terça-feira, setembro 22, 2009

Câmera HD é um dos primeiros gadgets USB 3.0


O primeiro protótipo de uma câmera em alta definição que usa o novo padrão de transmissão de dados USB 3.0 será mostrado esta semana em San Francisco, durante o Intel Developer Forum (IDF), evento de desenvolvedores da fabricante de chips.

A câmera, desenvolvida pela Point Grey Research em parceria com a Fresno Logic, conta com um sensor de 3 megapixels que gera imagens em full HD (1080p) a 60 quadros por segundo e se conecta via USB 3.0 a uma placa em um PC com componentes da Intel. Segundo a fabricante, criar imagens em 1980 x 1080 pontos com uma conexão rápida ao PC pode levar a uma nova geração de aplicativos que se integram à câmera e reconhecem rostos, por exemplo.
O USB 3.0 é chamado de "superspeed" por ser até dez vezes mais rápido que o padrão atual (2.0, ou "hi-speed"). A demonstração da câmera vai de encontro com as previsões do fórum de desenvolvedores USB, que previu no final do ano passado a chegada dos primeiros controladores USB 3.0 na segunda metade de 2009. Os primeiros dispositivos compatíveis com a tecnologia para o consumidor final devem chegar às lojas em 2010.


Celulares "movidos a Google" invadem o mercado


Na última semana, HTC e Samsung anunciaram o lançamento de celulares com sistema operacional Android no mercado brasileiro. Mas isso é apenas o começo, já que Motorola e Huawei também preparam seus aparelhos para chegar às lojas até o Natal.

A promessa dos fabricantes ao falar de Android é manter a vida do usuário sempre conectada. Os aparelhos contam com widgets e aplicativos que trazem as principais redes sociais (Twitter, Facebook, MySpace) para a tela principal do celular. Uma característica comum aos aparelhos já existentes no mercado com Android é a tela sensível ao toque, capaz de realizar ações multitoque (como dar zoom em uma página da web ou uma foto ao mover dois dedos, por exemplo).
¿Um smartphone hoje precisa ter uma tela de alta resolução, navegador HTML completo, conectividade em qualquer lugar, boa qualidade nas ligações e oferecer um sistema operacional capaz de realizar múltiplas tarefas simultaneamente¿, diz Sanjay Jha, CEO da unidade de celulares da Motorola. Determinados modelos vêm com teclado QWERTY integrado.
Câmera digital, filmadora, Wi-Fi, Bluetooth e GPS costumam ser recursos comuns aos aparelhos com Android, que ainda reproduzem vídeos e músicas em MP3 e navegam na internet com um browser similar ao do PC, incluindo acesso a páginas com animações em Flash. Além disso, dão acesso rápido a serviços do Google, como e-mail e mapas, e à loja Android Market, que vende aplicativos para o celular.
O primeiro celular com Android a ser lançado foi o G1, da HTC, que nunca chegou ao mercado brasileiro. Lançado em setembro de 2008 nos Estados Unidos, trazia o teclado integrado e um design diferente (com uma espécie de ¿queixo¿ em uma das extremidades) e foi o pioneiro entre os ¿Google phones¿.
Mas o próprio Google já disse que não pretende fabricar seus aparelhos e, apesar de ter criado o Android e incentivado o desenvolvimento do sistema, o Google é apenas mais um participante da Open Handset Alliance (OHA). Hoje, o Android é feito sob resoponsabilidade da OHA, entidade que reúne operadoras, fabricantes de celular e fornecedores de serviços. O Android, baseado no Linux, foi criado e é distribuído sob uma licença de código aberto.
Um ano depois do lançamento quase que exclusivo nos Estados Unidos, o Android começa a dar seus primeiros passos por aqui. Ainda em setembro, a Samsung coloca nas lojas seu smartphone Galaxy, modelo sem teclado, por um preço sugerido de R$ 1.799 (em um plano pré-pago). Esse modelo será vendido inicialmente pela Tim.
Em outubro, a HTC lança seu Magic, aparelho que não tem preço nem operadora definidos ainda. Apesar de ter outros modelos à venda nos EUA e na Europa ¿ entre eles o G1, o Hero e o Tattoo, nenhum com previsão de lançamento local -, o Magic chega ao Brasil com um recurso a mais: virá com a interface Sense, desenvolvida pela fabricante para o Hero, e que permite personalizar ao máximo as sete telas (uma central, três para a direita, três para a esquerda) do celular.
O final do ano reserva mais surpresas no mundo do Android ¿made in Brazil¿. A Motorola, que anunciou no início de setembro o lançamento do celular MotoDext, disse que lança o aparelho no ¿último trimestre¿ pela Claro no Brasil (e América Móvil no resto da região).
O Dext virá com o serviço MotoBlur, que integra redes sociais e serviços online ao aparelho, mas não está definido ainda um modelo de cobrançå para o MotoBlur. E a Huawei, que apresentou o modelo Pulse na Europa também no começo de setembro, também promete lançar seu smartphone com Android no País até o período de compras para o final do ano.
A LG também mostrou um modelo com teclado, o GW620, que sai na Europa no fim do ano, sem previsão para lançamento no Brasil ainda.
No Brasil, o Android Market está restrito, em um primeiro momento, a aplicativos gratuitos. Segundo o Google, a responsabilidade de venda de aplicativos pagos e da negociação com operadoras sobre a cobrança deles (direto na conta do celular ou via cartão de crédito) fica por conta da Open Handset Alliance, que não tem representante local.


Bicicletas elétricas são nova tendência nos EUA


Você já imaginou como seria ter Lance Armstrong pedalando sua bicicleta por você? Bem, agora você pode descobrir, até certo ponto. Cerca de 15 empresas oferecem bicicletas com uma opção de motor elétrico -e não motonetas acionadas puramente por um motor-, com preços entre US$ 1 mil e US$ 4 mil, e elas estão começando a ganhar popularidade entre alguns usuários urbanos mais ecológicos.

As mais recentes bicicletas elétricas da Giant, EcoBike, Currie Technologies e Ultra Motor, entre outras, conseguem produzir cerca de 500 watts de potência com um simples movimento de pulso ou virada de pedal. Essa é mais ou menos a energia que Armstrong conseguia gerar em suas provas mais curtas, no auge de sua carreira.
O resultado é que o usuário percorre as ruas ou sobe colinas veloz e silenciosamente, ultrapassando quase todos os demais ciclistas. Um dos modelos de maior sucesso nesse mercado emergente é a A2B, fabricada pela Ultra Motor, de Londres.
"Algumas pessoas compram a bicicleta para seus trajetos diários na cidade, e outras como substituto para os trajetos mais curtos que costumavam fazer de carro", disse Paul Vlahos, vice-presidente de vendas na divisão norte-americana da Ultra Motor.
A Ultra Motor vendeu "mais de mil" de suas bicicletas elétricas nos Estados Unidos desde o lançamento do modelo A2B, em setembro do ano passado, disse Vlahos. A Green Car Company, de Bellevue, Washington, que fica perto da sede da Microsoft e da cidade de Seattle, uma das mecas do ciclismo, diz ter vendido 40 unidades do modelo nas últimas semanas, e que está à espera de um novo embarque.
Ao preço de US$ 2,7mil, a A2B não é barata, mas é comparável a uma bicicleta de corrida de alta tecnologia e mais barata que um scooter convencional. O modelo é vendido por algumas lojas independentes de bicicletas, concessionárias de scooters, lojas especializadas em veículos elétricos e, durante um período curto de teste, por cerca de 20 lojas da rede de varejo Best Buy no oeste dos Estados Unidos.
A máquina, tecnicamente conhecida como "veículo elétrico leve", se qualifica como bicicleta sob as normas de transporte dos Estados Unidos, e por isso não é preciso habilitação para operá-la, e ela pode ser usada em todo lugar em que bicicletas sejam permitidas. A A2B não é a mesma coisa que uma motoneta, que em geral tem motor a gasolina e pedais apenas para uso em emergência.


Novos fones para celular funcionam com movimento


A Sony Ericsson lançou nesta segunda-feira um novo fone de ouvido para celular que funciona com tecnologia baseada em contato com o corpo. Ao colocar os dois plugues nos ouvidos, a música começa a tocar; ao remover um deles, a canção entra em pausa, sem precisar apertar botões.

O mesmo conceito funciona para atender chamadas, de acordo com a fabricante, já que o modelo MH907 tem um microfone integrado. A tecnologia utilizada se chama SensMe Control e os fones têm ainda um recurso para melhorar a qualidade do áudio da música ou das chamadas.
Os fones, disponíveis em preto/titânio ou amarelo/branco, funcionam em qualquer celular da fabricante com o conector fast port (proprietário da Sony Ericsson). O MH907 começa a ser vendido esta semana por um preço médio de US$ 55 em todo o mundo, de acordo com a Sony Ericsson.


Zune HD é evolução de tocadores multimídia


O Zune HD é, sem dúvida, o PMP (portable media player, tocador multimídia portátil) dedicado mais comentado deste ano. A Microsoft espera que este aparelho de alta qualidade atraia viciados em mídia e também aqueles que estão procurando por algo diferente. Mas será que esse bafafá todo é justificado?

A grande questão: será que o Zune HD conseguirá concorrer com o iPod Touch? Eu acho que a Microsoft não está tentando fazer o Zune competir com o iPod. O Touch é na verdade um computador de bolso com um programa excelente para música e vídeo. Quando você pega seu Touch, você pode tanto jogar jogos ou checar seu e-mail como ouvir música. PMPs da Archos e da Creative usam o Android, sistema operacional do Google para dispositivos móveis, para fazer coisas semelhantes.
O Zune HD é uma evolução do PMP, não um retrocesso do smartphone. Cada função nova que ele tem é usada para expandir a forma como você absorve mídia, da saída de vídeo em alta definição até o rádio HD, chegando na interface de usuário repaginada.


Amazon poderá ser a maior loja de artigos gerais do mundo

O barulho de 102 aparelhos de ar-condicionado no teto e um coro de carrinhos elétricos bipando fornecem o fundo acústico do centro de distribuição da Amazon de 56.200 m2 na região oeste da cidade. Apesar disso, seus funcionários quase sempre conseguem ouvir Terry Jones.
Em uma recente tarde de verão, Jones, um "assistente de logística" que ganha US$ 12 por hora pilotava um carrinho de mão pelos corredores cheios e gritava sua localização para todos ao alcance de sua voz: "Carrinho passando. Sim! Cuidado, por favor!" Jones explicou que estava simplesmente tornando o tempo que passa na Amazon "alegre e divertido" enquanto cumpria com as regras rigorosas de segurança da companhia. Mas seus berros podem também ser um alerta ao mundo do varejo: a Amazon, a maior varejista da web, quer que você saia da frente.
Quinze anos depois de Jeffrey P. Bezos ter fundado a empresa, inicialmente uma livraria online, a Amazon está prestes a cruzar um marco significativo. Se a tendência atual continuar, em algum momento no final deste ano, as vendas mundiais de produtos de mídia - os livros, filmes e músicas com os quais a Amazon começou - serão ultrapassadas pela primeira vez por vendas de outros produtos no site. (Essa transição já ocorreu este ano no mercado norte-americano).
Em outras palavras, em uma era cada vez mais digital, a Amazon está rapidamente se tornando a maior loja de artigos gerais do mundo. Além dos livros, CDs e DVDs existem fraldas, Legos e furadeiras, sem mencionar partes de carro e itens mais incomuns como animais empalhados da Jackalope Buck (US$ 69,97).
"A Amazon passou de 'aquela livraria' na mente das pessoas para uma loja online de artigos gerais, e isso é uma ótima posição para se ocupar", disse Scot Wingo, chefe-executivo da ChannelAdvisor, uma empresa que tem o apoio do eBay e ajuda lojas como Wal-Mart e J.C. Penney a vender online. Wingo prevê que o comércio eletrônico irá crescer, passando de 7% para 15% das vendas gerais na próxima década. "Se a Amazon aumentar sua participação de mercado ao longo do período e, honestamente, não vejo nada que possa impedi-la, isso é bastante assustador", ele disse.
De fato, a Amazon tem engolido o mercado de comércio eletrônico desde 2006, abocanhando em particular consumidores do eBay. Mas seus avanços estão estremecendo todo o varejo. Gigantes como Wal-Mart estão cuidadosamente reproduzindo elementos de sua estratégia, enquanto pequenos varejistas independentes nos setores de artigos esportivos e joalheria agora temem que seu destino possa ser similar ao de pequenas livrarias e locadoras de vídeo independentes (lembra-se delas?).
A estratégia de expansão da Amazon permitiu que a companhia, quase sozinha entre os varejistas, tivesse êxito durante a recessão, muito embora seu próprio negócio de mídia tenha estagnado. Ao longo do ano passado, os consumidores compraram menos livros, CDs e DVDs, em muitos casos optando por downloads digitais mais baratos. No trimestre que terminou em junho, por exemplo, as vendas mundiais de mídia da Amazon cresceram apenas 1%, chegando a US$ 2,4 bilhões, tendência acentuada por uma desaceleração na venda de videogames. Mas durante o mesmo trimestre, as vendas de outros produtos, que a companhia coloca em seu balanço sob um grupo chamado "eletrônicos e mercadorias gerais", cresceram 35%, chegando a US$ 2,07 bilhões.
Sua ambição implacável de vender mais de tudo está mais evidente hoje em dia. Apenas em julho, a Amazon introduziu áreas separadas em seu site para artigos esportivos, celulares e equipamento sem fio. Então, a empresa coroou o mês comprando um concorrente em ascensão, o varejista online de sapatos e artigos de vestuário Zappos.com, em uma transação acionária que hoje vale mais de US$ 930 milhões. Além de usar suas ações e US$ 3,1 bilhões em dinheiro e títulos negociáveis para realizar aquisições, a Amazon fomentou seu crescimento como uma varejista de artigos gerais empurrando uma variedade maior de produtos a consumidores leais através da entrega gratuita e rápida com planos como o Amazon Prime ao custo de US$ 79
anuais.