O maior equipamento utilizado para o escoamento da produção de gás natural já fabricado no Brasil foi transportado na última semana, para o Espírito Santo, conforme comunicado pela multinacional norueguesa Aker Solutions. Segundo a empresa, o equipamento, chamado Pipeline End Manifold (Plem), é uma estrutura de grande porte, que serve para interligar diversos campos produtores de gás natural, localizados no fundo do mar.
Em entrevista ao Nicomex Notícias, o presidente da divisão Subsea na América do Sul da Aker Solutions, Marcelo Taulois, explicou que o Plem é uma estrutura que recebe linhas de campos, neste caso do Parque das Baleias, Jubarte, BC-10, Cachalote, Catuá e Baleia Azul e combina estas linhas em uma linha de saída com maior diâmetro que vai para a terra.
“É de extrema importância sua funcionalidade na operação, pois elimina a necessidade de termos várias linhas chegando onshore. Também permite ligação entre os campos, passagem de pig e monitoramento através de um sofisticado sistema de controle submarino” – afirma o executivo que observa que houve no cenário nacional um aumento significativo na demanda de equipamentos submarinos para exploração de gás, principalmente na região do Espírito Santo.
Queima de gás
A Aker Solutions informou ainda que o transporte deste equipamento precisou ser feito ainda neste mês de janeiro porque a concessão de queima de gás da plataforma P-57 se esgota após 90 dias do início da produção, que foi em dezembro do ano passado. Ou seja, até 5 de março deste ano, a Agência Nacional de Petróleo permite que seja queimado o gás oriundo da produção do petróleo, até que os sistemas da plataforma sejam comissionados e a produção de gás seja suficiente para partir os compressores e iniciar a exportação de gás.
Esse compromisso de entrega do equipamento no Porto de Paranaguá antes do dia 7 de fevereiro e a instalação até o dia 20 de fevereiro vem atender uma exigência da ANP, que tem sido mais rígida com as empresas de petróleo do mercado na questão da queima de gás oriundo da atividade exploratória. Esta é uma questão entre operadora e agência reguladora. Mas é fato de que existe um movimento muito forte global quanto a queima Zero de gás em unidades de produção e no Brasil, entendemos que esta consciência existe em ambas entidades” – destaca Marcelos Taulois ao NN.
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