segunda-feira, janeiro 10, 2011

Polo naval será reformulado


O governo de Pernambuco está tentando reposicionar o polo naval de Suape. Depois de assinar protocolos de intenção com seis empreendimentos (Alusa/Galvão, Promar, Schahin/Tomé, Construcap/Orteng, STX Europe e MPG Shipyard), o momento é de filtrar os que realmente vão bater o martelo e garantir as condições para a consolidação do cluster. A expectativa é que na segunda quinzena deste mês mais um protocolo seja assinado, dessa vez com um consórcio espanhol interessado em erguer um estaleiro de reparo naval.

Da lista dos estaleiros anunciados, dois (Schahin/Tomé e Alusa/Galvão) trocaram Pernambuco pelo Rio de Janeiro. Dos estrangeiros, os portugueses do MPG Shipyard não procuraram mais pelo governo do Estado para avançar nas negociações e os coreanos da STX Europe foram desclassificados na licitação das sondas da Petrobras (condição para se instalar em Suape).

“Nosso interesse é consolidar o polo naval e atrair as empresas que vão adensar a cadeia produtiva. A ideia é ter um cluster com empreendimentos para navios de grande porte (Atlântico Sul e Promar), unidade de fabricação de módulos e plataformas (Construcap/Orteng) e estaleiro de reparação naval”, destaca o presidente do Fórum Suape Global, Sílvio Leimig.

No próximo dia 14 será realizada uma audiência pública para discutir o EIA-Rima do Promar, que deverá iniciar as obras assim que obtiver a licença de instalação. O consórcio Construcap/Orteng também está dependendo da licença para iniciar a construção, prevista para junho. Leimig lembra que para garantir a chegada dos estaleiros serão necessários pesados investimentos em infraestrutura.

TRANSPETRO

A Transpetro reabriu a licitação para contratar oito navios de transporte de derivados de petróleo, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Cinco empresas nacionais e 11 internacionais foram convidadas para participar da disputa, mas a estatal informou que não pode divulgar os nomes dos candidatos, pelo menos nessa primeira etapa da licitação. A primeira licitação foi iniciada no ano passado, mas foi cancelada porque a Transpetro e os estaleiros (Mauá e Rio Nave) não conseguiram entrar em acordo na questão dos preços.

Para essa nova licitação, os convites foram entregues no último dia 23 e o prazo de entrega das propostas está previsto para 23 de fevereiro. Será realizada uma análise técnica e comercial das propostas encaminhadas à Transpetro, que espera concluir o processo licitatório até o final do primeiro semestre. Com mais esse pacote, a estatal encerra a contratação dos 49 navios do Promef. Pernambuco concentra 61,2% da encomenda total das embarcações. Dos 49 navios que serão contratados, 22 serão construídos pelo Estaleiro Atlântico Sul e oito pelo Promar.

Fonte: Jornal do Commercio

Prominp chega ao 7º ano e oferecerá mais 190 mil vagas


Cursos do programa atingem marca de 78 mil formados e inserção de 82% no mercado


Rio - O Programa de Mobilização da Indústria Naval de Petróleo e Gás Natural (Prominp), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Petrobras, chega ao 7º ano como sinônimo de sucesso. Ao todo, 78 mil profissionais foram treinados pelo projeto, sendo que 82% desses estão empregados.

Para fazer frente às demandas do mercado interno e, principalmente, da Petrobras, mais de 190 mil oportunidades em cursos gratuitos estão previstas para serem abertas no próximo ano. A meta faz parte do Plano de Negócios 2010-2014 da companhia petrolífera.

Os cursos do Prominp são oferecidos por meio de processo seletivo, que consta de provas objetivas. A seleção é aberta anualmente. Este ano, o programa contou com recorde de inscritos: 260 mil. Foram oferecidas 28 mil vagas em 13 estados, contemplando 185 categorias diferentes — níveis Básico, Médio, Técnico e Superior. Os aprovados devem iniciar as aulas no primeiro semestre de 2011.

Para participar da seleção para o Prominp, é preciso ter mais de 18 anos e preencher os pré-requisitos de escolaridade e experiência profissional exigidos para cada curso. Durante o processo de qualificação, quem estiver desempregado poderá contar com bolsa no valor de R$ 300 mensais, para cursos de Nível Básico, R$ 600, para Médio e Técnico, e R$ 900, reservado para Nível Superior.

Atendimento no Complexo do Alemão

A Secretaria Estadual de Trabalho e Renda (Setrab) volta a oferecer serviços públicos gratuitos voltados à geração de empregos e renda nas comunidades pacificadas. Hoje, técnicos da Setrab estarão no Complexo do Alemão, bairro da Penha, Zona Norte. O atendimento acontece das 9h às 16h, na Estrada do Itararé.

Quem visitar o estande terá a oportunidade de se inscrever em uma das 10 mil vagas de emprego disponibilizadas no balcão do Sine, tirar carteira profissional (1ª e 2ª vias), cadastrar-se para cursos gratuitos de introdução ao setor de Construção Civil, registrar queixas e dúvidas, além de apresentar sugestões à ouvidoria.
É importante que os interessados levem identidade e comprovante de escolaridade.

Fonte: http://odia.terra.com.br/

Mercado de trabalho cresce com a economia


Polos petroquímico e farmacoquímico, estaleiro, refinaria e indústria automotiva. A economia de Pernambuco muda ao passo de cada nova inauguração e o mercado de trabalho acompanha o ritmo. Na visão da economista Tânia Bacelar, este cenário é positivo para qualquer profissional entrante no ciclo do emprego. Ele terá mais opções em comparação com aqueles de uma década atrás. “O crescimento traz mais oportunidades, que outras gerações não tiveram. Primeiro porque está nascendo menos gente”, considera, referindo-se à nova economia do Estado.

Para se ter uma ideia do que virá por aí, somente os projetos aprovados até setembro do ano passado pelo Programa de Desenvolvimento do Estado (Prodepe) vão gerar 6.769 novas vagas de trabalho em áreas como a agroindústria, farmacoquímica, mineração e têxtil, entre outras. Não entra na conta os 3.500 empregos da Fiat, ou os 1.500 da refinaria quando estiverem em plena operação, empreendimentos que apontam o caminho a seguir. Mas para chegar a uma das vagas é preciso comprar o bilhete da capacitação e até mesmo para aqueles profissionais que não têm ligação direta com os setores fim dessas empresas.

O advogado Frank Robson de Almeida é um exemplo. Atualmente na gerência jurídica da Claro ele cursa um programa executivo em direito corporativo. “Depois do exame da Ordem (OAB), o profissional foca no seu objetivo. E se ele quer estar no escritório, quanto mais diferencial melhor. Os maiores clientes vão procurar os advogados mais qualificados”, comenta.

O professor de economia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Ibmec, Luiz Maia, também concorda que as oportunidades vão florescer em todas as áreas profissionais. Por isso, avalia, “quanto mais a pessoa tiver conhecimento de habilidades técnicas como segunda língua, gestão de pessoas, marketing e tecnologia, ela aumenta as suas possibilidades de ascensão”, diz. Por causa do leque de opções, Tânia não aconselha ninguém a direcionar sua carreira pensando apenas nas profissões que estão na alta. “A escolha da profissão tem de considerar as habilidades e as preferências das pessoas. Não se pode tomar uma decisão importante olhando apenas o direcionamento do mercado de trabalho. É importante procurar o que se gosta de fazer.”

Depois de escolhido o caminho, vem a qualificação, que também exige cuidados. “Muita gente acha que a trajetória profissional começa pela conclusão do nível superior, depois faz um MBA e garante o emprego. O MBA é bom para aquele profissional que alcançou o nível de gerência e pode se tornar inútil para quem não tem esse perfil. Há o CBA, uma versão para quem está no nível mais abaixo no nível hierárquico”. Mestrado acadêmico é voltado para pesquisa e formação de professores, diz.

Como o mercado de trabalho atualmente está se transformando mais rápido do que as pessoas, há a necessidade de formação de mão de obra e cérebros. “A grande novidade é que a economia do Estado está passando por uma mudança importante, estamos trazendo atividades que não eram do nosso tecido econômico tradicional, e aí vem a necessidade de formar pessoal”, completa. Atividades como petróleo e gás vão crescer não apenas em Pernambuco mas em todo o Brasil por causa do pré-sal.

A indústria naval é outra com tendência nacional que tem destaque em Pernambuco, e instituições como Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançaram seus primeiros cursos na área. Todos segmentos inéditos na história econômica do Estado vão gerar demandas por profissionais tão diversos como engenheiros, administradores, economistas, pessoal de TI. Sem falar das oportunidade para químicos, biólogos, farmacêuticos por causa do pólo farmacoquímico. “Algumas funções, como administrador, trabalham com automóvel ou petróleo e, para isso basta conhecer o setor. E, outras, como engenharia, o profissional tem de se especializar na área, pois a indústria naval é diferente de uma automobilística.”

As instituições de ensino estão atentas às mudanças e procuram estar cada vez mais próximas do mercado. “Esse momento de Pernambuco abre oportunidade para todas as áreas e as engenharias como um todo. Há forte demanda em outras áreas, como a de impacto ambiental ou assistência social, médicos, contadores...”, enumera o reitor da UFPE, Amaro Lins.

Fonte: http://www.portogente.com.br/