sexta-feira, abril 29, 2011

Produção pode ser reforçada em águas profundas


O gerente geral da Petrobras no Rio Grande do Norte e Ceará, Joelson Falcão Mendes, disse ontem que a empresa deverá iniciar a exploração em águas profundas no Rio Grande do Norte no segundo semestre de 2011. O projeto foi antecipado por ele à TRIBUNA DO NORTE, em janeiro deste ano, ocasião em que não havia, porém, especificado quando começaria a concretizar a “campanha exploratória”. A investida se soma a outras da companhia para recuperar a produção de petróleo e gás na bacia potiguar, que, principalmente para o gás, vem declinando nos últimos anos.

O valor do investimento e estimativas sobre o potencial dos blocos de exploração ainda não foram revelados pelo executivo. No Ceará, entretanto, onde também são previstas incursões em águas profundas, com a perfuração de dois poços em 2011, o desembolso é estimado em pelo menos R$ 100 milhões, segundo informações do jornal O Povo. No Rio Grande do Norte, a previsão é perfurar um poço. E para discutir o impacto ambiental do projeto, a estatal deverá realizar audiência pública no próximo sábado, no município de Areia Branca.

“Nosso trabalho em terra é extremamente importante. Mas nós temos muita esperança de conseguir mudar de patamar no mar. Tanto em águas rasas, quanto em águas profundas, quanto em águas ultraprofundas”, disse Mendes, em entrevista anterior, ao comentar investimentos na exploração marítima nas regiões Norte e Nordeste.

Exploração que promete e é também cara. O custo médio de um poço de petróleo gira em torno de R$ 10 milhões em águas rasas e em terra fica na casa do R$ 1 milhão. Em águas profundas, o custo médio gira em torno de R$ 50 milhões. O custo dos equipamentos é um peso a mais. O aluguel de uma plataforma para perfurar em águas rasas sai por US$ 75 mil por dia. Em águas profundas o preço pode ser seis vezes maior, segundo estimativas feitas pela companhia em janeiro de 2010.

A exploração marítima tem sido apresentada como aposta para recuperar principalmente a produção de gás. No caso do RN, enquanto a produção de petróleo aumentou 5% em março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010, a de gás caiu 8,28%, em decorrência do declínio natural dos campos.

Fonte: http://portosenavios.com.br/

Rio Grande do Sul quer investir em centros de pesquisa para setor naval e offshore



Para atrair empresas interessadas em se instalar no estado, o Governo do Rio Grande do Sul está lançando um pacote de benefícios que vai além da concessão de estímulos fiscais. As indústrias que quiserem formar centros de pesquisa na região, principalmente na parte sul do estado, terão a folha de pagamento e os equipamentos bancados pelo Governo durante um período de dois anos. O objetivo é capacitar mão de obra local para o mercado em expansão. A afirmação foi feita pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que participou ontem do encontro “Café com Energia” promovido pela Onip, no Rio de Janeiro. “Seremos mais seletivos na concessão de incentivos fiscais. Queremos priorizar benefícios para as empresas que gerem não somente empregos mas tecnologia e valor agregado”, afirmou o governador, para uma platéia formada por mais de 100 empresários e lideranças dos segmentos naval e offshore. Segundo ele, a abertura a novos investidores permitirá uma integração maior entre o estado e o governo federal. Além disso, as disputas políticas foram colocadas de lado e hoje há um novo patamar de civilidade. “Saímos de uma situação de confronto com o governo federal para um cenário de concertação. Somos um governo com maioria parlamentar, o que dá sustentação ao programa de governo”. Ainda segundo ele, a política de desenvolvimento para o setor de petróleo e gás no estado independe da distribuição ou não dos royalties do petróleo, ainda em discussão no governo federal. O governo do Rio Grande do Sul pretende investir R$ 2 bilhões em obras de infraestrutura nos próximos quatro anos. Cerca de R$ 700 milhões deverão ser financiados pelo BNDES e o R$ 1,3 bilhão pelo Banco Mundial. Os recursos serão destinados principalmente para a pavimentação de estradas e interligação de estradas intermunicipais com estradas federais, além de construção de novas vias. As obras visam ampliar a estrutura logística do Estado, facilitando o escoamento da produção. Cerca de 100 municípios receberão os investimentos. Os setores naval e offshore, em franco desenvolvimento no Estado, serão beneficiados pelas obras, uma vez que o acesso é um dos itens essenciais para a viabilidade de obras de porte, como a construção de navios e plataformas de petróleo. O evento contou também com a participação do diretor-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Marcus Coester, que apresentou a estrutura da indústria naval offshore no estado e as estratégias de desenvolvimento de novos negócios para o setor offshore, que está ambasada na ampliação do aproveitamento da base fluvial do Estado, na capacidade instalada da indústria gaúcha e principalmente nos setores metalmecânico e de equipamentos, e na utilização de mão de obra qualificada as possibilidades de investimento. "Estamos atentos aos pontos de saturação e queremos desenvolver um projeto que evite a repetição de problemas urbanos e sociais que ocorreram em outros Estados", disse o presidente da AGDI. Entre as ações que serão implementadas para aumentar o crescimento da indústria oceânica, está à criação da Sala do Investidor, que irá concentrar o atendimento às empresas dispostas a investir no Estado. "A Sala do Investidor será usada para garantir o atendimento coordenado, com celeridade e eficiência", explicou Marcus Coester.

Fonte: http://portosenavios.com.br/