sexta-feira, agosto 27, 2010

PETROBRAS DISPUTA PRÉ-SAL DE ANGOLA




A última semana começou com a notícia de que a Petrobras está se preparando para participar da licitação de blocos no pré-sal angolano. Organizado pelo governo local, o prazo para a entrega das propostas termina no próximo dia 31. De acordo com fontes, apesar de ter reduzido seus investimentos no mercado internacional, a Petrobras tem interesse estratégico em descobrir petróleo no pré-sal de Angola. Com menos recursos para investir no exterior, a ideia da estatal é participar da licitação como operadora detentora de 20%, associada a outras empresas que ficariam com 80%.

Para participar dessa disputa, a Petrobras já vem se preparando para enfrentar dois fortes competidores que são a China e a índia. O país africano tem estabelecido relações mais próximas nos últimos anos com esses gigantes asiáticos, usando, inclusive, as linhas de crédito do China Eximbank. No entanto, o governo angolano tem sinalizado que deseja diversificar os investidores, buscando interessados de outros países, em especial do Brasil.

Ainda na terça-feira, dia 20, o destaque nos principais jornais do país foi a notícia de que o Porto do Rio terá uma área destinada a embarque de equipamentos e cargas do pré-sal da Bacia de Santos. Segundo o presidente da companhia Docas, Jorge Luiz de Mello, será licitada área equivalente a dois terços do terminal público do Porto carioca para atividades offshore. Mello afirmou ainda que a Petrobras já realiza operações no porto, porém ainda como teste. Não há estimativa de volume, mas é provável que a estatal deverá usar também outros terminais para atender suas atividades no pré-sal, além dos já existentes e do porto do Rio.

No dia seguinte, a estatal voltou a ser notícia. Desta vez, por conta da declaração do diretor de investimentos do Fundo de Pensão dos funcionários da Petrobras (Petros), Luiz Afonso, que demonstrou o grande interesse de participar da capitalização da estatal. Além disso, o Fundo está avaliando investimentos em projetos ligados à cadeia produtiva do pré-sal, inclusive a possibilidade de virar sócio de empresas que construirão as 28 sondas encomendadas pela Petrobras e cujo processo licitatório termina neste mês. As encomendas têm um custo total avaliado em US$ 22 bilhões. Uma das possibilidades estudadas pela Petros para as sondas seria usar o modelo de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) que a organização já utiliza em investimentos de infraestrutura, transporte e energia.
Braskem desenvolve resinas para atender pré-sal

As oportunidades geradas com a exploração de petróleo no pré-sal animaram a Braskem, companhia que atende o setor petroquímico, a desenvolver novos produtos. A companhia anunciou que está lançando neste mês duas resinas de polipropileno, resina derivada de petróleo, para atender o crescente mercado de revestimentos plásticos para tubulações de aço utilizados da exploração de petróleo e gás em águas marítimas profundas. Até então, o mercado brasileiro era atendido por importações. Para o diretor de negócios de polipropileno da companhia, Walmir Soller, a atividade tem tudo para ser promissora. “Nossa perspectiva imediata é realizar vendas de seis toneladas em 2010 e dobrar o volume até 2013” – afirmou o executivo.

Fonte: http://www.universodopetroleo.com.br/

Saiba como acontece o processo de coqueamento


O Coqueamento Retardado é um processo de craqueamento térmico utilizado em refinarias de petróleo, com o objetivo de aumentar a conversão dos resíduos de destilação do petróleo (resíduos de vácuo, resíduos atmosféricos, óleos decantados), transformando-os em produtos mais leves e de maior valor agregado.

O coque de FCC é um produto que se deposita na superfície dos órgãos de catalisador, resultante da degradação do gasóleo nas Unidades de Craqueamento Catalítico. É queimado no processo de regeneração contínua do catalisador fornecendo energia para o aquecimento de carga e para a geração de vapor.

O coque do petróleo é um produto sólido, negro e brilhante obtido por craqueamento dos resíduos pesados (coqueamento). Queima sem deixar cinzas.

Uma das características deste processo é a geração de um material sólido muito concentrado em carbono chamado coque. O coque pode apresentar três estruturas físicas distintas: shot, esponja e agulha. E a sua estrutura física e suas propriedades químicas é que vão determinar a sua utilização final como combustível; anodos para indústria de alumínio; eletrodos para indústria metalúrgica, dentre outros.

Nas refinarias o coque é produzido nas Unidades de Coqueamento Retardado (UCR).

O processo de coqueamento é muito importante para óleos pesados, que é o caso brasileiro. Esse processo é altamente rentável e está sendo cada vez mais implantado nas refinarias.

Por Alexandre Guimarães, fonte: Nicomex

Fonte: http://www.universodopetroleo.com.br/

Saiba como acontece o processo de craqueamento catalítico


Por definição, craqueamento é a transformação por ruptura (cracking, quebra) de moléculas grandes em moléculas menores. Utilizado para transformar óleos pesados, de pequeno valor, em derivados de petróleo mais leves, como GLP e nafta, produtos de maior valor.

Desta forma, o craqueamento catalítico é realizado com a presença de catalisadores, que são partículas finamente divididas, que possuem a função de auxiliar na reação de craqueamento, aumentando sua eficiência sem interferir na reação.

O craqueamento catalítico é um processo de refino do petróleo utilizado para aumentar a produção de gasolina e GLP de uma refinaria através da conversão de frações pesadas, provenientes da destilação do petróleo (gasóleo e resíduos), em frações mais leves. Este processo é largamente utilizado em todo o mundo, uma vez que a demanda de gasolina em vários países é superior á dos óleos combustíveis. O craqueamento catalítico corrige o déficit da produção de gasolina e GLP, suplementando a diferença entre a quantidade obtida diretamente do petróleo e a requerida pelo mercado mundial crescente. De maneira bastante simplificada, o processo de craqueamento consiste em um reator, o riser; um ciclone, para separar as partículas de catalisador dos produtos; e um regenerador, onde estas partículas são reativadas pela queima do coque depositado sobre sua superfície.

Uma Unidade de Craquemento Catalítico Fluído, também conhecida como U-FCC, tem como objetivo a produção de alta octanagem. A U-FCC, ao contrário das unidades de destilação atmosférica e a vácuo, nas quais ocorria uma separação física em colunas de destilação ocorre também reações químicas, onde a carga da unidade é o gasóleo pesado, o qual entra em contato com minúsculos grãos chamados catalisador, à uma temperatura de cerca de 500ºc, ocorre então a quebra dos hidrocarbonetos longos, gerando uma mistura de hidrocarbonetos menores, que são a seguir separados em uma coluna de destilação.

No fundo é retirado resíduo aromático, no meio óleo leve e no topo uma mistura de gás combustível, GLP e gasolina que são enviados para a unidade concentradora de gases onde são separados, após sendo tratados para a retirada de compostos de enxofre.

Por Alexandre Guimarães, fonte: Nicomex

Fonte: http://www.universodopetroleo.com.br/

PETROBRAS VAI INSTALAR USINA DE BIODIESEL DE PALMA NO PARÁ


A Petrobras anunciou, no último dia 06, a realização do primeiro passo para a implantação de uma usina de biodiesel feito a partir de óleo de palma no Pará. O marco do início desse projeto, divulgado em maio, se deu através do arrendamento de terra para o plantio de um viveiro de mudas no município de Mocajuba. Com essa usina, a estatal pretende ser referência no mundo e alongar a parceria no estado por, no mínimo, 25 a 30 anos, conforme relatou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.

A usina, que tem um investimento previsto de R$ 330 milhões, terá capacidade de produzir 120 milhões de litros de biodisel ao ano. Esse volume será destinado à região Norte, após o início das operações, projetado para julho de 2013. Como complemento do empreendimento, a Petrobras irá instalar dois complexos industriais para extrair o óleo da palma, incluindo esmagadoras e uma unidade cogeração de energia elétrica. Para o plantio, estão reservados 300 hectares de terra para que sejam cultivados 1,1 milhão de sementes.

O cronograma de implementação da usina segue com o plantio das mudas, que está previsto para dezembro de 2011, para que se tenha a primeira colheita a partir de 2014. Outra etapa importante do projeto Biodiesel Pará é o cadastramento de agricultores familliares da região, que receberão mudas, assim como os parceiros da Petrobras Biocombustível. Esse mapeamento geográfico das propriedades é essencial para a obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e para o processo de regularização fundiária.
Valores paralelos
O processo de criação da usina de biodiesel no Pará ainda trabalha em duas frentes que agregam valor ao projeto. No âmbito ambiental, a estratégia de suprimento da unidade de biodiesel prevê o plantio de palma em áreas desmatadas, recuperando-as e contribuindo para o equilíbrio ecológico, além de gerar desenvolvimento econômico. “Estão previstos investimentos em projetos sociais nestas áreas no âmbito do programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania. Os projetos estão em fase de definição”, ressaltou Miguel Rosseto, em visita técnica à Mocajuba.

A segunda frente paralela beneficiada pela usina é a área tecnológica, representada pelos investimentos em desenvolvimento agrícola para gerar mais sustentabilidade ao projeto. Para tanto, a Petrobras Biocombustível, através de um método provido pela Embrapa, trabalha em um modo de evitar a queimada, reduzindo em cerca de 80% a emissão de CO2 no preparo da terra. A pesquisa ainda prevê a fertilização do solo por meio da decomposição de resíduos vegetais.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

BATERIAS ARMAZENAM GERAÇÃO EÓLICA NOS EUA


Por definição, a geração de energia eólica apresenta uma dificuldade conceitual bem clara. Como depende dos ventos, esse tipo de solução acaba enfrentando alguns obstáculos naturais para se afirmar como uma alternativa viável comercialmente. No entanto, algumas saídas já existem e têm sido desenvolvidas com sucesso. É o caso de algumas empresas norte-americanas, que estão utilizando baterias para armazenar a energia eólica que produzem e não tem para quem vender.

Como é difícil programar e prever com segurança os ventos, ocorre um desequilíbrio entre oferta e demanda. Dessa forma, as chamadas fazendas eólicas acabam tendo que armazenar energia nos períodos fracos, ajustando as lâminas dos geradores de modo a captar pouco vento e não produzir excedente. “São chamadas de fazendas eólicas as instalações de aerogeradores em grandes grupos, onde a potência de cada unidade também é elevada. Os geradores elétricos das diferentes unidades são interconectados entre si por meio de conversores eletrônicos, sendo feita então a ligação da fazenda eólica a uma subestação próxima, para comercialização da energia gerada”, explica o professor do Departamento de Energia Elétrica da UFRJ, Guilherme Rolim, ao Nicomex Notícias.
Dessa forma, as operadoras que estão acostumadas a ajustar a oferta para atender à demanda por energia, se vêem obrigadas a fazer o contrário e procurar a estabilidade de acordo com a flutuação da oferta de ventos. Para isso, locais como o Havaí, que pretende ter 70% da energia vinda de fontes renováveis, adotam como melhor solução a utilização de baterias de armazenamento. Nova York e Califórnia vão pelo mesmo caminho e acumulam quantidade suficiente para permitir comprar energia a preço baixo e vendê-la mais caro, sem prejudicar seu “estoque”.
Na opinião do professor Rolim, no Brasil não existem instalações desse tipo, mas como há muitas usinas hidrelétricas, os próprios reservatórios dessas usinas podem fazer o papel de armazenadores de energia, acumulando água enquanto é usada a energia eólica disponível num dado momento. “Devido à complexidade tecnológica desse tipo de sistema de armazenamento, acredito que ainda não seja viável comercialmente”, explica o especialista, a respeito do mecanismo norte-americano.
Realidade brasileira
Enquanto no Havaí, espera-se conseguir 70% de uso de fontes renováveis, no Brasil, o panorama não é o mesmo. Segundo Rolim, a participação eólica na matriz brasileira ainda é pequena, inferior a 1%. “Mas a tendência é que cresça rapidamente, pois há um grande potencial de geração eólica para o país como um todo”, ressalta, lembrando que a disponibilidade de energia proveniente dos ventos no país é comparável à da usina de Itaipu. “Além disso, o governo tem dado incentivos e já existem algumas fazendas eólicas operando comercialmente, com bons resultados, no Sul e no Nordeste. Em função disso, houve uma grande oferta de geração eólica nos recentes leilões de energia, com a habilitação de dezenas de novos projetos”, finaliza o professor

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/