terça-feira, abril 17, 2012

P-55 apresenta problemas em estruturas


Vistoria revelou fissuras em peças usadas na construção da estrutura principal do convés, tornando

Rio Grande (RS) - A entrega da plataforma semissubmersível P-55, que está sendo construída no dique seco do Rio Grande, sofrerá mais atrasos, pois foram encontradas defeitos em estruturas do deckbox (convés). Em vistoria realizada no deckbox teriam sido encontradas fissuras em nós (peças de aço usadas na construção da estrutura principal do convés), defeitos que tornam arriscada a execução do içamento do deckbox para união com o casco, operação chamada de "mating".

O casco da P-55 atracou no cais sul do Estaleiro Rio Grande em 16 de janeiro deste ano e sua entrada no dique seco para o "mating" foi anunciada para a última semana de fevereiro. Depois, foi adiada para a última semana de março, mas até agora não ocorreu. O último adiamento do mating seria devido ao problema encontrado em alguns nós. Conforme a publicação, o casco também apresenta problemas. As informações que se tinha, extraoficialmente, até agora, é que ele veio de Pernambuco, onde foi construído, sem estar totalmente pronto.

No início de março, a Petrobras já tinha informado ao Agora que a P-55 não ficaria pronta em dezembro deste ano, como estava previsto, e sim no primeiro trimestre de 2013. As estruturas que apresentam fissuras foram adquiridas pela Petrobras. Fontes próximas ao projeto informaram à Upstream que, devido a esses problemas, a P-55 iniciará a produção de petróleo só em 2015. A previsão inicial era que começasse no final de 2013. Através de sua assessoria, a Petrobras disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Fonte: Jornal Agora (RS)

Política industrial do pré-sal mira mercado de US$400 bi


Montante dimensiona a margem que governo e Petrobras têm para fazer política industrial com o pré-sal e criar uma rede nacional de fornecedores

Rio de Janeiro (RJ) - A demanda doméstica por bens e serviços em exploração e produção offshore de petróleo está calculada em US$ 400 bilhões (cerca de R$ 720 bilhões) até 2020, segundo número usado como referência pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), calculado pela consultoria Booz. O montante dimensiona a margem que governo e Petrobras têm para fazer política industrial com o pré-sal e criar uma rede nacional de fornecedores.

O dado consta de documento do departamento da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás do BNDES, criado há seis meses para ajudar a desenvolver a indústria de petróleo no País. "A política de conteúdo local vai exigir que quem ganhar novos contratos instale fábrica aqui. As empresas estão vindo, há várias conversando com a gente", diz o chefe do departamento, Ricardo Cunha.

As iniciativas para se aumentar a produção e vencer os gargalos da indústria foram impulsionadas após a entrada de Graça Foster no comando da estatal e da contratação no Brasil, pela Petrobras, de mais 26 sondas de perfuração para o pré-sal, ambos em fevereiro. As metas são atrair novas empresas, expandir o financiamento e formar técnicos usando contratos da Petrobras como chamariz. Um atraso no desenvolvimento da cadeia significaria atrasar a exploração do pré-sal ou resultar na importação de equipamentos e serviços.

"Ela cobra rapidez para atingir a meta de 5,8 milhões de barris por dia em 2020 (mais que o dobro de hoje), número que repete em reuniões", diz empresário ligado à contratação das sondas.

BNDES, Transpetro, estaleiros, grandes fornecedores, associação de máquinas e equipamentos (Abimaq) e da indústria naval (Sinaval) participam de grupos de trabalho para enfrentar os gargalos. O modelo desenhado para as sondas - primeiro faz-se o contrato e depois monta-se a indústria que vai construí-la - pode ser repetido com a cadeia de fornecedores, de acordo com os envolvidos, que preferem não se identificar já que as discussões estão em andamento.

Fonte: Diário do Grande ABC/Agência Estado