quinta-feira, janeiro 14, 2010

Morre aos 83 anos homem que ensinou as máquinas a pensar


Quando criança, Ray Solomonoff desenvolveu uma paixão pelos teoremas matemáticos que duraria toda a vida e, na adolescência, se deixou cativar pela ideia de criar máquinas capazes de aprender e, um dia, de pensar. Em 1952 ele foi apresentado a Marvin Minsky, cientista cognitivo que também estava explorando a ideia de máquinas aprendizes, e ao jovem matemático John McCarthy. Passados quatro anos, os três, com a ajuda de outros setes cientistas, haviam criado um novo campo de trabalho, como parte do Projeto de Pesquisa de Verão do Dartmouth College, ao qual deram o nome de inteligência artificial.
O trabalho realizado por eles se tornou um marco no campo da inteligência artificial (termo cunhado por McCarthy, então professor de matemática no Dartmouth) e no da computação moderna. O grupo propôs um programa de estudos que afirmava que "o estudo deve proceder com base na conjectura de que cada aspecto de aprendizado ou qualquer outro recurso de inteligência pode, em princípio, ser descrito com tamanha precisão que uma máquina seria capaz de simulá-lo".

No verão seguinte, Allen Newell, J. C. Shaw e Herbert Simon, pesquisadores do Instituto Carnegie de Tecnologia (hoje Universidade Carnegie Mellon), desenvolveram um programa para descobrir provas de teoremas lógicos. Simulado manualmente em 1955, o programa, chamado Logic Theorist, foi demonstrado na conferência de Dartmouth naquele ano e é considerado como o primeiro esforço de criação de um programa de inteligência artificial.

Solomonoff, que morreu no último dia 7 de dezembro, em Boston, aos 83 anos, mas cuja morte não foi divulgada publicamente, mergulhou ainda mais nesse campo em 1960, quando desenvolveu a ideia de probabilidade algorítmica.

A ideia emergiu de seu esforço para enfrentar o problema da indução: dada uma longa sequência de símbolos que descrevesse eventos reais, de que forma se poderia extrapolar a sequência? A ideia deu origem a uma nova abordagem quanto à teoria da probabilidade. Solomonoff continuou trabalhando e foi pioneiro na aplicação da teoria da probabilidade à solução de problemas de inteligência artificial. Mas nos anos 60 e 70 ele estava à frente de sua era e a abordagem que propunha inicialmente teve pouco impacto sobre o campo de estudos. Mais recentemente, a teoria probabilística ganhou prestígio entre os pesquisadores da inteligência artificial e é hoje a abordagem dominante.

"Ray realizou trabalhos iniciais sobre as fundações teóricas desses sistemas, concentrado em compreender como gerar e designar probabilidades de sequências de símbolos, que podiam ser mapeadas de forma a enfrentar o desafio de prever o que acontecer a seguir, tendo por base aquilo que tenha sido visto até o momento em questão", disse Eric Horvitz, cientista da computação na Microsoft e ex-presidente da Associação para o Progresso da Inteligência Artificial. "Para além de seu trabalho técnico de fundamentos", disse Horvitz, Solomonoff também foi "um proponente apaixonado da abordagem probabilística na inteligência artificial, com a promessa de criar sistemas de computação capazes de aprender e de raciocinar em situações de incerteza".

O trabalho que ele realizou no começo dos anos 60 antecede as pesquisas do matemático russo Andrei Kolmogorov, um pioneiro nas pesquisas da teoria da informação, que posteriormente reconheceu a influência do trabalho de Solomonoff sobre as suas pesquisas.

Solomonoff posteriormente passou a se dedicar às consequências da inteligência artificial. Em 1985, ele escreveu um estudo que especulava sobre o custo e o tempo que seriam necessários para desenvolver uma máquina com inteligência muitas vezes superior à de um grupo de seres humanos. Ele definia essa questão como o "ponto infinito". A ideia antecede a precisão do cientista da computação Vernor Vinge, que em 1993 especulou sobre uma evolução semelhante na inteligência mecânica, que ele definiu como "a singularidade".

Nascido em Cleveland em 25 de julho de 1926, Solomonoff era filho de imigrantes russos, Julius e Sarah Solomonoff. Ele estudou Física na Universidade de Chicago e conseguiu seu mestrado em 1951. Ferozmente independente, ele trabalhou de maneira autônoma por boa parte de sua vida, assumindo postos em diversas instituições como professor visitante. Em 2001, ele foi professor visitante no Instituto Dalle Molle de Inteligência Artificial, em Lugano, Suíça, e mais recentemente exerceu o mesmo papel no Centro de Pesquisa e Aprendizado de Computação na Universidade de Londres.

Ele deixa a mulher, Grace, que informou que a causa de sua morte foi um aneurisma cerebral rompido. Solomonoff vivia em Cambridge, Massachusetts, e também tinha uma casa em New Ipswich, New Hampshire, que ele mesmo construiu e era aquecida por duas fileiras de lâmpadas no teto, um feito tornado possível pelo pesado isolamento que ele instalou e por coberturas isolantes para as janelas.




Fonte: www.terra.com.br

Chineses levam flores à sede do Google em Pequim


O anúncio do Google de que está considerando deixar a China após ataques hacker levou dezenas de chineses para a frente da sede da empresa em Pequim. Eles depositam flores, mensagens de agradecimento e bilhetes de 'adeus'.
Além do Google, pelo menos outras vinte empresas foram vítimas de um ataque similar nos setores de tecnologia, internet, mídia, finanças e química. "Estamos em processo de notificar essas empresas, e também estamos trabalhando com as autoridades dos Estados Unidos", escreveu o Google.

Por conta dos ataques, o Google diz que não vai mais censurar resultados de buscas na China - algo que fazia desde 2006, quando chegou ao país - e que avalia o fechamento dos seus escritórios na China.




Fonte: www.terra.com.br

Menor adaptador de rede Wi-Fi é pouco maior que uma moeda


A D-Link mostrou na CES 2010 seu novo adaptador de rede Wi-Fi, o DWA-121, que é um pouco maior que uma moeda de dez centavos de dólar.
O DWA-121 se conecta a uma porta USB do computador e permite acessar redes sem fio padrão 802.11n, até seis vezes mais rápidas que as convencionais redes padrão G, atingindo 150 Mbps. Além disso, a rede N tem três vezes mais área de cobertura do que a geração anterior.

O adaptador funciona com Windows XP, Vista e 7, e precisa de uma rede 802.11N para funcionar. A D-Link não informou o preço do produto nem deu previsão da sua chegada ao mercado.



Fonte: www.terra.com.br

Dispositivo transforma banda larga em sinal de celular


Um pequeno aparelho que transforma o sinal telefônico em conexão com a internet chamou a atenção em Las Vegas, no Consumers Electronics Show (CES), o grande encontro anual de tecnologia realizado nesta cidade de Nevada e encerrado neste domingo.
O dispositivo MagicJack ("conexão mágica"), da pequena empresa americana YMAX, só precisa de um computador ligado à internet para funcionar. Ele transforma a conexão de banda larga em sinal de telefonia celular 2G em uma área de 280 metros quadrados, e permite fazer ligações sem gastar minutos do serviço de internet. O usuário precisa apenas pagar uma assinatura anual de US$ 20 ao fabricante.

Mas o problema, segundo Simon Saunders, presidente do Femto Forum, integrado por fabricantes de equipamentos e operadoras de telefonia, é que a YMAX recorre, para tais conexões, a frequências que não está autorizada a acessar.

Kari Hernández, porta-voz da Ymax, rebateu as críticas e disse que segundo Dan Borislow, fundador e inventor do MagicJack, a tecnologia não utilizará frequências de propriedade de outros e que, tecnicamente, as operadoras não seriam donas das frequências dentro de uma propriedade.

O MagicJack já está no mercado como um aparelho mais simples, que permite ligações comuns com uma conexão a internet. A venda do novo modelo acontecerá nos próximos meses, com o preço de US$ 40.


Fabricante mostra cartão de memória com 64 GB de espaço


A Toshiba anunciou nesta quarta-feira que vai começar a vender seus cartões de memória padrão SDXC de 64 GB no final de 2010. Serão os primeiros cartões SD a terem essa capacidade disponíveis no mercado.
Segundo a fabricante, os cartões SDXC terão velocidade de gravação mais rápida (60 megabytes/segundo para leitura e 35 MB/s para gravação de dados) do que os cartões atuais - tudo isso em um pedaço de plástico e silício que pesa 2,1 gramas. O acessório, também disponível em versões de 16 GB e 32 GB, será compatível com o novo padrão SD Memory 3.0.

Com tanto espaço para guardar informações, os cartões de 64 GB serão indicados para eletrônicos que precisam de transferência rápida de dados com grande capacidade de armazenamento, como câmera digitais profissionais e filmadoras digitais. Para efeitos de comparação, a Toshiba diz que um vídeo de 2,4 GB poderá ser copiado para o PC em apenas 70 segundos.

Os cartões SDXC são a nova geração desse tipo de dispositivo de armazenamento, e seu padrão permite criar dispositivos de memória flash entre 32 gigabytes e 2 terabytes de dados. O padrão atual, SDHC, vai de 2 GB a 32 GB. Os preços dos cartões não foram divulgados.




Fonte: www.terra.com.br

Sua casa vai virar um nano data center?


Quanta energia os data centers do Google gastam cada vez que vê um filme no YouTube? As preocupações em torno das questões energéticas estão motivando a criação de mais um conceito em tecnologia: os nano data centers.

O NanoDataCenters Project propõe mudar a forma de distribuição da internet do tradicional esquema cliente-servidor para o peer-to-peer, diminuindo o consumo de energia nos grandes servidores. A ideia é que os próprios usuários funcionem como uma espécie de nano data center, armazenando e distribuindo o conteúdo na sua região. Assim, ao ver um vídeo do YouTube, ele poderia estar armazenado na casa do seu vizinho.

Para isso, os modems usados em casa passariam a ter uma função adicional. Um dos argumentos do projeto é que roteadores, gateways, set-top boxes e companhia ficam 100% do tempo ligados, mas passam boa parte do tempo ociosos nas casas - e poderiam ser mais eficientes se tivessem novas funções. É tudo muito enigmático ainda para se arriscar um palpite sobre o futuro da empreitada. Mas o projeto envolve nomes de peso, como o Instituto Fraunhofer, a Telefônica e a fabricante de modems Thomson. A observar.