sábado, novembro 26, 2011
O presidente da Chevron Brasil Petróleo
Consciente de seus erros, a petroleira americana, que opera no País desde 1919, comportou-se com uma passividade bovina. O presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Buck, resumiu-se a pedir desculpas ao povo brasileiro e a dizer que a empresa acatará todas as decisões do governo. Na mesma toada, o presidente da Chevron para a África e América Latina, Ali Moshiri, garantiu que o vazamento está sob controle e que a mancha já desapareceu. Mas observou que o Campo de Frade tem uma geologia complexa e atribuiu o vazamento ao acaso: “A mãe natureza é complicada.” Seu comentário bate de frente com a preocupação da presidenta Dilma. Nas conversas com assessores, Dilma afirmou que o vazamento do Frade, apesar de pequena monta, mostrou a necessidade de aprimorar todo o sistema de segurança que envolve a exploração de petróleo.
O Brasil está prestes a iniciar a exploração da camada do pré-sal em larga escala e não pode ficar vulnerável a acidentes operacionais. Já é chegada a hora de concluir o Plano Nacional de Contingência e também de rever os Planos de Emergência Individuais (PEIs) – o da Chevron, por sinal, não funcionou. Também as multas por crimes ambientais devem ter seus valores corrigidos. O que são R$ 50 milhões para a gigante do petróleo que faturou US$ 198 bilhões em 2010? A visão de longo prazo explica por que a presidenta Dilma exigiu rigor no caso da Chevron. “Não se trata de sentimento antiamericano nem de xenofobia. A punição é exemplar porque o Brasil, às vésperas de explorar o pré-sal, tem que mostrar ao mundo e aos investidores que está preparado para o desafio”, disse à ISTOÉ uma fonte do Planalto.
Fonte: http://www.correaneto.com.br/
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