sexta-feira, maio 20, 2011

Os Tecnólogos e a resistência do mercado.



Tecnólogo tem variedade de cursos, mas enfrenta resistência do mercado


Os cursos superiores de tecnologia surgiram no Brasil na década de 1960. A instituição mais famosa e reconhecida são as Fatecs que surgiram em 1968 em São Paulo, com a missão de oferecer cursos de construção civil e mecânica. O tecnólogo tem seu curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e a única diferença para o curso superior tradicional é que, em geral, os primeiros duram menos tempo, são mais especializados e voltados para o mercado de trabalho. Quem tem o diploma pode fazer pós-graduação, mestrado e prestar concurso público. Para ajudar na difusão do ensino, foram criadas escolas federais em 2008. Segundo dados do MEC, os cursos superiores de tecnologia já representam 16% da oferta de vagas na graduação do País.

Os tecnólogos vivem hoje no Brasil uma situação paradoxal. Os cursos são incentivados pelo governo federal, mas algumas categorias enfrentam dificuldades deaceitaçãonomercado.Sua formação é mais rápida do que as graduações tradicionais e focada na prática de determinada área, mas empregadores? Inclusive estatais ainda relutam contratá-los.

Alguns são disputadíssimos, outros preteridos. Esse é o drama do trabalhador espremido entre duas realidades e que luta para ser reconhecido. Ainda existe muito preconceito contra os tecnólogos. Acredito que isso acontece pelo desconhecimento em relação à formação, afirma o presidente do Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo, José Paulo Garcia. Além do setor privado, ele diz que também há restrições por partede alguns conselhos reguladores de profissão, que impediriam o graduado de exercer na plenitude suas habilidades. Cerca de 90% das reclamações que recebemos são em relação ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), que atribui menos competências ao tecnólogo do que ele pode exercer, diz Garcia. Até o fechamento desta edição,na sexta-feira à noite,o Crea-SP não havia se manifestado sobre as afirmações de Garcia. O conselheiro do Conselho Federal de Engenharia, Arquiteturae Agronomia (Confea), Roberto Costa e Silva, diz que as competências do tecnólogo foram regulamentadas em 2007 pela Resolução 1.010 da organização.

A medida estipula que ele tem as mesmas atribuições (competências midas a sua formação acadêmica específica, diz Costa e Silva. Para ele, eventuais excessos por parte dos conselhos regionais devem ser denunciados ao Confea.
Reconhecimento. A formação tecnológica é ampla,sendo autorizadas pelo Ministério de Educação 113 opções de cursos nessa modalidade. No mercado, uma área onde não existe impedimentos ao trabalho é em tecnologia da informação. Segundo levantamento das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), no curso de análise e desenvolvimento de sistemas, a empregabilidade para um formado é de 100% após um ano da graduação. Isso ocorre porque é uma área muito carente. Algumas pesquisas estimam que faltem ao Brasil 100 mil profissionais nesse campo,afirma o coordenador de ensino superior das Fatecs, Angelo Cortelazzo. O estudante do quinto semestre do curso,Sidney de Aquino, de 37 anos, já está empregado mesmo faltando um ano e meio para o final da graduação. A maioria dos meus colegas de classe também já trabalha na área, afirma Aquino.

Fonte: : http://rio-negocios.com/

Braskem alcança Ebtda em R$ 919 milhões no 1T11


Receita líquida avança 12% sobre o mesmo período de 2010 e atinge R$ 7,4 bilhões.

Em meio a um cenário no qual o forte ritmo de crescimento das economias emergentes possibilitou a recuperação de preços de resinas mesmo diante de elevada volatilidade e aumento nos preços de matéria-prima, a Braskem teve o seu desempenho no primeiro trimestre afetado pela restrição de produto em suas plantas no nordeste brasileiro, impactadas pela interrupção de energia em fevereiro, que levou a uma parada não programada nos Polos da Bahia e de Alagoas no período. Nesse contexto, a Companhia registrou Ebitda – lucro antes dos impostos, taxas, depreciações e amortizações – de R$ 919 milhões, com alta de 1% sobre o mesmo período de 2010. A margem Ebitda do 1T11, sem considerar a revenda de nafta/petróleo, foi de 14,1%.

A economia brasileira se manteve em expansão no primeiro trimestre, impulsionada pelo aquecimento do mercado de trabalho, elevado índice de confiança do consumidor e a contínua recuperação da indústria. No entanto, a demanda por resinas termoplásticas no mercado doméstico manteve-se em linha com a verificada no primeiro trimestre de 2010, graças ao bom desempenho de setores como automotivo e agrícola, entre outros.

Os três primeiros meses do ano também foram marcados na indústria petroquímica pela contínua alta de preços no mercado internacional, gerada por fatores como aumento de custos de nafta, desvalorização global do dólar e retomada da demanda asiática.

Em relação ao quarto trimestre de 2010, os melhores preços compensaram parcialmente o volume 12% menor de resinas termoplásticas comercializadas pela Braskem e a alta da matéria-prima. Além da redução natural dessa época do ano, as vendas foram afetadas pela queda de energia ocorrida em 4 de fevereiro, que atingiu todos os estados do Nordeste brasileiro. O episódio ocasionou uma parada não programada nas plantas da Companhia localizadas nessa região, impactando o resultado em aproximadamente R$ 230 milhões.

A Braskem alcançou receita líquida consolidada de R$ 7,4 bilhões, o que representou alta de 3% sobre o quarto trimestre de 2010 e de 12% na comparação com o primeiro trimestre daquele ano. A receita em dólares totalizou US$ 4,4 bilhões e as exportações representaram 30% desse valor (US$ 1,3 bilhão), com avanço de 47% sobre o mesmo período de 2010.

O lucro líquido consolidado da Braskem atingiu R$ 305 milhões entre janeiro e março, positivamente influenciado pelo resultado financeiro do trimestre.

A dívida líquida da Companhia manteve a trajetória de queda e atingiu R$ 9,6 bilhões ao final do primeiro trimestre. A redução da dívida líquida, associada à manutenção do Ebitda nos últimos 12 meses, assegurou a queda da alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida/Ebitda de 2,43x no quarto trimestre de 2010 para 2,37x no primeiro trimestre de 2011. Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, quando a alavancagem era de 3,12x, a queda foi de 24%.

Com a aprovação da aquisição da Quattor pelo CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o processo de integração dos ativos e equipes foi intensificado, o que favorece a captura de sinergias para os próximos trimestres. Os ganhos com sinergias alcançaram R$ 75 milhões no primeiro trimestre. Para todo o ano de 2011, estima-se a captura de R$ 377 milhões, em bases anuais e recorrentes.

“Os indicadores de desempenho da Braskem mostraram robustez mesmo diante das adversidades pontuais do primeiro trimestre, o que nos deixa muito satisfeitos”, afirma Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “A expectativa para os próximos meses é bastante otimista, com um crescimento projetado da demanda interna de resinas próximo de 10%. A Braskem reafirma seu compromisso de crescer junto com o país”, diz.

Atendendo ao seu compromisso com a disciplina de capital e com a realização de investimentos com retorno acima de seu custo de capital, a Braskem realizou investimentos operacionais de R$ 282 milhões no primeiro trimestre. A maior parte desses recursos foi direcionada a aumentos de capacidade, com destaque para o projeto de construção da planta de PVC em Alagoas, ao qual foram destinados R$ 63 milhões. Também merece destaque o projeto de construção da planta de butadieno, no Rio Grande do Sul, que recebeu R$ 14 milhões.

Em março, as agências de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) e Moody’s elevaram o rating da Braskem para “BBB-” e “Baa3”, respectivamente, concedendo à Companhia o investment grade. Os principais fatores que contribuíram para a obtenção do grau de investimento pela Braskem foram o gerenciamento eficiente de seu capital, a perspectiva favorável da indústria e o ganho de sinergias, com a aprovação final da aquisição da Quattor.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 31 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/