terça-feira, junho 28, 2011

OSX inicia em julho obras de estaleiro no Porto do Açu


A obra deve ser concluída no primeiro trimestre de 2014, mas a unidade já iniciará o corte de chapas em 2012
Rio - A OSX, empresa do setor naval offshore do grupo do empresário Eike Batista (EBX), marcou para julho o início das obras de seu estaleiro no Complexo Industrial do Superporto do Açu, no município de São João da Barra (RJ). O sinal verde veio da confirmação da licença de instalação do empreendimento, concedida no último dia 22 pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão ambiental fluminense.

Com a licença, a empresa informou hoje que iniciará já no próximo mês as obras da Unidade de Construção Naval (UCN), que deverá se tornar o maior estaleiro das Américas. O empreendimento tem um orçamento estimado em R$ 3 bilhões e é fruto da parceria entre a subsidiária OSX Construção Naval e a sul-coreana Hyundai Heavy Industries. As obras deverão criar 3,5 mil empregos na fase de construção e até 10 mil na de operação, segundo a OSX.

Na semana passada, o Fundo de Marinha Mercante concedeu status de prioridade para o projeto, o que abre caminho para o financiamento público de boa parte do orçamento. Segundo a OSX, a linha de crédito pode alcançar R$ 2,7 bilhões.

A obra deve ser concluída no primeiro trimestre de 2014, mas a unidade já iniciará o corte de chapas em 2012 para atender a integração de plataformas do tipo FPSO e outras atividades previstas para iniciarem em 2013. A empresa tem uma série de encomendas da OGX, empresa do grupo EBX que explora petróleo e gás na Bacia de Campos.

"Trabalhamos com entusiasmo para botar de pé o maior estaleiro das Américas e, assim, poder construir, com conteúdo nacional, a imensa quantidade de equipamentos navais que o nosso País precisa para produzir o petróleo que temos descoberto em águas nacionais", comemorou Luiz Eduardo Carneiro, diretor presidente da OSX, em nota.

Inicialmente previsto para ser construído no litoral de Santa Catarina, o estaleiro vinha enfrentando dificuldades no licenciamento ambiental. Com a decisão de construir um canal de drenagem no norte fluminense, o governo do Rio convidou a OSX a instalar seu estaleiro na região, que ganharia condições geográficas favoráveis ao empreendimento com a obra pública
Há um ano a OSX já tocava o licenciamento no Rio em paralelo ao de Santa Catarina. Pesou na decisão pelo Rio, no fim de 2010, a integração ao complexo industrial do Porto do Açu, outro projeto de Eike em São João da Barra, para o qual o governo do Rio desapropria terras para a instalação de indústrias. Entre elas, duas siderúrgicas que poderão fornecer aço ao estaleiro.

Segundo a OSX, entre as contrapartidas socioambientais previstas na licença da UCN estão investimentos de R$ 34 milhões em obras de saneamento em São João da Barra e de R$ 37 milhões em unidades de conservação ambiental.

A licença de instalação foi concedida pouco depois de o empresário Eike Batista, presidente do conselho da OSX, ter emprestado um avião para uma viajem particular do governador do Rio, Sérgio Cabral. O fato foi revelado pelo acidente de helicóptero na Bahia que matou a namorada de um dos filhos do governador.

Eike negou ligação entre seus negócios e a relação pessoal com Cabral, dizendo-se livre para selecionar amizades e gastar seu dinheiro. O argumento não convenceu deputados estaduais, que cobram explicações do governador sobre a inconveniência da relação de intimidade e favores que ele mantém com empresários cujos negócios dependem de ações do governo estadual.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

MTE autoriza entrada de 13 mil estrangeiros no 1º tri



O governo brasileiro autorizou a entrada de 13.034 estrangeiros para trabalhar no País no primeiro trimestre deste ano, conforme dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é 13% maior do que o período de janeiro a março de 2010 - na ocasião, foram concedidas 11.530 autorizações, conforme a Coordenação Geral de Imigração (CGIg) do MTE. Segundo a nota do Ministério, o crescimento da procura de trabalho no Brasil reflete a expansão econômica local.


Além disso, o Brasil concedeu autorizações por questões humanitárias, realização de shows e trabalho temporário, de acordo com o coordenador geral de imigração e presidente do Conselho Nacional de Imigração (Cnig), Paulo Sérgio de Almeida. "Foram concedidas a haitianos autorizações para permanência no Brasil, por questões humanitárias. A realização de espetáculos no Brasil também aumentou, elevando em aproximadamente 700 autorizações para artistas estrangeiros, e cerca de 900 autorizações a mais foram concedidas para tripulantes a bordo de navios de turismo estrangeiro operando no Brasil", detalhou Almeida por meio de nota do ministério.

O MTE salientou que o número de estrangeiros com títulos de mestres, doutores e pós-graduados e que procuraram o Brasil no primeiro trimestre dobrou de um ano para o outro, passando de 163 em 2010 para 323 este ano. De qualquer forma, mais da metade das pessoas de outros países que receberam o aval do governo para trabalhar em terras brasileiras possui nível superior completo de escolaridade ou equivalente, um total de 6.831 pessoas.
Pré-sal

Desde a descoberta de petróleo em território nacional, tem sido grande a entrada de estrangeiros no Brasil para trabalhar nessa área. O ministério divulgou que as autorizações para profissionais que trabalham a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira que operam no Brasil, prestando apoio ao setor da exploração e produção de petróleo e gás no mar, somaram o maior número entre as temporárias; um total de 3.710 concessões. Apesar do número robusto, houve queda no volume de entrada em cerca de mil autorizações de janeiro a março de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010.

Entre os Estados que mais receberam trabalhadores estrangeiros no período estão o Rio de Janeiro, com 5.286 autorizações concedidas, São Paulo, com 4.990, e Minas Gerais, com 550. O Piauí foi o único Estado que não recebeu nenhum trabalhador estrangeiro. Por país de origem, a maior quantidade de trabalhadores com autorizações concedidas entre janeiro e março foi dos Estados Unidos, em um total de 1.857 autorizações. Em seguida estão Filipinas (1.183), Reino Unido (1.042) e Alemanha (759). Entre os países da América do Sul, a maior quantidade de autorizações foi para os colombianos, com 221. Entre os países do Mercosul, a Venezuela lidera a lista, com 141 autorizações concedidas.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/

Indústria naval e offshore nacional volta a despertar interesse de empresas estrangeiras



No próximo mês de agosto, no Rio de Janeiro-RJ, um evento congregará companhias com diversas expertises, de 11 países, que definiram o País como foco estratégico para a sua expansão internacional. Trata-se da Navalshore – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, maior evento do setor na América Latina, com mais de 350 expositores, programado para os dias 3, 4 e 5 de agosto, no Centro de Convenções Sul América.

Entre as empresas estrangeiras confirmadas está o estaleiro holandês Damen, um dos mais importantes da Europa, com faturamento de 1,3 bilhões de euros em 2010, que percebe na Navalshore 2011 chances de marcar presença no processo de desenvolvimento da indústria naval brasileira. Além da Holanda, países com tradicional experiência na indústria naval como Japão, Noruega, Coreia do Sul e Finlândia também terão seus representantes da iniciativa privada presentes nesta que é a oitava edição da Navalshore.

“O interesse gerado pela feira reflete o atual estágio de desenvolvimento da economia nacional e, em particular, da indústria naval e offshore brasileira, que vai definindo suas demandas e exigindo do mercado nacional e internacional uma pluralidade importante de serviços e equipamentos. A feria este ano tem um diferencial único: reunir pela primeira vez um grupo de empresas nacionais e internacionais de grande relevância que fazem a diferença em termos de know-how e potencialidade de negócios”, afirma a gerente da Feira, Barbara Nogueira.

O evento concentra companhias especializadas em construção e reparo de embarcações, fornecedores de navipeças e serviços, navegação, rádio e telecomunicações, TI, empresas de seguros e bancos, gerenciamento logístico, fornecimento offshore e a navios, design de navios e arquitetura & engenharia naval, sociedade de classificação, inspeção, entre outras.

Confira alguns dos expositores internacionais confirmados para o evento: JSMEA, 3R Software Solutions (Alemanha); Huacheng Rubber Produtcts Co. (China); Jiangsu Huacheng Heavy Industry Co. (China); New Dafang Group (China); Walrich International Technology (China); Yuexin Shipbuilding Co. (China); Busan Economic Promotion Agency (Coreia); Chang Hung Industry Co. (Coreia); Korea Techno Co. (Coreia); Ra In Ho (Coreia do Sul); Konecranes (Finlândia); Class NK (Japão); Norwegian Maritime Exporters (Noruega); Uzmar Workboat and Tug Factogory (Turquia); Butterworth (EUA); Cap Rock (EUA); Guido Perla (EUA); Ogden Welding Systems (EUA); Stonel (EUA) e WMB (EUA).

Audiência qualificada - De acordo com Barbara, a expectativa de público da UBM Brazil organizadora do evento, é superar a marca de 14 mil profissionais e empresários oriundos de estaleiros, empresas de navegação de longo curso e cabotagem, companhias de apoio marítimo e de apoio portuário, consultores, autoridades marítimas e profissionais das áreas de engenharia naval, petróleo e gás de cerca de 40 países.

A projeção está baseada na experiência da UBM na organização de eventos de grande vulto para a indústria naval. A empresa é a responsável pela realização da Marintec, não apenas a maior feira do setor na China, mas também o mais importante ponto de encontro bienal da indústria naval no mundo; da Sea Japan, o mais importante evento da indústria naval no Japão, adotado pelas empresas do setor no país e em todo o mundo como um fórum essencial para o lançamento e o desenvolvimento de produtos e negócios no mercado japonês; da China International Boat Show, o maior evento do setor de navios e embarcações da Ásia e também com o mais rápido índice de crescimento em público visitante e número de expositores, e da Cruise Shipping Miami, igualmente relevante para o setor de navegação.

Conferência - Evento simultâneo ao evento, a Conferência da Navalshore 2011 terá como temas principais o atual estágio de desenvolvimento da indústria naval e offshore, os gargalos existentes para a instalação de fornecedores estrangeiros no País e a regionalização da indústria naval e offshore.

Na programação estão debatidos os seguintes temas: Políticas estruturantes e investimentos privados; Logística da Petrobras para transporte de longas distâncias no pré-sal; Uso de gás natural liquefeito como combustível em embarcações offshore - uma realidade; Gargalos existentes e caminhos para a instalação de fabricantes estrangeiros no Brasil; Ações coordenadas para o pleno desenvolvimento da indústria de navipeças; e Regionalização da indústria e dos pólos navais no Brasil.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/