sexta-feira, novembro 16, 2012

Petrobras finaliza navio FPSO Cidade de São Paulo

Esta plataforma será a primeira unidade de produção definitiva do campo de Sapinhoá, no polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

São Paulo – A Petrobras informou nesta quarta-feira que o navio plataforma (FPSO) Cidade de São Paulo teve sua construção finalizada no dia 11 de novembro e saiu do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.

O FPSO encontra-se efetuando testes finais, em águas abrigadas, e deve seguir para a locação definitiva nos próximos dias. A unidade será instalada no campo de Sapinhoá, no polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

A expectativa é de que o 1º óleo do FPSO Cidade de São Paulo ocorra em janeiro de 2013, com a interligação do primeiro poço produtor. Na sequência serão feitas as inteligações dos demais poços, no total de seis poços produtores e cinco poços injetores.

Esta plataforma será a primeira unidade de produção definitiva do campo de Sapinhoá, cujo projeto de desenvolvimento prevê ainda mais uma unidade de produção, com previsão de início de produção no segundo semestre de 2014.

A segunda unidade de produção, FPSO Cidade de Ilhabela, já foi contratada pelo consórcio e encontra-se em fase de conversão. O consórcio do Bloco BM-S-9 é operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (30%) e a Repsol Sinopec Brasil S.A. (25%).

Fonte: Estadão

Profissionais brasileiros que se cuidem, os gringos vem aí

Não bastasse as dificuldades que os profissionais brasileiros encontram para se recolocar, vem aí uma nova política de migração que pretende ampliar a oferta de trabalhado qualificado para profissionais estrangeiros.

Profissionais estratégicos altamente especializados

A idéia do governo federal é facilitar o acesso de profissionais estrangeiros qualificados ao Brasil. Profissionais de setores estratégicos, como engenheiros das áreas petroquímica, gás, petróleo e técnicos de inovação tecnológica, terão sua entrada desburocratizada, com menor exigência de documentos e incentivo para permanência prolongada no País.

Força tarefa especial

Preocupado com a escassez de mão de obra, o governo federal criou uma força-tarefa em Brasília, envolvendo quatro ministérios e coordenada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), para trabalhar na formulação de uma nova política migratória. Segundo estudiosos, o Estatuto do Estrangeiro é considerado anacrônico pelo governo, pois está em vigor desde 1981.

Aumento de competitividade

O governo está levantando que medidas em estudo vão integrar um programa que já tem nome, chamado “Brasil de Braços Abertos”. O objetivo da presidente Dilma Rousseff é aumentar o número de trabalhadores estrangeiros com qualificação no Brasil, de forma a aumentar a competitividade da economia.

Trabalhadores estrangeiros são poucos

Proporcionalmente à população brasileira, os estrangeiros no mercado de trabalho formal representam apenas 0,3%. Em 1900, eram 7,3%, quando o País iniciou uma fase intensiva de crescimento e industrialização. O prazo médio para emissão de visto para um trabalhador estrangeiro pode levar 8 meses e custar cerca de R$ 15 mil.

O projeto será entregue à Casa Civil em 2013

A presidente Dilma entregou a missão de remodelar as regras de imigração de mão de obra para o mesmo técnico que participou da formulação do programa Bolsa Família, o economista Ricardo Paes de Barros, secretário adjunto de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Paes de Barros é o coordenador de um grupo de oito especialistas (demógrafos, antropólogos, economistas e empresários) responsável pela formulação do programa, que deve ser entregue para a Casa Civil em 2013.

Funções cruciais

“O Brasil precisa ter uma política migratória, como todos os países desenvolvidos têm”, afirmou ao Estado o ministro da SAE, Wellington Moreira Franco. De acordo com ele, há funções cruciais para o País – como as de engenheiros para o setor químico, de petróleo e de gás, e também técnicos especializados em inovação tecnológica – que deveriam ter um tratamento diferente, do ponto de vista de imigração.

Fonte: Bem Paraná

Brasil só ficará atrás de Iraque em aumento de produção de petróleo, diz relatório

BRASÍLIA – Estudo da AIE acrescenta que os Estados Unidos deverão se tornar o maior produtor mundial de petróleo até 2017.

BRASÍLIA – O Brasil deve se tornar o país que terá o mais rápido crescimento na produção de petróleo fora do Oriente Médio nas próximas duas décadas, segundo estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris, na França. O estudo mostra que a produção diária de petróleo no Brasil vai crescer 3,5 milhões de barris até 2035, atrás apenas do Iraque cujo volume deve aumentar em 5,6 milhões de barris por dia no período, atingindo 8,3 milhões de barris diários.

O estudo denominado Perspectivas da Energia Mundial 2012 refere-se à produção brasileira diária de petróleo, que foi de 2,2 milhões de barris em 2011, e deverá atingir 4 milhões de barris por dia em 2020, mantendo a tendência de elevação até atingir 5,7 milhões de barris diários em 2035.

O desempenho previsto do Brasil é o melhor entre os países que não integram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). De acordo com a AIE, a produção brasileira de petróleo deverá, em 2035, representar mais do que o dobro da mexicana, estimada em 2,6 milhões de barris diários nesse período.

O estudo faz menção às descobertas das reservas do pré-sal informando que a produção de petróleo no Brasil deverá subir, sobretudo, a partir da segunda metade desta década. “Nos próximos dez anos, os Estados Unidos não precisarão mais importar petróleo do Oriente Médio. Essa realidade terá consequências que vão ultrapassar amplamente o mercado de energia e que serão também geoestratégicas.”

“O Brasil oferece brilhantes perspectivas para a produção de petróleo fora da Opep. Os campos do pré-sal devem guiar a maior parte do crescimento da produção brasileira”, diz o estudo, que destaca as perspectivas do desempenho do país em um quadro intitulado “boom de petróleo no Brasil ganha ritmo”.

O estudo da AIE acrescenta que os Estados Unidos deverão se tornar o maior produtor mundial de petróleo até 2017, ultrapassando a Arábia Saudita até meados da década de 2020, por intermédio da exploração crescente de petróleo e gás de xisto e também do chamado “petróleo leve” (light tight oil).

Atualmente, os Estados Unidos produzem 10,9 milhões de barris diários de petróleo. A Arábia Saudita produz 11,6 milhões de barris/dia, segundo a AIE. Os Estados Unidos, que importam 20% de suas necessidades energéticas, deverão se tornar quase autossuficientes em 2035. O país se tornará exportador líquido de petróleo (exportações superiores às importações) em cerca de 2030, prevê a agência.

A demanda mundial de energia vai crescer em mais de um terço até 2035, prevê a AIE. A China, a Índia, o Brasil e países do Oriente Médio representam 60% do aumento global da demanda. Na China, o consumo de energia crescerá 60% entre 2010 e 2035, afirma o estudo. No Brasil, o aumento estimado pela AIE é de 69% nesse período.

A AIE prevê que a demanda mundial de petróleo, de 87,4 milhões de barris diários em 2011, deverá atingir 99,7 milhões de barris/dia em 2035, uma expansão de 14% no período. Segundo a agência, o setor de transportes representa mais da metade do consumo mundial de petróleo.

Fonte: Agência Brasil – DCI