quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Vazamento de gás suspende temporariamente produção de plataforma da Petrobras


Rio de Janeiro – A Petrobras informou que um vazamento de gás levou a suspensão temporária da produção de petróleo e gás da Plataforma P-50.

Segundo nota divulgada pela estatal brasileira do petróleo, o “incidente” ocorreu às 8h30 deste domingo (6) e foi normalizada a situação por volta das 11h45 do mesmo dia.

A Petrobras disse que o vazamento foi no trecho de superfície da linha de serviço do poço ABL-08, interligado ao navio-plataforma P-50, no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, mas a produção foi retomada em seguida.

“Imediatamente foi acionado o Plano de Emergência, com o deslocamento da brigada de incêndio e das equipes para os pontos de reunião para assegurar a máxima proteção dos trabalhadores, do meio ambiente e da unidade”.

Ainda segunda a Petrobras, às 11h45, quando o vazamento foi estancado as equipes retornaram para seus postos. “A situação foi informada às autoridades competentes e a produção está normalizada. A Petrobras iniciou a apuração das causas do vazamento”.

Maior unidade de produção em operação no país, a P-50 é responsável pela extração de 180 mil barris diários de petróleo equivalente (petróleo e gás), cerca de 10% de toda a produção nacional – hoje superior a 2 milhões de barris dia.

No último dia 19, um incêndio já havia paralisado a produção da plataforma de Cherne 2, também instalada na Bacia de campos, mas que já foi retomada.

Fonte: http://navalbrasil.com/?p=1828v

Navio e submersível iniciam pesquisa no mar capixaba


Trazidas pelo grupo capixaba Cepemar, as embarcações vão revolucionar a pesquisa oceanográfica e ambiental

O navio de pesquisa R/V Seward Johnson e o submersível Sea Link 2 deixam o porto de Vitória hoje (08), para realizarem um monitoramento ambiental costeiro e oceânico nos mares capixabas. A embarcação, inédita no país e trazida pelo grupo capixaba Cepemar, leva a bordo algumas das tecnologias mais avançadas para pesquisa oceanográfica e ambiental do mundo.

O Seaward Johnson chegou ao Espírito Santo em dezembro de 2010, tendo em seguida partido para a região de Abrolhos, no sul da Bahia, para uma expedição científica, onde permaneceu até o dia 27 de janeiro deste ano.

Com 62 metros de comprimento e 3,6 de calado, o navio oceanográfico é equipado com o que mais interessa aos pesquisadores: tecnologia de ponta para a coleta de dados biológicos, químicos, oceanográficos, geológicos e meteorológicos, laboratórios bem equipados para a realização de análises a bordo e acomodações completas e confortáveis. Com autonomia de 30 dias e um raio de ação de 6.000 milhas náuticas, o Seward Johnson é capaz de realizar travessias e cruzeiros de longa duração sem necessidade de interrupção dos trabalhos.

O submersível Sea Link 2 é dotado de tecnologia inédita no país, permitindo que os pesquisadores realizem mergulhos a até 900 metros de profundidade, observando o fundo do mar a olho nu. Além disso, é possível realizar a coleta de amostras de sedimentos e biológicas, bem como a realização de filmagens e fotografias, permitindo uma completa caracterização ambiental.

Em Abrolhos, a equipe multidisciplinar recrutada pela Cepemar, formada por nove pesquisadores brasileiros e cinco observadores internacionais, teve a oportunidade de conhecer a embarcação e o submersível, além de coletar dados preliminares sobre corais de média e alta profundidade com o objetivo de subsidiar futuros projetos científicos na região.

Após a expedição em Abrolhos a embarcação fica à disposição da Petrobras, que contratou o Grupo Cepemar e o navio para realizar uma pesquisa do ambiente marinho ao longo do litoral brasileiro. Os trabalhos serão iniciados no Espírito Santo e passarão pelas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP), com algumas atividades em outros locais de norte a sul do país.

Fonte: http://navalbrasil.com/

Sudão ainda vai discutir divisão de seu petróleov


divisão da indústria do petróleo do Sudão em norte e sul vem se tornando um desafio parecido com o de separar gêmeos siameses, fato que vem deixando os chineses com interesses no país desconfortáveis, na hora em que se prepara a secessão.

Os resultados finais divulgados ontem mostraram que quase 99% dos 3,9 milhões de eleitores do sul do país votaram pela separação do norte, muçulmano e de liderança árabe, no plebiscito realizado em janeiro.

O resultado deverá significar o surgimento de um independente Sudão do Sul em 9 de julho, depois de cinco décadas de uma guerra civil intermitente.

Entre as muitas questões que o norte e o sul terão de negociar até lá – como os direitos de cidadania e suas moedas -, a do petróleo está entre as mais complicadas. Um acordo de divisão da riqueza proporcionada pelo petróleo, incluído em um acordo de paz firmado em 2005, deverá expirar em julho.

As receitas com a produção de petróleo, estimada em 500 mil barris por dia, são muito importantes para o norte e o sul. Os dois lados precisam decidir como vão dividir três blocos de produção que transpõem a fronteira, e administrar contratos, infraestrutura, funcionários, dívidas com petróleo e sistemas tributários.

A estatal de petróleo chinesa CNPC tem uma participação de 40% nesses blocos, através do consórcio Greater Nile Petroleum Operating Company (GNPOC), na qual a Petronas da Malásia tem uma participação de 30%, a indiana ONGC Videsh possui 25% e a companhia estatal sudanesa Sudapet tem os restantes 5%.

"Retalhar o consórcio GNPOC ao longo da fronteira poderá ter consequências terríveis para todas as partes envolvidas", disse um relatório feito pela rede de pesquisas European Coalition on Oil in Sudan, intitulado "Como Separar Gêmeos Siameses".

Um funcionário graduado da CNPC disse ao "FT" que as companhias do GNPOC querem que o contrato atual continue inalterado, com os blocos sendo administrados por uma joint venture formada entre os dois novos Estados.

A perfuração e outras atividades já envolverão o cruzamento diário da fronteira, disse o funcionário. "A pior coisa para as joint ventures é separar completamente as coisas", acrescentou ele. "É muito fácil falar sobre a superfície, mas muito difícil falar sobre o que está abaixo da superfície. É impossível saber quanto existe no sul e quanto existe no norte."



Há também dúvidas sobre os planos de construção de um oleoduto no sul, defendido pelo partido que está no poder, o Movimento de Libertação do Povo do Sudão, como meio de libertar a região da dependência da infraestrutura do norte.

A produção dos campos relevantes deverá atingir um pico no ano que vem, e estes poderão secar dentro de 15 anos, disse o funcionário da CNPC. "Se o governo do sul quiser construir um oleoduto, isso levará muito tempo e onde está o financiamento?"

Sob o acordo atual, o norte e o sul dividirão igualmente as receitas. Mas o sul há muito afirma que vem recebendo pouco dinheiro e o vice-presidente Riek Machar, que está encarregado das negociações para o sul, disse ao "FT" que o sul tentará obter um pagamento retroativo se obrigações não cumpridas surgirem. A Lei do Referendo prevê a negociação de contratos de petróleo em qualquer cenário pós-referendo, embora o sul tenha tentado até agora garantir aos investidores que vai honrar os contratos pré-2005.

A China, que há muito tempo vem sendo criticada por seus laços próximos com Cartum, também se movimentou rapidamente para se mostrar receptiva ao sul independente, depois de apoiar anteriormente a unidade do país.

"O petróleo é um pilar da economia – todo mundo depende dele e nós esperamos que as diferenças entre o norte e o sul sejam resolvidas, para que isso não afete a produção", disse Zhang Jun, cônsul da China para assuntos econômicos em Juba, a capital do sul. "Para isso, precisamos de cooperação."

Fonte: http://navalbrasil.com/