sábado, janeiro 22, 2011

Região Norte: petróleo sai da terra


Cerca de uma dezena de bacias sedimentares estão situadas na Amazônia Legal Brasileira, perfazendo quase dois terços dessa área territorial. Três delas - bacias do Solimões, Amazonas e Paranaíba - são as mais importantes, não só pelo tamanho - juntas ocupam aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros quadrados - mas principalmente pelo seu potencial.

A bacia do Solimões é a terceira bacia sedimentar em produção de óleo no Brasil, com uma reserva de 132 milhões de barris de petróleo. No entanto, a principal vocação da Amazônia é o gás natural. O estado do Amazonas tem a segunda maior reserva brasileira de gás natural do país, com um total de 44,5 bilhões de metros cúbicos. Nas outras duas bacias também têm sido encontradas acumulações de gás.

Em outubro de 1986, o sonho de prospecção petrolífera na Amazônia tornou-se realidade com a descoberta da província do Urucu, a 600 quilômetros de Manaus. Dois anos depois, o óleo já estava sendo escoado por balsas, através do rio Solimões, até a Refinaria Isaac Sabbá (UN-Reman), na capital do estado. Em 1998 teve início a operação do poliduto, com 285 Km de extensão, entre Urucu e Coari, cidade mais próxima da base petrolífera. O petróleo de Urucu é considerado o de melhor qualidade no país e dele são produzidos, principalmente, derivados mais nobres (de alto valor agregado) como diesel e nafta

A região Amazônica já é auto-suficiente em petróleo e parte de sua produção é exportada para outras refinarias da Petrobras, localizadas em diferentes regiões do país. Cerca de 92% da capacidade da UN-Reman é ocupada pelo petróleo de Urucu.

A exploração de petróleo na Amazônia, como também a atividade de produção, é mais difícil que em outras áreas terrestres do Brasil. As dificuldades operacionais estão relacionadas à localização das bacias, especialmente as do Solimões e Amazonas. Elas estão situadas em áreas remotas e florestadas, de difícil acesso, com muitas reservas indígenas e florestais, o que causa restrições operacionais e legais.

Exploração offshore ainda é sonho distante

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a quem as empresas operadoras (players) precisam prestar conta no caso de descobertas, na porção offshore da região foram detectados indícios de hidrocarbonetos (óleo e gás). Mas só quando acabar a fase de exploração, período em que são feitos os estudos sísmicos e a perfuração de poços é que se terá idéia do potencial de produção no mar.

Por enquanto, o forte mesmo na região é a exploração em terra, setor que já está organizado, principalmente devido ao trabalho realizado pelo Programa Cadeia Produtiva de Petróleo & Gás (PCPP&G), resultante do convênio entre a Petrobras e o Sebrae do Amazonas, em prol do desenvolvimento dos fornecedores locais.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Hamworthy dá suporte às descobertas de óleo e gás no Brasil


Hamworthy, grupo internacional especialista em manuseio de fluidos, reforça seu compromisso com o crescimento dos setores naval e offshore no Brasil abrindo o seu primeiro centro de serviços em 2011.

O compromisso da Hamworthy em oferecer soluções tecnológicas a valores competitivos e a busca por conteúdo nacional, tem sido recompensada por uma série de importantes encomendas de sistemas de manuseio de líquidos e gases. A Hamworthy possui presença estabelecida no Brasil desde os anos 70, oferecendo produtos e serviços através de seu agente Tridente.

A divisão Hamworthy Oil & Gas Systems recebeu recentemente do Estaleiro Promar S.A. um grande contrato para projeto e fornecimento de oito sistemas de manuseio de gás de petróleo liquefeito (GLP) para navios destinados à Transpetro, subsidiária da Petrobras. Os navios e os sistemas de manuseio e armazenagem de gás liquefeito serão projetados por especialistas da consultoria naval da Hamworthy na Polônia.

Em 2007 a unidade de negócios Oil & Gas Systems obteve uma encomenda de sua tecnologia de regaseificação para a FSRU Golar Winter (FSRU é a sigla para unidade flutuante de regaseificação e armazenagem). Localizada no Rio de Janeiro, na Baía da Guanabara, a embarcação tem papel importante no fornecimento de gás natural para a região do Rio de Janeiro. A tecnologia da Hamworthy permite que o gás natural na forma líquida (GNL) seja convertido em gás novamente, de modo confiável e seguro, e através de gasodutos, alimente a malha de distribuição de gás em terra. O sistema está em operação há mais de um ano.

No início do ano, a Gusto BV especificou bombas elevatórias de água salgada e bombas de incêndio da Hamworthy Pump Systems, para instalação à bordo da FPSO Cidade de Paraty, esperada em águas Brasileiras em 2013. A Gusto BV, braço de projeto, engenharia, aquisição, gerência de projetos e serviços de consultoria da SBM Offshore, irá operar a FPSO na área de pré-sal de Tupi Nordeste na Bacia de Santos, contratada pela Petrobras.

Na onda de contratos para clientes Brasileiros a Hamworthy também foi escolhida para fornecimento de equipamentos para a FPSO Papa Terra, da empresa BW Offshore. A Hamworthy fornecerá sistemas de bombas de carga, bombas elevatórias de água salgada e bombas de incêndio para a FPSO, que está em conversão no Estaleiro COSCO Dalian na China e entrega prevista para o final de 2011.

A conversão da FPSO Cidade de Paraty reforça os laços com o Estaleiro Keppel, especialista em construção e conversão de FPSOs, e o compromisso de investimento no setor offshore. O escopo de fornecimento da Hamworthy consiste em três bombas elevatórias de água salgada, tipo C42BB, para serviços pesados, de montagens a seco (não submersa), acionadas eletricamente para ser instaladas na casa de bombas da FPSO e duas bombas de incêndio tipo C22BA, também acionadas por motores elétricos para ser instaladas na praça de máquinas.

Em 2008 a Hamworthy conseguiu também obter pedidos para suas bombas de carga e sistemas de gás inerte para os dez navios tanques tipo Suezmax de 157,500 tpb, os maiores dos 26 navios em construção da primeira fase do programa de modernização e expansão da frota da Transpetro (PROMEF1).

“O Brasil é um mercado importante para empresas de tecnologia envolvidas nos setores Navais e Offshore,” segundo Paul Fleetwood, Diretor Gerente da Hamworthy Pump Systems, “e estamos planejando estender nossa capacidade em termos de serviços além do aumento de conteúdo de fornecimento local. “

A Hamworthy Oil & Gas Systems recentemente completou a instalação de seu sistema VIEC (vaso coalescedor eletrostático interno) no módulo separador de óleo da plataforma de Siri. A mesma divisão da Hamworthy foi também contratada para fornecer sistemas VIEC completos para a FPSO OSX-1 que será operada pela OGX Petróleo e Gás Ltda e prevista para locação em Waimea (Bloco BM-C-41) na Bacia de Campos Basin. A conversão da unidade está a cargo do Estaleiro Keppel.

O contrato representa a entrada desta nova tecnologia VIEC-LW que foi concebida para melhorar a separação e a qualidade do óleo produzido e da água de produção. O sistema VIEC será instalado em ambos, separador do primeiro estágio e separador de teste, melhorando o processamento do pesado óleo cru do Campo de Waimea. O contrato também representa a entrada em operação do sistema de detecção de interface do óleo com a água, o iPhase, que será instalado nos separadores melhorando o monitoramento dos sistemas.

Este ano a Hamworthy também entregou um sistema de gás combustível para o campo de Peregrino, operado pela Statoil em águas Brasileiras. A Hamworthy tem também percebido um maior interesse das companhias petroleiras pelo seu sistema de recuperação do gás que seria queimado no Flare (torre que queima gás) e sistemas de ignição, que resultam na redução de emissões para a atmosfera.

A tecnologia dos sistemas de recuperação de gás e de separação de óleo é o pilar da divisão de Tecnologia & Produtos da Aibel, adquirida pela Hamworthy em 2009, expandindo ainda mais sua presença no mercado de Óleo & Gás Offshore e adicionando novas tecnologias patenteadas para o Grupo Hamworthy.

A Hamworthy continuará aumentando a sua presença nos setores Naval e Offshore no Brasil, com o suporte necessário e a determinação de participar ainda mais dos planos de expansão de seus clientes.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Parque de refino: crescimento não para


Desde Mataripe (primeira refinaria brasileira e atual Refinaria Landulpho Alves - BA) em meados da década de 50, até os dias atuais, o parque de refino brasileiro não pára de crescer, absorvendo grandes contratações. De lá para cá, a Petrobras já conta com 11 unidades de processo no Brasil e quatro no exterior. Isso fora as duas únicas refinarias privadas do país - Manguinhos, no Rio de Janeiro, que processa 15 mil barris diários de petróleo, e a Ipiranga, no Rio Grande do Sul.

No entanto, além de não trabalhar com toda a capacidade instalada, a estrutura de refino brasileira foi projetada para processar óleo leve, sendo que a maior parte das reservas nacionais é de óleo pesado. Isso significa que nem todo petróleo extraído do solo brasileiro pode ser transformado em nossas próprias unidades. Esse é o motivo que obriga o país a continuar importando óleo, embora tenha atingido a auto-suficiência.

Nesse contexto de investimentos bilionários, é importante lembrar que toda infra-estrutura necessária à manutenção das operações de refino, guarda semelhanças muito grandes com a indústria de Exploração e Produção (E&P). Só em equipamentos como vasos, bombas, motores elétricos, fornos, ventiladores, compressores, instrumentos, válvulas de segurança e tanques as refinarias consomem valores estrondosos, não só na aquisição, mas principalmente na manutenção de toda essa estrutura em funcionamento (ver números).

Apesar de não ser em alto-mar, o esquema de refino prevê muitas outras características comuns ao setor de E&P, como ambientes insalubres, manejo de produtos perigosos e movimentação de cargas pesadas, fazendo com que os requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e treinamentos de segurança sejam imprescindíveis.

Setores como o metal-mecânico, eletroeletrônico, hidráulico, pneumático, de manutenção industrial, de projeto de engenharia, de construção e montagem são apenas alguns segmentos comuns, absorvidos tanto pelas regiões produtoras como as refinadoras. Isso sem contar a atuação na área de refrigeração, tratamento térmico, tecnologia da informação e serviços gerais.

Equilíbrio entre produção e refino

No site de informações aos investidores, a Petrobras reafirma que estratégia da empresa é crescer a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo da Petrobras, atendendo os níveis de qualidade de produtos requeridos pelo mercado. Nesse sentido, em 2011 entra em operação a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco). Em 2012 entra em operação o COMPERJ, em 2013 a refinaria Premium I e em 2014, a Premium II.

As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da Companhia com estimativas de produção de óleo e gás de 341 mil boed em 2013. A estimativa de produção de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior para 2013 é de 3.651 mil boed. Estão em construção duas plataformas semi-submersíveis (P-55 e P56) e a plataforma fixa de Mexilhão. Estão previstos para contratação, ainda neste ano de 2009, mais 23 navios petroleiros, somando mais 1,7 milhão de TPB, três navios para transporte de bunker e 24 navios de apoio marítimo, de um lote de 148 anunciado pela Petrobras. Nos próximos anos, as encomendas já anunciadas são de 124 navios de apoio, oito plataformas semi-submersíveis e FPSOs e 28 navios sonda para perfuração de poços em águas profundas.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/