segunda-feira, julho 18, 2011

MTE autoriza entrada de 13 mil estrangeiros no 1º tri



O governo brasileiro autorizou a entrada de 13.034 estrangeiros para trabalhar no País no primeiro trimestre deste ano, conforme dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é 13% maior do que o período de janeiro a março de 2010 - na ocasião, foram concedidas 11.530 autorizações, conforme a Coordenação Geral de Imigração (CGIg) do MTE. Segundo a nota do Ministério, o crescimento da procura de trabalho no Brasil reflete a expansão econômica local.

Além disso, o Brasil concedeu autorizações por questões humanitárias, realização de shows e trabalho temporário, de acordo com o coordenador geral de imigração e presidente do Conselho Nacional de Imigração (Cnig), Paulo Sérgio de Almeida. "Foram concedidas a haitianos autorizações para permanência no Brasil, por questões humanitárias. A realização de espetáculos no Brasil também aumentou, elevando em aproximadamente 700 autorizações para artistas estrangeiros, e cerca de 900 autorizações a mais foram concedidas para tripulantes a bordo de navios de turismo estrangeiro operando no Brasil", detalhou Almeida por meio de nota do ministério.

O MTE salientou que o número de estrangeiros com títulos de mestres, doutores e pós-graduados e que procuraram o Brasil no primeiro trimestre dobrou de um ano para o outro, passando de 163 em 2010 para 323 este ano. De qualquer forma, mais da metade das pessoas de outros países que receberam o aval do governo para trabalhar em terras brasileiras possui nível superior completo de escolaridade ou equivalente, um total de 6.831 pessoas.

Pré-sal

Desde a descoberta de petróleo em território nacional, tem sido grande a entrada de estrangeiros no Brasil para trabalhar nessa área. O ministério divulgou que as autorizações para profissionais que trabalham a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira que operam no Brasil, prestando apoio ao setor da exploração e produção de petróleo e gás no mar, somaram o maior número entre as temporárias; um total de 3.710 concessões. Apesar do número robusto, houve queda no volume de entrada em cerca de mil autorizações de janeiro a março de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010.

Entre os Estados que mais receberam trabalhadores estrangeiros no período estão o Rio de Janeiro, com 5.286 autorizações concedidas, São Paulo, com 4.990, e Minas Gerais, com 550. O Piauí foi o único Estado que não recebeu nenhum trabalhador estrangeiro. Por país de origem, a maior quantidade de trabalhadores com autorizações concedidas entre janeiro e março foi dos Estados Unidos, em um total de 1.857 autorizações. Em seguida estão Filipinas (1.183), Reino Unido (1.042) e Alemanha (759). Entre os países da América do Sul, a maior quantidade de autorizações foi para os colombianos, com 221. Entre os países do Mercosul, a Venezuela lidera a lista, com 141 autorizações concedidas.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/

OTC Brasil corre perigo



A realização da OTC Brasil está em perigo. A falta de apoio da Petrobras, da ONIP e do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) pode derrubar a força do evento que vem pela primeira vez ao Brasil e já parece chegar mambembe. Com toda a estrutura americana e o know-how trazidos de Houston, a empresa organizadora talvez tenha esquecido a etiqueta necessária ao desembarcar em terras alheias. Por aqui, as instituições oficiais reagiram com desprezo.

No Brasil, o setor de petróleo e gás é extremamente dependente da Petrobras. Seja direta ou indiretamente. E todos sabem disso. Uma feira internacional sediada no país com o intuito principal de promover parcerias para o Pré-sal, que não leve em conta quem mais tem influencia no setor área, está fadada a poucos resultados para ela e para os que vão expor suas marcas no evento.

A Petrobras confirmou que não apoiará e nem participará do evento, mas “não está comentando o assunto”, A ONIP também não, pois “o evento não faz parte do seu calendário de apoio”, e o IBP já disse que não apoiará a conferência, mas também não quis comentar o assunto, limitou-se a dizer que “não tem motivo”, e que o Instituto não apóia todos os eventos do setor. Seriam declarações aceitáveis se falássemos de uma feira sem muita prospecção, surgindo ainda com as pernas bambas. Porém não é o caso. A OTC Brasil é filha da OTC Houston, o maior evento do mundo que trata de offshore. A vinda de uma estrutura como essa, com o peso do nome que carrega desde 1969, quando surgiu, seria uma grande oportunidade, e o IBP, a ONIP e a Petrobras têm consciência disso. Provavelmente seria do interesse deles participar e figurar entre os apoiadores da conferência, mas o que parece estar nas entrelinhas é que o visitante chegou para o almoço, sentou na cabeceira da mesa e esqueceu de cumprimentar o dono da casa.

A OTC tem importância, mas, mesmo sendo merecida a sua fama, se vier ao Brasil fazer uma conferência que se pretende grandiosa e não tiver a Petrobras apoiando, o impacto será quase nulo. A feira está marcada para o início de outubro e o setor está interessado no encontro, mas algumas empresas já parecem dar sinal de insegurança. A organização do evento precisa analisar a situação com bastante cuidado, pois talvez ainda dê tempo de reverter o quadro.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Cai o número de profissionais formados em engenharia



Queda de 7% para 5,9% é observada no mercado nacional. Exploração de petróleo, projetos de infraestrutura e construção civil são os setores mais afetados

Apesar do aumento de pessoas com formação superior - de 324 mil no ano 2000 para 800 mil em 2009 -, o percentual de engenheiros graduados caiu de 7% para 5,9% no mesmo período. Os setores de exploração de petróleo, projetos de infraestrutura e construção civil foram os mais afetados.

Segundo a Agência Brasil, tal defasagem tem sido acompanhada pelas empresas e potenciais investidores que não costumam hesitar em procurar profissionais capacitados até mesmo fora do País.

Um estudo realizado pela Ricardo Xavier Recursos Humanos apontou que, das 2.197 oportunidades ofertadas no mercado de trabalho no último mês, cerca de 11,2% se referiam ao setor de engenharia e 10,9% ao comercial. Juntos, os segmentos foram responsáveis por 22,1% das vagas.

Para a coordenadora de consultoria da empresa, Veridiana Germano, tal cenário tem explicação. “A área de engenharia, de forma geral, está à frente do ranking de oportunidades desde o ano passado. O aumento no número de vagas é ocasionado pelos investimentos do governo em programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e pelas obras de infraestrutura para a Copa 2014 e Olimpíada 2016”, avalia.

Construção Civil

Os notáveis investimentos na construção civil, especialmente nas regiões metropolitanas, também têm favorecido a busca por engenheiros para a execução de projetos residenciais e comerciais. Contudo, neste quesito, ainda é possível observar um desacordo entre o esperado pelas empresas e o oferecido pelos profissionais.

“Existem setores onde a qualificação profissional é essencial. Este é o caso da área civil, por exemplo. Por mais incrível que possa parecer, o mercado ainda carece de profissionais que tenham qualificação técnica adequada e pleno domínio de outro idioma, como o inglês”, diz Veridiana.

Outras graduações em destaque

As empresas nacionais lideraram a abertura de vagas no mercado no mês de junho, contabilizando 76,24% das solicitações. As multinacionais, entretanto, proporcionaram apenas 23,76% das oportunidades.

Além do curso de engenharia, profissionais de outras graduações também se destacaram entre os mais requisitados, como os administradores, com 14,7% e os graduados em ciências contábeis, com 6,88%.

“O mercado está aquecido e a chegada de novas empresas no País acirrou ainda mais a carência de talentos. Não faltam oportunidades, mas o mercado exige cada vez profissionais mais qualificados”, observa o diretor geral da Ricardo Xavier Recursos Humanos, João Xavier.

Profissionais mais procurados:

Engenharia 22,97%
Administração 14,7%
Ciências Contábeis 6,88%
Economia 4,4%
Propaganda, Publicidade e Marketing 3,63%

Fonte: Ricardo Xavier Recursos Humanos jun/2011