segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Empresas dão bolsas para atrair jovens


Em janeiro, Ana Patrícia Vianni, 18, acumulou duas vitórias: passou no pós-médio de eletricista e conseguiu o primeiro emprego.

Ela foi aprovada com outros 31 jovens de 18 a 24 anos para o curso criado pela CPFL Energia em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

Todos os estudantes recebem remuneração. São empregados como aprendizes (cujo contrato tem duração de até dois anos), têm carteira de trabalho assinada e recebem R$ 622 por mês.

A proposta da empresa de energia, cada vez mais comum em grandes companhias, é oferecer treinamento com o objetivo de recrutar os estudantes que conseguem concluir o curso.

"Os que não forem absorvidos diretamente pela companhia podem ser contratados por outras empresas do setor", diz Alfredo Bottone, diretor de RH da CPFL.

Na Vale, o índice de retenção das 3.000 pessoas formadas no curso de mineração oferecido pela companhia no ano passado foi de 70%, segundo a gerente de educação técnica Ana Albertim.

A empresa oferece bolsa competitiva, que vai de R$ 900 a R$ 1.300 - o valor médio no país para alunos do ensino técnico é de R$ 561,79, segundo estudo realizado em 2011 pelo Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola).

EXPERIÊNCIA

O teto da remuneração é garantido na etapa prática do programa, em que os alunos atuam como aprendizes dentro da própria Vale.

Já a Petrobras, que fechou parceria com 12 instituições de ensino para oferecer opções de cursos, garante bolsa de R$ 350 a estudantes do setor de petróleo e gás.

Além da iniciativa privada, o governo de São Paulo também aderiu à iniciativa de remunerar futuros técnicos. Pelo programa Via Rápida Emprego, são ofertadas bolsas de R$ 330 por mês para estudantes desempregados.


Fonte: FOLHA.COM

Acadêmicos defendem criação de centro de prevenção de vazamento de óleo no mar



Rio de Janeiro – O diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Segen Estefen, à Agência Brasil que o primeiro vazamento na área do pré-sal, ocorrido na terça (31) em um poço operado pela Petrobras na Bacia de Santos, reforça a necessidade de criação, no país, de um centro de monitoramento e prevenção de acidentes no mar. A sugestão da academia já foi encaminhada ao Ministério de Minas e Energia.

A Petrobras dispõe de nove Centros de Defesa Ambiental (CDA) que atuam no combate a vazamentos de óleo e outras emergências no mar. São os CDAs do Rio de Janeiro, Macaé, São Paulo, Bahia, Sul, Centro-Oeste, Rio Grande do Norte, Maranhão e Amazônia. Segundo informou a assessoria de imprensa da estatal, “os centros estão à disposição também para atender outros acidentes com outras empresas, não só de petróleo”.

A Petrobras informou ainda que, embora não disponha de uma unidade específica de prevenção de acidentes no mar, essa preocupação está presente em todos os órgãos operacionais. “Não tem um centro específico para isso, mas o próprio Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) tem áreas que estudam isso”, esclareceu a estatal.

Segen Estefen avaliou, porém, que é preciso ter procedimentos bem definidos de prevenção que possam usados ao longo dos próximos anos. “A produção de petróleo vai se intensificar, a probabilidade de vazamentos vai aumentar e nós temos que ter um grupo de especialistas focados nesse assunto”, defendeu ele. Embora o volume de óleo vazado na Bacia de Campos tenha sido pequeno, estimado em 25,5 mil litros, e tenha ocorrido longe da costa (a 250 quilômetros de Ilhabela, em São Paulo), “isso não deve servir de consolo para que nós não façamos nada”.

Reforçou que o Brasil tem de desenvolver procedimentos adequados para minimizar os impactos dos vazamentos e, também, para estancá-los. Para isso, precisa ter profissionais trabalhando de forma contínua, que priorizem a proteção ambiental.

O centro deverá ser coordenado pela Coppe, mas estará aberto à participação de pesquisadores e especialistas de outras instituições. E vai se articular com programas de pesquisa e desenvolvimento dedicados às questões ligadas ao meio ambiente marítimo. “Além da vigilância que devemos ter do mar, através de imagens de satélite, que hoje já estão disponíveis na Coppe, nós temos que dar ênfase à maior confiabilidade dos equipamentos e das operações ligadas à exploração e produção de petróleo no mar”.

Fonte: Jornal do Brasil