sexta-feira, outubro 01, 2010

FGTS de 25 mil trabalhadores injeta R$ 423 milhões na Petrobras


Os cerca de 25 mil trabalhadores que usaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da Petrobras injetaram R$ 423,7 milhões na petrolífera. O balanço foi divulgado ontem (27) pela Caixa Econômica Federal.
De acordo com o banco, que administra os recursos do FGTS, o investimento somou R$ 423.757.321 pertencente a 25.544 trabalhadores. Como cada empregado pode ter mais de uma conta no FGTS, o total de contas que participaram da capitalização da Petrobras foi de 31.273.
A operação, ressaltou a Caixa, envolveu a participação de 25 administradoras e 46 fundos mútuos de privatização. No momento, os valores aplicados estão retidos. Somente na quinta-feira (29), data da liquidação da oferta, o dinheiro será repassado à Bolsa de Valores de São Paulo.
Só puderam participar da capitalização da Petrobras os trabalhadores cotistas do Fundo Mútuo de Participação (FMP) que haviam comprado ações da empresa em 2.000. Eles tiveram preferência na oferta pública para aumento do capital social da petrolífera, mas só puderam investir até 30% do saldo do FGTS ou a proporção necessária para manter o nível de participação na companhia, prevalecendo o menor valor.
Por causa desses limitadores, informou a Caixa, foram pedidos R$ 563,3 milhões, mas liberados R$ 423,7 milhões, 75% do que os trabalhadores estavam dispostos a investir na Petrobras. O dinheiro terá de ficar pelo menos um ano aplicado nas ações da estatal. Somente depois dessa carência, o trabalhador poderá retirar o investimento e retorná-lo à conta do FGTS.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Braskem negocia com Repsol para garantir matérias-primas


Petroquímica controlada pelo grupo Odebrecht e a Petrobras, a Braskem vai investir pesado na construção de novas fábricas no México até 2014, e vai recorrer à Repsol para garantir investimentos no Peru.

A petroquímica já começa a se preparar para tirar do papel o projeto de um megacomplexo gás-químico no Peru, de até US$ 3 bilhões, com a bênção do presidente Alan Garcia.
Vice-presidente da Área Internacional da empresa, Roberto Ramos revela que a empresa recorrerá à espanhola Repsol e ao consórcio produtor do campo de Camisea para dispor das matérias-primas necessárias ao empreendimento, em complementação ao gás do chamado bloco 58, operado pela Petrobras na Amazônia peruana.
A intenção, de acordo com o executivo, é replicar no país andino o modelo de projeto previsto para o México, também de US$ 2,5 bilhões.
Embora o vice-presidente da Braskem negue qualquer desencontro com o sócio Petrobras, o entusiasmo da companhia petroquímica com o projeto peruano contrasta com o cronograma da petrolífera brasileira para desenvolver o campo localizado na área batizada de bloco 58.
Ramos nega que a busca de novos fornecedores se deva ao descompasso entre os ritmos de produção das duas companhias.
A Braskem e o presidente Alan Garcia veem no bloco 58 potencial para reservas de 5 a 7 TCFs (trilhões de pés cúbicos) — equivalente à parcela produzida pela Petrobras nos campos de San Alberto e Santo Antonio, na Bolívia — mas a Petrobras condiciona a viabilidade da área, em plena Amazônia peruana a novas avaliações.
A estatal mantém um cronograma de perfuração para confirmar o que a Perupetro — agência reguladora daquele país — anunciou como uma megacampo.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/

Angola quer ajuda da Petrobras para mapear pré-sal


Maputo (Moçambique) e Brasília - O Ministério da Defesa de Angola quer o apoio do Brasil para mapear a plataforma continental daquele país. "Estamos à espera de receber nos próximos dias uma delegação brasileira, com quem vamos entabular conversações com vista à organização desse programa", afirmou o ministro Cândido Pereira Van-Dúnem à agência portuguesa de notícias Lusa.
A chamada plataforma continental começa na linha da costa e vai até a profundidade média de 200 metros. Tem entre 70 e 80 quilômetros de largura. Grande parte do petróleo explorado no mar se localiza nela.
A possibilidade de haver mais petróleo na camada pré-sal angolana levou as autoridades a apostar no levantamento. Tanto o ministro da Defesa quanto a titular da pasta da Justiça, Guilhermina Prata, estiveram no Brasil em agosto para tratar do tema. A região é uma das áreas de interesse da Petrobras no exterior, juntamente com a América Latina e o Golfo do México.
De acordo com a estatal brasileira, há similaridades em termos de bacias sedimentares entre a Costa Oeste da África e o litoral do Brasil. No entanto, a Petrobras reitera que, antes de qualquer conclusão sobre haver ou não petróleo na camada do pré-sal angolano, ainda são necessários muitos estudos sobre a região.
A Petrobras já atua na exploração de petróleo e gás natural em cinco países do continente: Angola, Líbia, Namíbia, Nigéria e Tanzânia, mas produz apenas em Angola e na Nigéria. Entre as parceiras estão estatais como a Sonangol (Angola), NOC (Líbia) e Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), da Nigéria.
Por meio de parceiras com a Sonangol, a Petrobras explora três blocos na costa brasileira - dois na Bacia de Campos e um na Bacia de Santos. Em Angola, as duas empresas anunciaram a descoberta do Poço Cabaça, em junho deste ano. Na semana passada, o presidente da Sonangol confirmou que a empresa já se preparara para o desafio de explorar a camada do pré-sal. "Vamos procurar", garantiu Cândido Cardoso.
Durante visita ao Rio de Janeiro, para a Rio Oil & Gas 2010, o maior evento de petróleo e gás da América Latina, Cardoso afirmou que a troca de experiências com a Petrobras é importante para os dois países. "Tanto o Brasil como Angola, do ponto de vista técnico, têm coisas a ganhar", disse o executivo angolano à agência Lusa.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/