domingo, setembro 05, 2010

MAIS EMPREGO NO SETOR DE ENERGIA ALTERNATIVA


O rápido crescimento do interesse por energias alternativas capazes de combater o aquecimento do planeta terá um impacto significativo na criação de empregos neste setor. Um estudo inédito divulgado pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep) prevê a geração de pelo menos 20 milhões de novos postos até 2030, em todo mundo - 12 milhões apenas na indústria de bionergia, onde o Brasil é um dos principais players. O resultado econômico dessas mudanças será um mercado global de serviços e produtos verdes de cerca de US$ 2,74 bilhões em 2020.

Ricardo Baitelo, do Greenpeace Brasil, diz que no país a ampliação do emprego virá do setor de biocombustíveis. Projeções individuais para países indicam forte potencial para criação de empregos nos próximos anos. Os empregos verdes estão claramente em alta, afirma o estudo, divulgado em meio ao furacão financeiro que assola o mundo. Nem mesmo a crise deverá mudar esse quadro no longo prazo: as inovações tecnológicas continuarão a despontar já que as mudanças climáticas são um processo comprovado e irreversível.

Quase 1,2 milhão de pessoas estão empregadas no setor de geração de energia com biomassa, sobretudo biocombustíveis

A área abrange uma vasta gama de profissões: de engenheiros e pesquisadores a designers, arquitetos, auditores e agricultores. Tudo o que, de uma forma ou outra, estiver ligado à preservação de ecossistemas, à redução do consumo de água e energia e à mitigação ou prevenção da geração das diferentes formas de lixo e de poluição. De acordo com estimativas do setor, o Brasil tem cerca de 500 mil pessoas trabalhando com biomassa, número que pode duplicar nas próximas décadas se houver sinalização política correta.

O segmento de energia renovável tende a ser um dos mais beneficiados. Globalmente, cerca de 300 mil pessoas trabalham hoje com energia eólica e 170 mil com energia solar. Quase 1,2 milhão de pessoas estão empregadas no setor de geração de energia com biomassa, sobretudo biocombustíveis, em apenas quatro países - Brasil, Estados Unidos, Alemanha e China.

Se os números ainda são modestos, o mesmo não pode ser dito do potencial de crescimento em energias alternativas. O estudo prevê uma guinada no número de empregos de 600% no setor de energia eólica, para 2,1 milhões de postos em 2030. A energia solar deverá ter um incremento de 3.605% no mesmo período, chegando aos 6,3 milhões de postos. As 1,2 milhão de pessoas ligadas atualmente aos biocombustíves se transformarão em um exército de 12 milhões de pessoas, como se a cidade de São Paulo inteira se dedicasse unicamente à produção de etanol.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

AVIÕES COMERCIAIS COM BIOCOMBUSTÍVEIS A PARTIR DE 2011


Um grupo de 17 empresas, universidades e organizações do setor aéreo vai unir esforços num projeto que avaliará a troca do querosene por biocombustível em aviões.
Planejada pela União Europeia, que entrará com € 5 milhões, a iniciativa será coordenada pela Altran, consultoria francesa em inovação e tecnologia. O objetivo do Swaffea (Sustainable Way for Alternative Fuels & Energy for Aviation), como foi batizado, é reduzir as emissões de gases poluentes do setor.
“As principais companhias fizeram testes bem-sucedidos com biocombustíveis”

O setor aéreo já foi considerado o principal fator por trás do aquecimento global, que está vinculado à queima de combustíveis fósseis, como o petróleo. A crise global, no entanto, obriga as companhias a economizarem combustível, o que tem efeitos colaterais benéficos para o meio ambiente.
De acordo com Giovanni Bisignani, diretor-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), as principais companhias fizeram testes bem-sucedidos com biocombustíveis, o que gera a perspectiva em que algas e outros cultivos recebam a certificação para abastecer os aviões já a partir दस्ते 2010.
"A certificação até 2010 ou 2011 é uma possibilidade real, e os benefícios potenciais são enormes. Um setor do biocombustível poderia ser um grande gerador de empregos e riqueza para o mundo em desenvolvimento", disse Bisignani em uma conferência sobre aviação em Genebra, onde fica a sede da associação. Participam do projeto empresas referência como Embraer, EADS, Shell, Airbus, Rolls-Royce e Air France, além da IATA (organização mundial do setor).
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

USINA TRANSFORMA LIXO EM ENERGIA ELÉTRICA


lixo que polui a Baía de Guanabara pode ter um destino útil e ecologicamente correto. Esta é a intenção do Centro Tecnológico Usinaverde, instalado no Campus Ilha do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que transforma o lixo recolhido na Baía em energia elétrica.
Em funcionamento desde o ano de 2005, a Usina tem capacidade para processar cerca de 30 toneladas de lixo, por dia, com uma geração de energia que seria suficiente para atender 20 mil habitantes. As atividades consistem em substituir depósitos de lixo e aterros sanitários, eliminando o chorume e odores exalados pelo lixo, sem causar qualquer dano ao meio ambiente.
“A Usina tem capacidade de geração de energia que seria suficiente para atender 20 mil habitantes”
O processo de geração de energia tem duas etapas. A primeira é a separação do lixo, visto que apenas matéria orgânica e resíduos não recicláveis são encaminhados para a incineração. Na segunda etapa, depois de triturado, o material é incinerado e os gases são aspirados para uma caldeira. Nela é produzido o vapor que aciona o turbogerador e gera energia (com potência efetiva de 0,6 MW, por tonelada de lixo tratado). Em seguida, os gases limpos são lançados na atmosfera. Já os resíduos inertes podem ser aproveitados na produção de material de construção. Com 150 toneladas de lixo por dia, é possível fabricar pisos e tijolos para 28 casas populares de 50m2 por mês.
Apesar de ter sido criada há cinco anos, somente neste ano, a Usina firmou uma parceria com o Projeto Baía Limpa — uma iniciativa da Petrobras, que, há cerca de um ano, em conjunto com a Federação das Colônias de Pescadores da Baía de Guanabara (FEPERJ), implementa projetos visando a redução da poluição da Baía de Guanabara.
De acordo com o coordenador do Projeto Baía Limpa, Alberto Toledo Resende, desde o início das atividades, já foram recolhidos cerca de 290 toneladas de resíduos sólidos não orgânicos. “Nós retiramos diariamente todo tipo de lixo, como garrafas PET, pneus, plásticos em geral, roupas, latas, garrafas de vidro e sacolas”, disse Resende, em entrevista ao Nicomex Notícias.
Inicialmente o material recolhido era destinado aos aterros sanitários da região através das Secretarias Municipais de Limpeza Publica. Mas a partir do mês de abril a FEPERJ começou a destinar os detritos à Usinaverde para a geração de energia.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

BIOGÁS: UMA ALTERNATIVA CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL


Uma forma diferente de produzir energia limpa e auxiliar o meio ambiente é utilizar o biogás, combustível gasoso com um conteúdo energético elevado semelhante ao gás natural e produzido com aproveitamento do gás metano que é liberado em qualquer tipo de decomposição orgânica e basicamente retirado de aterros sanitários. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica ou mecânica. Após dispostos nos aterros sanitários, os resíduos sólidos urbanos, que contém uma alta parcela de matéria orgânica biodegradável, passam por um processo de decomposição, gerando basicamente o gás metano (CH4).

Nessa etapa, entram as empresas que capturam e canalizam o metano, transformando- o em energia. Para cada tonelada de resíduo disposto em um aterro sanitário são gerados, em média, 200 Nm³(normal metros cúbicos – condição normal do gás) de biogás. A geração do material é iniciada alguns meses após o início do aterramento dos resíduos e continua até cerca de 15 anos após o encerramento da operação da unidade. A recuperação ambiental de lixões e a implantação de um sistema de geração de energia elétrica em aterros sanitários são viabilizadas economicamente pela venda dos chamados créditos de carbono (parcelas de redução da emissão de carbono para a atmosfera, que são negociadas mundialmente). Além disso, é uma alternativa de aproveitamento energético dos gases e possibilita a redução de emissões poluentes e na gestão dos resíduos sólidos urbanos.

A captura do metano é a maior contribuição para o meio ambiente que o biogás traz. O gás metano é um dos maiores causadores do efeito estufa, apontado como o maior vilão do aquecimento global. Estudos existentes indicam que, considerando um período de 100 anos, uma grama de metano contribui 21 vezes a mais para a formação do efeito estufa do que uma grama de dióxido de carbono, também visto como grande poluidor. Apesar dessa grande contribuição, as indústrias de biogás ainda encontram muitas dificuldades para se instalarem, graças a uma intensa burocracia. “As dificuldades burocráticas de licenciamento ambiental estão dificultando a implantação de mais usinas. Necessitamos da simplificação e agilidade nos procedimentos da ONU-UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change, sigla em inglês)”, declarou Tiago Nascimento, gerente da Biogás Energia Ambiental, em entrevista a Nicomex Notícias.

Petrobras investe no mercado de biogás

No início do ano, a Petrobras assinou com a Gás Verde S.A, um contrato para compra de biogás purificado, produzido na Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O produto será utilizado como insumo energético pela Reduc (Refinaria Duque de Caxias), substituindo o gás natural, que passará a ser comercializado pela Companhia no mercado não-térmico.

Além de proporcionar uma oportunidade econômica de diversificação do suprimento de gás para a Refinaria, a iniciativa permitirá à Companhia desenvolver o conhecimento específico da queima de biogás purificado. Do ponto de vista socioambiental, a compra do biogás purificado contribuirá para viabilizar o projeto de recuperação do Aterro Sanitário Metropolitano Jardim Gramacho, um dos maiores projetos mundiais inseridos no MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU (Organização das Nações Unidas).

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/