sábado, março 19, 2011

Rio prevê 75 mil novos empregos no setor de petróleo até 2016


Estimativa é de que 4 mil vagas sejam criadas até 2014 apenas no Parque Tecnológico da UFRJ.
'Mercado está aquecido', afirma diretor de centro de pesquisas


Um levantamento da Prefeitura do Rio estima que, até 2016, o setor de petróleo deve gerar 75 mil novos empregos na cidade.

"Hoje não está sendo necessário ir atrás das empresas. Elas estão buscando o Rio para se instalar", afirma à BBC Brasil o secretário municipal de Desenvolvimento, Felipe Góes.

"O setor de pesquisa e desenvolvimento gera empregos de alto padrão, que levam a impactos positivos na economia", acrescenta Góes. "Esse é o tipo de emprego que nos interessa atrair para a cidade."

O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Maurício Guedes, estima que 4 mil empregos serão gerados apenas no local até 2014, quando as novas instalações previstas no parque deverão estar prontas.

O parque foi criado em 2003, e a expectativa era de que as obras fossem concluídas até 2023, mas agora restam apenas três terrenos livres. O parque tecnológico está sendo construído dentro da área do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na ilha do Fundão.

"Há dois anos estamos recebendo uma avalanche de empresas interessadas em se instalar aqui", conta Guedes.

Uma delas é a British Gas, antecipa Felipe Góes. "Estamos finalizando as negociações e até meados de março devemos ter uma decisão da BG", afirma.

Ambiente

A primeira multinacional a ter seu centro de pesquisa inaugurado no parque tecnológico foi a Schlumberger, em novembro.

"A localização de nossos centros de pesquisa prioriza a proximidade com nossos clientes e o meio acadêmico", diz Attilio Pisoni, gerente do novo empreendimento.

"O parque tecnológico combina esses dois aspectos, criando um ambiente ideal para o estímulo à qualidade dos estudos científicos, com acesso a profissionais e ao meio acadêmico."

Em novembro do ano passado, a Prefeitura comemorou a escolha do Rio para sediar o quinto centro de pesquisas mundial da GE, cortejado também por São José dos Campos, no interior de São Paulo.

A empresa vai investir US$ 150 milhões na construção do centro, que incluirá um núcleo de qualificação para funcionários e clientes.

Para Alexandre Alfredo, diretor de relações institucionais da GE, a proximidade da UFRJ ajudará a empresa a encontrar os funcionários de que precisa.

"Não queremos importar talento, queremos profissionais que entendam o país e as necessidades locais de nossos clientes", diz.

A GE planeja contratar 200 pesquisadores e engenheiros para o centro, cuja construção deve começar até o fim do mês e levar de 12 a 18 meses.

Graduação

A demanda por cursos ligados à exploração de petróleo também tem aumentado, de acordo com Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe-UFRJ.

"O vestibular para engenharia do petróleo tem demanda equivalente a medicina", afirma Estefen. Áreas como engenharia mecânica, naval e oceânica também têm sido mais procuradas.
"O mercado está muito aquecido", acrescenta o diretor da Coppe. "Um aluno que faz pesquisa em uma área especializada, como tecnologia submarina, sai com emprego imediato."

Alexandre Alfredo diz que a GE está firmando parcerias com 20 universidades do Brasil para incentivar a formação e atrair profissionais.

Na semana passada, a Chevron Brasil Petróleo assinou um acordo com a PUC-Rio para investir R$ 2 milhões no curso de engenharia de petróleo nos próximos dois anos. Os recursos serão usados em equipamentos para laboratórios, bolsas de estudo para estudantes e um programa de tutoria para trabalhos de conclusão de curso. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: Estadão

Brasil deve apoiar aumento do número de empresas americanas


BRASÍLIA – A comitiva do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que desembarca nesse sábado (19) no Brasil, vai contar com representantes de cerca de 60 empresas norte-americanas. Todos em busca de oportunidades de negócios nos setores de infraestrutura e energia, segundo informou a Câmara Americana de Comércio (American Chamber of Commerce - Amcham). Segundo o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), Roberto Segatto, é vantajoso para o Brasil aumentar a presença de empresas americanas no país. “As empresas que se instalassem aqui poderiam trazer equipamentos de alta tecnologia com isenção de imposto, por exemplo. Produzir lá está mais caro que produzir no Brasil”. Para ele, a iniciativa pode servir de exemplo para futuros acordos com outros países.

O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, também defende estímulos para a entrada de capital estrangeiro. “Capital não tem pátria, capital estrangeiro é sempre bem vindo. Gera emprego, gera impostos e também gera divisas. Todo investimento no país é interessante”.

Em 2010, os Estados Unidos ocuparam a quarta posição no rol do investimento estrangeiro direto, segundo dados do Banco Central. Ingressaram no país cerca de US$ 6,2 bilhões. Aumento de 26,5% frente o ano anterior, quando entraram menos de US$ 5 bilhões. Os Estados Unidos ficaram atrás de Luxemburgo, Países Baixos e Suíça. Luxemburgo, um dos menores países da Europa, com menos de meio milhão de habitantes, remeteu ao Brasil US$ 8,6 bilhões no mesmo período.

Castro também destacou que os empresários estrangeiros precisam gastar no país. “O Brasil é muito caro para se investir. Hoje a taxa de câmbio torna isso caro. Além disso, temos taxa de juros elevada e tributo alto”, disse. Para reverter o quadro é preciso despertar o interesse das companhias internacionais. “O mercado interno atrai muito, se [o investidor estrangeiro] pensar nisso vai esquecer todos esses fatores”.

No sentido inverso, os EUA são o segundo país no qual o Brasil investe diretamente, perdendo apenas para Ilhas Cayman. Em 2010, o Brasil enviou cerca de US$ 3,7 bilhões, contra US$ 1,7 bilhão remetidos no ano anterior. As Ilhas Cayman, um paraíso fiscal do Caribe que ocupa a primeira posição, receberam US$ 11,6 bilhões do Brasil.

O Brasil pode fortalecer o investimento estrangeiro com as obras de infraestrutura relacionadas à exploração de petróleo e gás no pré-sal, às obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), à Copa de 2014, às Olimpíadas de 2016, além de investimentos na área de biocombustíveis.

O vice-presidente da AEB defende a tese de que a visita de Obama ao Brasil é mais proveitosa para os EUA. “Quem toma a iniciativa de visitar o país tem mais interesse. É importante para eles mostrarem prestígio com o Brasil”, finalizou.

Fonte: http://www.dci.com.br/

Polo Naval e Refinaria de Petróleo Riograndense são abordados na Assembleia




Duas importantes pautas envolvendo a região foram abordadas durante os discursos dos deputados estaduais Alexandre Lindenmeyer (PT) e Adilson Troca (PSDB) na Assembleia Legislativa, na quarta-feira, 16. A revitalização da indústria naval brasileira e da indústria de petróleo e gás e a importância da Refinaria Riograndense para a Metade Sul foram pontos expostos pelos parlamentares.

Os investimentos da Petrobras, na construção de novas plataformas, a implantação do Estaleiro Rio Grande e a provável instalação de outro grande estaleiro, por investimento da Estaleiros Brasil (EBR) em São José do Norte, são considerados responsáveis por proporcionar mudanças significativas no desenvolvimento econômico da cidade.

Segundo o deputado Lindenmeyer, para cada casco para plataforma FPSO serão investidos R$ 800 milhões, gerando cerca de 5700 em empregos diretos. Para ele a articulação de ações conjuntas entre Prefeituras, Estados, União, Instituições de Ensino, Ciência e Tecnologia e empresas privadas para buscar alternativas para a qualificação de mão-de-obra e dotar a região de infraestrutura é necessária.

Adilson Troca lembrou os avanços que o governo anterior garantiu a estrutura portuária e ressaltou as grandes oportunidades que o Polo Naval traz para o Estado. “Rio Grande e toda a região vivem um grande momento. Vamos trabalhar com afinco para que o Estado consiga aproveitar todo o potencial destes investimentos”.

Troca destacou ainda a importância social da antiga Refinaria Ipiranga, atual Refinaria Riograndense, tem para a comunidade local. Ele também parabenizou o deputado Lindenmeyer pela escolha do tema.

Lindenmeyer defendeu que ações relacionados ao Prominp, como o Plano de Ação do Projeto Rio Grande, e o Projeto de Lei 041/2011 que institui o Programa de Estruturação, Investimento e Pesquisa em Gás Natural, Petróleo e Industria Naval do Rio Grande do Sul, são imprescindíveis para a garantia da competitividade e sustentabilidade dos municípios. Na oportunidade, justificou a escolha de um dos seus homenageados, o vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Ernesto Casares Pinto.

“Há a necessidade do aumento do número de hotéis, hospitais, restaurantes, escolas, moradias, tratamento de esgoto e melhor mobilidade urbana, por exemplo. Tudo isso se faz necessário para que possamos obter um desenvolvimento econômico sustentável, que prime pela qualidade de vida das pessoas e que não seja responsável pela criação de novos bolsões de miséria”, explanou o deputado Lindenmeyer.

Fonte: http://www.jornalagora.com.br/