vida útil do objeto e de uma psicologia social que elimine o prazer de estraçalhar embalagens, não há petróleo para segurar esse mundo.

Nada é mais importante para qualquer potência do que garantir suprimento de petróleo. O Brasil tem que botar suas barbas de molho. É um erro estratégico o país se converter em exportador de óleo cru; é escancarar as portas para as potências. Nossa entidade estratégica é a Petrobras. Há uma intensa relação afetiva entre o brasileiro e a sua empresa, porém a Petrobras é vulnerável. Acidentes em campos de petróleo submarino são terríveis, haja vista o que está ocorrendo no Atlântico Norte; o pré-sal é lindeiro das duas maiores concentrações demográficas do Brasil. A Petrobras não noticia suas medidas de precaução; creio que a Aepet e o Sindipetro deveriam ser os fiscais dessas medidas e toda constatação de falha deveria ter prioridade nacional.

Detesto visões conspiratórias, mas acidentes casuais podem ser simulados e realizados com o propósito de desmoralizar a política de petróleo do Brasil. Imaginem o horror de Copacabana ou Guarujá recebendo em suas praias cutículas de petróleo e cadáveres de peixes e aves marinhas; imaginem uma chaminé alimentada pelo incêndio de óleo do pré-sal. A pesquisa brasileira de mísseis ficou prejudicada com o morticínio da pequena equipe de especialistas em Alcântara. Foi um acidente?

A melhor solução é intensificar o patrulhamento militar da área. A Marinha tem que dispor de todos os meios; as rotas que tangenciam o pré-sal tem que ser patrulhadas com radares de altíssima precisão, embarcações rápidas com capacidade de defesa, helicópteros navais. As dotações militares tem que ser multiplicadas e espero que já estejam concluídos os estudos e projetos necessários para essa multiplicação.

Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa é professor emérito de economia brasileira e ex-reitor da UFRJ. Foi presidente do BNDES.
E-mail: carlos-lessa@oi.com.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Petrobras inicia busca por petróleo e gás na Bacia Pará-Maranhão


SÃO LUÍS - A Petrobras deu início à busca por petróleo e gás na bacia marítima Pará-Maranhão com campanha de perfuração de poço pioneiro no bloco BM-PAMA-3, localizado em águas profundas. Para a atividade no prospecto chamado Harpia, que começou dia 7 deste mês e está prevista para durar cinco meses, a companhia investirá R$ 90 milhões.

A perfuração do poço Harpia (1-BRSA-903-PAS) abrange lâmina d’água de 2.067 metros, com 5.880 metros de profundidade. O trabalho está sendo realizado pela sonda semissubmersível SS-75 – Ocean Courage, com capacidade de perfurar em até 3.000 metros de lâmina d’água e profundidade de 12.000 metros.

A atividade de perfuração envolve diretamente cerca de 254 pessoas, das quais, aproximadamente, 204 pessoas estão embarcadas na sonda ou nos quatro barcos de apoio e cerca de 50 pessoas encontram-se na Base de Tapanã (em Icoaraci, Belém/PA), em terra, administrando materiais e logística.

De acordo com a Petrobras, das quatro embarcações de apoio, uma é do tipo “Oil Recovery”, voltada para a proteção ambiental, e as outras três são supridoras da sonda.

Etapa

Confirmada a presença de óleo ou gás em vazão comercial, será iniciada uma nova etapa do processo exploratório na região. Caso a Petrobras não confirme a presença de óleo ou gás, ou constate que as descobertas não são viáveis economicamente, a área de concessão dos blocos será devolvida para a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

A Petrobras detém seis concessões de exploração ativas na Bacia do Pará-Maranhão. Sendo duas em águas profundas e quatro em águas rasas: BM-PAMA-3, da 3ª rodada de licitação, BM-PAMA-8, da 6ª rodada de licitação; e BM-PAMA-9, 10, 11 e 12, adquiridas na 9ª rodada de licitação. (JK)


Fonte: http://portalamazonia.globo.com/