domingo, setembro 26, 2010

QUEIMA DE GÁS VEM DIMINUINDO NO BRASIL


O gás natural foi um dos temas mais discutidos na 15ª edição da Rio Oil & Gas, realizada entre os dias 13 e 16, no Rio de Janeiro. Entre os debates, a questão da queima de gás foi ressaltada, principalmente por ocasião da apresentação dos dados de produção de petróleo de agosto, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também na feira. Segundo a agência, no mês passado, o país queimou 10% de sua produção total – de 62,5 milhões de metros cúbicos.

De acordo com a avaliação da própria ANP, essa é um valor alto, uma vez que o órgão autoriza, em via de regra, 3% de queima, com mais 2% de margem, estudada caso a caso, salvo exceções em qua a agência valida pedidos de quema mais elevados. Como meta, a ANP trabalha para chegar a 95% de aproveitamento do gás no Brasil e avalia os números coletados como uma evolução. Dessa maneira também pensa Sylvie D’Apote, Sócia-diretora da Gas Energy, empresa de consultoria e assessoria nas áreas de petróleo, gás, energia, química e petroquímica.

“A queima no Brasil vem diminuindo ano após ano. Em relação ao que foi queimado até julho de 2010, comparado ao mesmo periodo de 2009, a queima reduziu 34%. No ano passado havia uma queima muito alta”, analisa Sylvie, contrapondo o valor de 10% de queima apresentado pela ANP, em agosto desse ano. Entrando no mérito da Petrobras, maior produtora de gás associado, que representa 80% do que o Brasil produz, a executiva ressalta que em 2009 houve uma queda drástica na demanda, que explicava a queima da estatal, definida como técnica.

A justificativa da Petrobras era de que muitos campos estavam queimando gás devido à realização de testes, o que eleva o percentual de descarte do recursco. “Há analistas, inclusive nós (da Gas Energy), que defendíamos que essa queima técnica estava muito além do que se pode fazer. Mas como a ANP não divulga os dados de queima por campo, mas por estado, a Petrobras pode contar qualquer historinha, porque, na verdade, não se sabe quanto foi queima técnica e quanto foi a quantidade que ela não conseguiu escoar por falta de mercado”, afirma Sylvie, antes de observar, porém, que a estatal vem diminuindo a queima, mas que os objetivos são diferentes por bacia.
Queimar o gás não é o objetivo
Na Bacia de Campos, por exemplo, onde há a maioria dos campos mais antigos e uma produção muito alta de gás associado, é permitida uma queima um pouco mais elevada. Mas há campos pequenos, não conectados, sem infraestrutura de escoamento. Nesse caso, há três caminhos: usar o gás nas plataformas para gerar energia, reinjetar no poço para ajudar na produção ou queimar. “Nenhum produtor, seja empresa pública ou privada, inclusive a Petrobras, não gosta de queimar, prefere vender o gás. Mas o Brasil produz 80% do gás associado ao óleo, ou seja, quem decide é a produção de petróleo. O gás acaba sendo um subproduto, valioso, mas também fonte de problemas, porque como a produção é offshore nem sempre há dutos disponíveis”, explica a executiva da Gas Energy.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

MORATÓRIA NO GOLFO PREJUDICA PETROBRAS


No último dia 19, foi anunciado que a British Petroleum (BP) conseguiu, finalmente fechar o poço Makondo permanentemente, tendo, inclusive, o o Escritório de Regulação da Administração de Energia Oceânica dos Estados Unidos declarado o local como oficialmente selado. Entretanto, o rescaldo do acidente no Golfo do México ainda atinge a Petrobras, na medida em que segue em vigor a moratória que suspende a exploração de petróleo na região.

O problema foi motivo de discussão na 15ª edição da Rio Oil & Gas, realizada entre os dias 13 e 16 de setembro, no Rio de Janeiro, em debate com a presença do gerente de projetos da Petrobras no Golfo do México, César Palagi. De acordo com o executivo, a moratória impactou negativamente nas finanças da companhia nos EUA, além de atrasar o cronograma de produção nos campos de Cascade e Chinook. Palagi explicou de maneira óbvia o prejuízo, afirmando que a expectativa é de produzir 80 mil barris na área. Já que eles não estão sendo explorados, há influência no planejamento da estatal.

Agora, a produção, antes projetada para o primeiro semestre desse ano, está prevista para começar no fim de 2010, embora a campanha de perfuração nos campos de Cascade e Chinook esteja em compasso de espera. A suspensão decretada pelo presidente Barack Obama está afetando a prospecção de poços adicionais, mas já há dois completos e estrutura preparada para oito, podendo ser ampliada para o dobro de poços.
Tecnologia inédita na região
No último dia 20, a BP impressionou a ANP com uma apresentação sobre o acidente no Golfo e as medidas tomadas para contê-lo. Porém, no território onde a petrolífera lutou contra o vazamento de óleo que causou o maior desastre ambiental da história dos EUA, a metodologia nacional para explorar petróleo promete surpreender quem já opera na região. Para produzir em Cascade e Chinook, a Petrobras irá usar a primeira unidade flutuante no Golfo.

A partir daí, outras empresas poderão também utilizar FPSOs, que facilitam a retirada em caso de furacões, bastante comuns no Golfo do México. Devido ao ineditismo desse método para explorar petróleo, não havia regulamentação para a instalação da unidade BW Pioneer, que vai produzir a uma profundidade de 2,5 mil metros. De acordo com Palagi, os equipamentos para a perfuração na região ainda serão contradados, já que, por causa da moratória, outros já adquiridos tiveram de ser realocados.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

O FUNCIONAMENTO DA REFINARIA


Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é, portanto, separar suas frações, processá-lo, transformando-o em produtos de grande utilidade: os derivados de petróleo.

A instalação de uma Refinaria obedece a diversos fatores técnicos, dos quais se destacam a sua localização nas proximidades de uma região onde haja grande consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas produtoras de petróleo. A Petrobrás possui 11 refinarias, estrategicamente localizadas do norte ao sul do País.

Responsáveis pelo processamento de milhões de barris diários de petróleo, essas refinarias suprem nosso mercado com todos os derivados que podem ser obtidos a partir do petróleo nacional ou importado: gasolina, óleos combustíveis, além de outros.

O transporte na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos, Gasodutos, Navios Petroleiros e Terminais Marítimos. Oleodutos e Gasodutos são sistemas que transportam, respectivamente, o óleo e o gás, por meio de dutos (tubos) subterrâneos. Navios Petroleiros transportam gases, petróleo e seus derivados e produtos químicos.

Terminais Marítimos são instalações portuárias para a transferência da carga dos navios para a terra e vice-versa. Instalados estrategicamente em diversos pontos do País, a Petrobrás dispõe, de 8 Terminais, uma rede de dutos e uma ampla frota de Navios Petroleiros.

Por Prof° Alexandre Guimarães

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

DEBATES SOBRE A LEI DE CRIAÇÃO DA EMPRESA PRÉ-SAL PETRÓLEO S/A (PPSA)

A Petro-Sal Petróleo S/A (PPSA) teve sua autorização para criação pela Lei nº 12.304/2010 e terá como objetivo a gestão dos contratos de partilha de produção celebrados pelo Ministério de Minas e Energia e a gestão dos contratos para a comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos da União.
Esta empresa terá participação de 50% no Comitê Operacional (OpCom), composto por representantes das partes, para acompanhamento de custos, análise e aprovação de investimentos. A PPSA terá capital 100% público e, além de indicar 50% dos integrantes do OpCom, indicará o presidente que terá poder de veto e voto de qualidade.
Os recursos da PPSA serão provenientes da taxa de administração dos contratos de partilha e comercialização, parcela do bônus de assinatura, aplicações financeiras, entre outros. Enquanto não tiver recursos suficientes, as suas atividades serão realizadas inicialmente pela ANP.
Ocorre que a PPSA não assumirá riscos e responsabilidades pela atividade de exploração e produção, segundo o art. 8º, §2º do PL nº 5938, que trata sobre o regime de Partilha.
A questão ganha muita relevância se consideramos que qualquer decisão adotada pelo OpCom, será em última análise da PPSA, como, por exemplo, a decisão de furar um poço exploratório adicional e o corte de investimentos que acarretou na diminuição da qualidade e segurança na perfuração, o que consequentemente ocasionou um acidente com vazamento de óleo.
Afinal, a empresa que tomou a decisão que acarretou um dano ambiental não poderá ser responsabilizada? Essa e outras questões ainda deverão ser debatidas pela indústria e pelos agentes reguladores.

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