terça-feira, abril 03, 2012

Petrobras vai investir R$ 410 milhões em projetos de saneamento como compensação pelo Comperj



RIO DE JANEIRO – A Petrobras assinou com a Secretaria Estadual do Ambiente três convênios para investir R$ 410 milhões em dois projetos de saneamento e na construção de uma barragem na região do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). As obras são usadas como compensação pelo conjunto de refinarias, que está sendo construído em Itaboraí, no Grande Rio.

O projeto mais caro, de R$ 250 milhões, prevê a construção de uma barragem no Rio Macacu, que deve aumentar em 70% o aproveitamento de água e evitar inundações na época de cheias.

Outro projeto, de R$ 100 milhões, prevê a construção de uma rede de coleta de esgotos e uma estação de tratamento para o município de Itaboraí, que devem aumentar a cobertura do serviço na cidade de 15% para 50% da população, de acordo com a secretaria.

O terceiro projeto prevê a implantação da primeira rede de esgotos do município de Maricá, que deve atender 70% dos habitantes. Além disso, será construída uma estação de tratamento e um emissário submarino, para jogar a água tratada no oceano. As obras receberão R$ 60 milhões da Petrobras e mais R$ 33 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para o secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, os projetos vão representar um ganho para os municípios atendidos. “Maricá, que hoje tem zero de saneamento, vai ter 70%. Significa a recuperação da lagoa, porque hoje todo o esgoto de Maricá vai para a lagoa. Em Itaboraí, significa a incorporação de mais milhares de pessoas ao [serviço de] saneamento”, destacou.

Fonte: DCI

Petrobras pode comprar refinaria privada do país


Única refinaria privada de petróleo do país, Manguinhos, no Rio de Janeiro, quer se tornar uma estatal.
Seu controlador, o Grupo Andrade Magno, mantém negociação com a Petrobras.
Consultadas, as empresas não quiseram comentar.

A Folha apurou que o bilionário Eike Batista também teria feito uma proposta recente, mas Ricardo Andrade Magno não aceitou.

EBX e OGX, empresas de Eike Batista, negaram ter feito propostas.

As conversas com a Petrobras avançam, mas os controladores da refinaria querem “valorizar a companhia” antes de vendê-la. Querem passá-la à Petrobras por algo entre R$ 2,50 e R$ 3 por ação, uma transação que exigiria no mínimo, R$ 2 bilhões. Hoje, os papéis de Manguinhos são negociados na Bovespa a cerca de R$ 1,26.

Para os analistas, esse prêmio pode ser considerado elevado, mas, em três anos, ele tende a diminuir devido ao plano de investimento da companhia em curso.

Hoje, grande parte da receita (90%) de Manguinhos provém do refino. A meta é reduzir essa participação para menos da metade e investir em armazenagem e tratamento de petróleo.

Ou seja: transformar Manguinhos em uma empresa de logística, que sirva de apoio às companhias que estiverem explorando petróleo no pré-sal do Rio de Janeiro.

Em março, a refinaria informou ter encontrado uma “possibilidade de aumentar sua capacidade de tancagem [estoque]“. Passaria do atual 1,7 milhão de barris para 6,5 milhões em até três anos.

A Folha apurou que essa “possibilidade” é a compra de um navio-tanque que ficaria em alto-mar.

Com esse plano, Manguinhos teria o segundo maior parque de tratamento de petróleo do país e o segundo maior parque de armazenagem (tancagem).

Resultado: uma perspectiva de aumento anual de receita de, no mínimo, US$ 500 milhões e alta considerável das ações no período.

ANTECEDENTES

A refinaria foi inaugurada em 1954 com capacidade de produção de 10 mil barris por dia. Na ocasião, atendia 90% do consumo diário da cidade do Rio de Janeiro.

Sua capacidade subiu para 15 mil barris por dia e, em 1998, a argentina YPF passou a dividir o controle da companhia com o Grupo Peixoto de Castro.

Endividada, Manguinhos entrou em um programa de recuperação judicial em 2008. Naquele ano, a refinaria foi vendida para o Grupo Andrade Magno, que também adquiriu as subsidiárias Manguinhos Química e Manguinhos Distribuidora.

Associados a investidores estrangeiros, os novos controladores renegociaram as dívidas com os credores e deram início à rodada de investimentos.

Em julho de 2011, a companhia suspendeu a recuperação judicial.

Agora, o plano de investimento chegou ao limite e os controladores preparam a companhia para a venda.

Fonte: Folha Online

Chinesa supera Exxon e é líder em petróleo


A novata PetroChina, de apenas 13 anos, superou a norte-americana Exxon Mobil e se tornou a maior produtora de petróleo negociada em Bolsa.

A PetroChina anunciou ontem a produção de 2,4 milhões de barris de petróleo por dia no ano passado, ultrapassando a Exxon em 100 mil barris diários.

A produção da chinesa aumentou 3,3% em 2011, enquanto a da Exxon caiu 5%. O volume de óleo da antiga líder também foi maior que o da empresa russa Rosneft, que produziu 2,38 millhões de barris.

Criada pelo governo chinês para assegurar petróleo ao mercado local, a PetroChina cresceu rapidamente na última década ao explorar antigos poços do país e gastar mais do que os rivais na aquisição de reservas em locais como Canadá, Iraque e Qatar.

A estratégia é diferente da adotada pelas empresas ocidentais, que buscam novos campos para substituir os atuais, em declínio de produção.

Diante da necessidade de aumentar a oferta de combustíveis rapidamente -a demanda na China deve duplicar entre 2010 e 2035-, as petroleiras do país optaram pelo caminho das aquisições.

Segundo a Agência Internacional de Energia, as aquisições das chinesas saltaram de US$ 2 bilhões, em 2002 e 2003, para cerca de US$ 48 bilhões em 2009 e 2010.

Fonte: Folha de São Paulo – Da Associated Press