sexta-feira, setembro 16, 2011

Ceará quer estaleiro e presidente da Transpetro pede investimentos



O estado do Ceará deverá se credenciar para disputar um dos três estaleiros ainda previstos para serem construídos no Brasil. O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, irá marcar um encontro com o governador Cid Gomes para apresentar os resultados do estudo, patrocinado pela estatal, que identificou as possíveis localizações na costa cearense para uma nova indústria naval.

Sérgio Machado informou que cinco locais poderão receber um empreendimento do tipo, contanto que recebam investimentos que os tornem aptos. "O Ceará é sempre uma opção. Temos que discutir a viabilidade desses terrenos para saber se podemos colocar o estado nessa disputa", declarou ele, que palestrou ontem no Seminário de Altos Estudos sobre Administração Pública, evento que prossegue no Gran Marquise até amanhã.

"Hoje, há uma disputa no Brasil por áreas (para receber um estaleiro). Tudo vai depender delas. Nós não temos baía no Ceará, então a gente vai ter que criar a área", esclareceu.

Conversa com o governador

Apesar de o estudo estar concluído, Machado não quis dar detalhes sobre os resultados, justificando que só o fará depois de tratar com o chefe do Executivo estadual sobre o assunto. Segundo ele, a discussão com o governador versará sobre os investimentos que precisam ser realizados para que alguma destas áreas se credencie na disputa por um estaleiro. De toda a costa cearense, foi excluído, logo de início, o litoral de Fortaleza.

Frota deve dobrar

Machado explica que, atualmente, o Brasil precisa de mais um estaleiro de grande porte e outros dois de médio porte para dar conta da projeção de novas encomendas que devem ser feitas, especialmente por conta do pré-sal. O Brasil já possui a quinta maior carteira de navios do mundo, e quarta maior de petroleiros. E, adianta, a frota nacional deverá dobrar até o ano de 2020, daí a necessidade de reforçar a indústria naval.

O levantamento da subsidiária de logística da Petrobras, realizado pela empresa Concremat, custou R$ 446,6 mil, e tinha um prazo para que fosse divulgado em dezembro do ano passado. A demora, explica Machado, foi porque a estatal queria que se realizasse "um estudo mais bem feito". O material foi motivado pela perda do estaleiro Promar Ceará, que seria instalado na enseada do Mucuripe, em Fortaleza. Hoje, o empreendimento está em instalação no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.

Após a perda, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a prometer que uma outra indústria do tipo seria viabilizada no Ceará, mas que se Precisava descobrir onde isso poderia ocorrer. Apesar da declaração do então presidente, até agora ainda não existe um investidor garantido para construir estaleiro no Ceará.

Administração Pública

Sérgio Machado foi o primeiro dos palestrantes do Seminário de Altos Estudos sobre Administração Pública, que é presidido pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar. "Está sendo debatido de que forma a administração pública pode ser mais ágil, mais eficiente, mais produtiva e mais criativa. Também veremos de que forma ela pode apropriar-se mais ainda das tecnologias para aperfeiçoar suas tarefas", analisa o ministro. "Temos que oferecer todos os serviços com velocidade, sem perda de qualidade, com eficiência e ampliando a produtividade", conclui.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Statoil reduz sua participação na bacia de Camamu-Almada



A norueguesa Statoil está transferindo 10% e 15%, respectivamente, de suas licenças de exploração nos Blocos BM-CAL-7 e BM-CAL-10 para a empresa canadense Gran Tierra Energy. Ambas as licenças estão localizadas na bacia de Camamu-Almada, no litoral da Bahia. A transação está sujeita à aprovação pelas autoridades brasileiras.

"Esta transação é parte do processo de otimização da Statoil para maximizar o valor e reduzir o risco da carteira", diz Gareth Burns, vice-presidente sênior para Estratégia de Exploração e Desenvolvimento de Negócios da Statoil.

O Bloco BM-CAL-7 é operado pela Petrobras, que detém 60% da licença. Já no Bloco BM-CAL-10 a estatal brasileira tem participação de 40%.


Fonte: http://www.portalnaval.com.br/