quinta-feira, março 17, 2011

Novos parceiros no Brasil obrigam a aval da Petrobras


Petrogal Brasil fará um aumento de capital até ao final do ano.

A entrada de futuros investidores no capital da Petrogal Brasil, a participada da Galp que agrega os seus activos petrolíferos brasileiros, terá de passar sempre pelo crivo da Petrobras. Uma garantia que foi confirmada pelo próprio presidente da petrolifera portuguesa, Ferreira de Oliveira: "não queremos nenhuma operação que seja interpretada pela Petrobras como não amiga", referiu o gestor durante a apresentação do novo plano de investimento da Galp para 2011-2015.
A explicação é simples. A petrolífera brasileira, além de sua parceira estratégica na área da exploração e produção petrolífera e dos biocombustíveis, é operadora dos 22 projectos petrolíferos em que a Galp participa. A questão surge no âmbito do aumento de capital de dois mil milhões de euros que a Petrogal Brasil irá realizar durante o segundo semestre deste ano. Uma operação que se concretizará através de uma oferta pública inicial (IPO) ou da entrada de investidores institucionais, como fundos de investimento, ou de outras petrolíferas.

Fonte: http://economico.sapo.pt/

Empresas querem mais espaço em projetos da Petrobras


Um seminário realizado no Centro de Convenções da Fiergs, marcou mais uma etapa do trabalho que será desenvolvido para ampliar o número de empresas gaúchas como fornecedoras da Petrobras. Atendendo a um chamado feito pelo presidente da estatal petrolífera, durante reunião com o governador Tarso Genro, no mês de fevereiro, mais de duas centenas de empresários e dirigentes se fizeram presentes para conhecer mais detalhes sobre o projeto de ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).

A nova Unidade de Hidrotratamento de Diesel (UHDT II) deverá entrar em funcionamento até o segundo semestre de 2013, com um investimento inicialmente previsto de R$ 1,6 bilhão.

Para o diretor-presidente da Refap, Roberto Nagao, esse seria um primeiro passo para que se aumente o número de empresas do RS que participam de atividades da estatal. “Existem muitos projetos em curso na Petrobras, e esse, especificamente, traz uma oportunidade exemplar para que mais empresas do Estado se preparem e passem a fornecedoras, contribuindo para a geração de emprego e renda para os gaúchos”, sustentou.

A obra, que será realizada em duas frentes, em contratos diferentes, terá uma mesma empresa contratante: a UTC Engenharia foi a vencedora das duas fases da licitação. De acordo com o diretor comercial da empresa, Antônio Carlos Miranda, a especificação dos procedimentos do projeto é uma forma de incentivar a participação dos empresários gaúchos. “Estamos dispostos a encontrar bons fornecedores, e sabemos da qualificação e do espírito profissional dos gaúchos, o que pode nos trazer boas parcerias”, enfatizou.

Rauber finalizou lembrando que existem três escritórios no Estado disponíveis para quem desejar realizar o cadastramento. “Temos uma rede estabelecida, com uma ponta na própria Refap, outra na sede da Fiergs e outra no Sebrae, e queremos sair logo deste número de apenas 146 empresas cadastradas no Sistema Petrobras aqui no Rio Grande do Sul”, argumentou.

O secretário-adjunto de Desenvolvimento do Estado, Junico Antunes, reafirmou a intenção de apoiar as empresas nesta batalha. “Não vamos duplicar trabalho, mas queremos ajudar a Rede Petro RS e o comitê de petróleo e gás já formado a ampliarem suas ações”, disse ele.

Fonte: http://www.revistavoto.com.br/

Rio busca status de centro de referência em petróleo e energia


Multinacionais prometem investir milhões em núcleos de pesquisa na cidade até 2014.

Cenpes recebeu grande investimento para atender demanda do pré-sal

Na esteira das descobertas de petróleo na camada do pré-sal, o Rio conta com a promessa de investimentos milionários para se firmar nos próximos anos como um importante pólo de pesquisas para os setores de óleo, gás e energia.

Até 2014, diversas multinacionais terão centros de pesquisa operando na Ilha do Fundão. Terão como vizinhos o principal campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Cenpes - Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras.

Em meados do ano passado, a IBM inaugurou um centro de pesquisas voltado para energia no Rio.

Gradualmente, terrenos da ilha estão se transformando em canteiros de obras para abrigar centros de inovação de empresas como FMC Technologies, GE, Halliburton, TenarisConfab, Baker Hughes e Usiminas.

A maioria ficará no Parque Tecnológico da UFRJ, área criada em 2003 para receber empresas e promover pesquisas em parceria com a universidade.

De acordo com Maurício Guedes, diretor do parque, mais de R$ 500 milhões de investimentos foram anunciados na Ilha do Fundão só em 2010.

"O Rio será o grande cluster de inteligência do petróleo", diz Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ).

Laboratórios

A capacidade de pesquisa vem sendo expandida também na área acadêmica. Segundo Estefen, a Coppe investiu R$ 200 milhões para construir 12 novos laboratórios na área de energia - "a maioria focada no pré-sal" - entre 2008 e 2010.

Já a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) deve inaugurar no ano que vem o Núcleo Regional de Competência em Petróleo e Gás, construído com apoio da Petrobras.

Os investimentos são de mais de R$ 100 milhões. O prédio de sete andares vai abrigar 15 laboratórios para pesquisas no setor, bem como um centro para gerenciamento de crises à distância.

Cliente de peso com sede no Rio, a Petrobras tem impulsionado a chegada de empresas à cidade e investido na construção de laboratórios em universidades.

Estímulo

A atividade de pesquisa é estimulada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). De acordo com Carlos Tadeu Fraga, gerente-executivo do Cenpes, uma cláusula na regulação da exploração do petróleo determina que as companhias exploradoras invistam 1% de seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

No caso da Petrobras, isso representou um total de US$ 800 milhões por ano entre 2008 e 2010. Fraga diz que a estatal procura estimular o desenvolvimento de tecnologias nacionais, firmando parcerias com universidades e empresas.

"Como a Petrobras tem uma escala muito grande, hoje temos condições de convidar e atrair nossos grandes fornecedores para que instalem no Brasil centros tecnológicos de ponta", diz Fraga. "O sucesso tem sido grande."

O próprio Cenpes expandiu sua capacidade de pesquisa para atender às demandas do pré-sal: em outubro do ano passado, o centro foi reinaugurado após duplicar sua estrutura, com investimento de US$ 700 milhões. Hoje, conta com 800 pesquisadores e 137 laboratórios.

"Passamos a ser o maior centro de pesquisas do hemisfério sul e estamos entre os quatro maiores do mundo", afirma Fraga.

Fonte: http://www.estadao.com.br/