segunda-feira, outubro 11, 2010

Alemã Schulz fecha fornecimento de tubos ao Comperj


A Schulz América Latina, subsidiária da Schulz alemã, informou ontem, durante a Rio Oil & Gas, que assinou contrato para fornecer tubos de aço inoxidável para a unidade de destilação atmosférica da primeira refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo Marcelo Bueno, presidente da empresa, o contrato, firmado com a empreiteira Alusa, responsável pela obra da unidade, tem valor inicial de R$ 20 milhões, mas pode passar de R$ 100 milhões se forem incluídos outros pacotes de tubulações destinados ao conjunto de destilação.
Bueno disse que a Schulz, que desde 2007 construiu três fábricas em Campos dos Goytacazes (RJ), venceu uma concorrência internacional para fornecer os tubos, superando, inclusive, a desvantagem à produção brasileira com o câmbio valorizado. Os tubos serão construídos, na quase totalidade, com aço nacional, fornecido pela ArcelorMittal Inox.
Segundo Bueno, a empresa negocia agora com a Alusa o fornecimento das conexões para a mesma unidade. A Schulz quer também propor que os tubos sejam entregues em comprimentos de 12 e de 18 metros, em vez dos 6 metros habituais. Isso vai reduzir o tempo da obra e aumentar a qualidade da soldagem das tubulações que pode ser feita automaticamente na fabrica de Campos. A unidade de destilação atmosférica é apenas uma das muitas partes em que está dividida a primeira refinaria do Comperj, projetada para 165 mil barris de óleo por dia. Pelo menos outras três já foram licitadas, incluindo a de coque e a de hidrotratamento. A refinaria tem início de operação previsto para o primeiro semestre de 2013. Para 2017 está prevista a parte petroquímica do Comperj e no ano seguinte, outra refinaria.
O executivo da Schulz disse que o primeiro semestre deste ano foi abaixo da expectativa em termos de encomendas, entre outras coisas porque as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, não andaram no ritmo esperado. Mas agora no segundo semestre, segundo ele, está havendo uma forte recuperação, permitindo que a empresa possa alcançar os R$ 150 milhões de faturamento projetados para 2010 (R$ 140 milhões em 2009).
Para 2011, a expectativa do executivo é de uma aceleração das encomendas, tanto na área de petróleo como em outras áreas industriais, como papel e celulose e termeletricidade. Bueno disse que as boas perspectivas permitem à Schulz projetar para o próximo ano crescimento das vendas superior a 20%, retomando um ritmo dos três primeiros anos de operação da empresa no Brasil.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/

Petróleo estabiliza-se em NY depois de ter superado US$ 82


NOVA YORK — O preço do petróleo estabilizou-se nesta segunda-feira em Nova York, depois de ter superado os 82 dólares durante a sessão, seu nível mais alto dos últimos dois meses, ultrapassando os 84 dólares em Londres.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em novembro terminou em 81,47 dólares, em baixa de 11 centavos em relação à sexta-feira.

Depois de ter ganhado mais de cinco dólares na semana passada, subiu nesta segunda-feira para 82,38 dólares, seu nível mais alto desde 6 de agosto, estabilizando-se posteriormente.

No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu 47 centavos, a 83,28 dólares, tendo subido na sessão até 84,41 dólares, seu teto desde 5 de maio.

"A direção do mercado está ditada pelo dólar", comentou Rich Illczyszyn, da corretora Lind-Walkock. "O aumento das últimas quatro ou cinco sessões foi provocado pela evolução das moedas", disse. A queda da moeda americana nas últimas duas semanas impulsionou os preços das matérias-primas (principalmente petróleo, ouro, prata), que as tornam mais atrativas para os compradores que contam com outras moedas.

Mas o dólar recuperava-se parcialmente nesta segunda-feira, pressionando os preços para baixo.

"A bolsa está em baixa (em NY), o dólar se fortalece, é uma anomalia" ver que o petróleo alcança novos tetos, comentou, por sua vez, Matt Smith, da Summit Energy. "É a continuação do movimento da semana passada".

Os preços foram sustentados na semana passada por uma inesperada queda das reservas petroleiras americanas, um alívio para o mercado depois que os estoques de petróleo alcançaram seus níveis mais altos em 20 anos no fim do verão no Hemisfério Norte.

Segundo Smith, beneficiam-se também de um fenômeno de recuperação: começaram a subir na última semana de setembro, enquanto os mercados de ações e os preços dos metais tinham se orientado para cima desde o início do mês.

Fonte: http://www.google.com/

Setor de petróleo é dos que causam preocupação

Depois do vazamento da BP, no Golfo México, empresas do setor de petróleo que operam no Brasil começaram a se preocupar com o que estão chamando de "risco Petrobras". Não se trata do risco de um vazamento semelhante na costa brasileira. Mas de um temor de que Brasília siga o exemplo do presidente americano, Barack Obama. Após o acidente, Obama declarou uma suspensão de novas atividades petroleiras no Golfo durante seis meses. Para evitar perdas que poderiam ser causadas por uma moratória como a de Obama, as empresas estrangeiras com operações no Brasil já estão tentando fazer um seguro para o risco Petrobras. "Essa é uma preocupação que os estrangeiros do setor passaram a ter no Brasil depois do caso da BP", diz Keith Martin, da Aon.
A Aon no Brasil, diz Martin, já fez uma cotação para uma empresa do setor petrolífero. "Pediram uma apólice bastante alta, de US$ 200 milhões, para o caso de um eventual rompimento de contrato por parte da Petrobras. O prêmio ficou em 1% desse valor", disse. O negócio não foi fechado ainda. Martin crê que coberturas assim estejam sendo negociadas no mercado de seguro europeu.
Outro risco associado ao Brasil é a violência. "Há dois anos, uma empresa do norte da Europa nos procurou dizendo que tinha planos de se instalar no Brasil", lembra Geert Aalbers, da Control Risks. Em geral, os europeus são muito cautelosos quando se trata de riscos de segurança. A empresa, que Aalbers preferiu não identificar, fabrica bens de consumo bastante visados e o medo era em relação ao roubo de carga e à exposição de seus funcionários. "Treinamos o pessoal deles, criamos procedimentos internos para o transporte das mercadorias, orientamos o emprego de dispositivos contra roubo nos caminhões", diz. "Eles acharam os riscos gerenciáveis e estão instalados aqui."
Quanto ao risco político, essa não é mais uma preocupação de multinacionais e investidores que consultam empresas de risco quando falam de Brasil.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/