sexta-feira, fevereiro 25, 2011

ES RECEBE MAIOR EQUIPAMENTO PARA ESCOAMENTO DE GÁS NATURAL


O maior equipamento utilizado para o escoamento da produção de gás natural já fabricado no Brasil foi transportado na última semana, para o Espírito Santo, conforme comunicado pela multinacional norueguesa Aker Solutions. Segundo a empresa, o equipamento, chamado Pipeline End Manifold (Plem), é uma estrutura de grande porte, que serve para interligar diversos campos produtores de gás natural, localizados no fundo do mar.

Em entrevista ao Nicomex Notícias, o presidente da divisão Subsea na América do Sul da Aker Solutions, Marcelo Taulois, explicou que o Plem é uma estrutura que recebe linhas de campos, neste caso do Parque das Baleias, Jubarte, BC-10, Cachalote, Catuá e Baleia Azul e combina estas linhas em uma linha de saída com maior diâmetro que vai para a terra.

“É de extrema importância sua funcionalidade na operação, pois elimina a necessidade de termos várias linhas chegando onshore. Também permite ligação entre os campos, passagem de pig e monitoramento através de um sofisticado sistema de controle submarino” – afirma o executivo que observa que houve no cenário nacional um aumento significativo na demanda de equipamentos submarinos para exploração de gás, principalmente na região do Espírito Santo.

Queima de gás

A Aker Solutions informou ainda que o transporte deste equipamento precisou ser feito ainda neste mês de janeiro porque a concessão de queima de gás da plataforma P-57 se esgota após 90 dias do início da produção, que foi em dezembro do ano passado. Ou seja, até 5 de março deste ano, a Agência Nacional de Petróleo permite que seja queimado o gás oriundo da produção do petróleo, até que os sistemas da plataforma sejam comissionados e a produção de gás seja suficiente para partir os compressores e iniciar a exportação de gás.

Esse compromisso de entrega do equipamento no Porto de Paranaguá antes do dia 7 de fevereiro e a instalação até o dia 20 de fevereiro vem atender uma exigência da ANP, que tem sido mais rígida com as empresas de petróleo do mercado na questão da queima de gás oriundo da atividade exploratória. Esta é uma questão entre operadora e agência reguladora. Mas é fato de que existe um movimento muito forte global quanto a queima Zero de gás em unidades de produção e no Brasil, entendemos que esta consciência existe em ambas entidades” – destaca Marcelos Taulois ao NN.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

CONSUMO DE GÁS NATURAL CRESCE IMPULSIONADO PELAS TERMELÉTRICAS



Impulsionado pela demanda das termelétricas, o consumo de gás natural aumentou 42,5% em dezembro de 2010 na comparação com o mesmo mês de 2009, de 36,5 milhões de metros cúbicos por dia para 52,02 milhões de metros cúbicos. A informação foi dada pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) na última quarta-feira (2). O forte aumento se explica pela decisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de usar as térmicas para recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que estava baixo no final de 2010.

Porém, o volume verificado em dezembro de 2010 é 36,6% inferior aos 23,52 milhões de metros cúbicos por dia de novembro de 2010, o que sinaliza a menor necessidade do uso das termelétricas para poupar os reservatórios e garantir a segurança do abastecimento de energia elétrica. A exemplo dos meses anteriores, o ponto negativo é a nova retração nas vendas de gás natural veicular (GNV). Nesse intervalo, a diminuição do consumo foi de 6,1%, para 5,70 milhões de metros cúbicos por dia, refletindo a menor competitividade frente ao etanol e à gasolina.

Com menor peso, o chamado mercado não térmico (indústrias, residências, comércio, gás natural veicular, cogeração, etc) contribuiu para o crescimento do consumo. No ranking estadual de vendas, as concessionárias do Rio de Janeiro lideraram em dezembro de 2010, com um volume de 16,8 milhões de metros cúbicos por dia. Em segundo lugar ficou o Estado de São Paulo, com 14,46 milhões de metros cúbicos por dia, seguido pela Bahia, com 3,99 milhões, pelo Espírito Santo, com 2,94 milhões, e por Minas Gerais, com 2,91 milhões de metros cúbicos por dia.

Recorde na produção

O Brasil bateu recorde na produção de gás natural totalizando 69 milhões de metros cúbicos ao dia, conforme informou a Agência Nacional do Petróleo (ANP), na segunda-feira (31). O resultado foi conseqüência, em parte, da exploração no campo de Rio Urucu, no Estado do Amazonas, onde se concentram cinco dos 30 campos de maior produção de gás natural do país, índica a agência reguladora.

Mais de 92% da produção de petróleo e gás natural vem de campos operados pela Petrobras, que tem ações negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova York (EUA), Madri (Espanha) e Buenos Aires (Argentina). Dos 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural, em barris equivalentes, só dois são operados por empresas estrangeiras: Frade (Chevron) e Ostra (Shell). Ambos ficam na bacia marinha de Campos, em frente ao litoral norte do estado do Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

Prospecção de petróleo no mar


Algumas pessoas dizem que o dinheiro faz o mundo girar. Outras acreditam que o ingrediente essencial é o amor, ou até a música. Mas o que quer que leve a humanidade a persistir dia após dia, nossa dependência quanto aos combustíveis fósseis deixa uma certeza: a graxa que lubrifica o giro do planeta é o petróleo.

Consumimos mais de 80 milhões de barris de petróleo ao dia. Para atender a essa demanda por combustíveis fósseis, as empresas petroleiras vasculham constantemente o planeta em busca de novas reservas. Como os oceanos recobrem três quartos da superfície da Terra, boa parte dessas reservas está sob a água.

Atingir esses locais de perfuração submarinos representa um grande desafio. Afinal, perfurar em terra já é bem complicado. Então, como fazer isso nas profundezas do mar e transportar o petróleo em estado líquido, gasoso ou sólido de volta à superfície? Como impedir que ele polua o oceano? E como fazer tudo isso, com toneladas de equipamento, em meio ao mar bravio?

Para superar esses obstáculos, as empresas petroleiras investiram bilhões no desenvolvimento de plataformas de petróleo offshore para a perfuração do leito do mar em busca de petróleo. A primeira delas foi construída em 1897, na ponta de um cais na Califórnia. Nos anos que se seguiram, os exploradores de petróleo avançaram mais e mais no oceano, primeiro em píeres e depois em ilhas artificiais. Em 1928, um empresário petroleiro do Texas criou a primeira plataforma móvel para prospectar em terras alagadas. A estrutura era pouco mais que uma balsa com uma torre de perfuração no topo, mas determinou o modelo para as décadas seguintes.

Nos anos que se seguiram, as empresas petroleiras avançaram mais e mais pelo oceano. Em 1947, um consórcio de companhias construiu a primeira plataforma que não se podia avistar da terra, no Golfo do México. Mesmo no Mar do Norte, onde o clima quase sempre é instável, há hoje muitas plataformas petroleiras.

As plataformas petroleiras modernas são estruturas verdadeiramente gigantescas. Algumas são como cidades flutuantes, que empregam e abrigam centenas de pessoas. Outras instalações imensas de produção ficam no topo de torres submarinas que descem até 1,2 mil metros sob o mar - muito mais altas que os mais ambiciosos arranha-céus do planeta. Em um esforço para satisfazer sua dependência dos combustíveis fósseis, os seres humanos construíram algumas das maiores estruturas flutuantes do planeta.

Nos próximos artigos, examinaremos como as empresas petroleiras vasculham o planeta em busca do ouro negro enterrado, e que métodos empregam para extraí-lo.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/