quinta-feira, dezembro 13, 2012

Do petróleo à economia verde, veja cinco áreas que vão render no próximo ano

Investimentos em infraestrutura e na exploração de recursos naturais vão promover o surgimento de várias empresas para atender às necessidades do mercado em 2013


Em meio à crise mundial, o Brasil terá a chance de recuperar a economia, apostando na abertura de novos negócios. Investimentos em infraestrutura e na exploração de recursos naturais vão promover o surgimento de várias empresas para atender às necessidades do mercado em 2013.

No Espírito Santo, cinco áreas de negócios prometem ser mais promissoras no ano que vem. Um dos setores é o de tecnologia. Com o avanço dos tablets e smartphones, empresas que se especializam em criar softwares podem ser absorvidas pelo mercado.

O setor deve crescer ainda mais devido às grandes empresas que começam a se instalar no Estado, como a Accenture, focada em consultoria, gestão e produção de aplicativos inovadores.

Empreendedores também poderão encontrar um bom terreno para negócios na área de tecnologia na elaboração de ideias exclusivas para grandes indústrias.

Outro mercado que pode crescer está voltado para a sustentabilidade. Segundo o diretor técnico do Sebrae/ES, Benildo Denadai, o segmento está em crescimento devido às demandas relacionadas à proteção ambiental. “Reaproveitar está em alta e isso traz boas chance de negócio, pois o mercado busca formas de reduzir os resíduos “, diz.

Ele afirma que na área de desenvolvimento de produtos sustentáveis podem encontrar boas possibilidades de negócios empresas, principalmente, de vestuário, móveis e rochas ornamentais.

Petróleo

Apesar do avanço de vários setores produtivos, a cadeia de petróleo e gás é uma das áreas com mais potencial para quem deseja empreender em 2013 no Espírito Santo.

A Petrobras, até 2016, vai investir US$ 17,2 bilhões (R$ 35,7 bilhões) em projetos no Estado. Só para o custeio, a estatal estima aplicar cerca de US$ 1 bilhão (R$ 2,08 bilhões) no território capixaba. Isso vai fazer com que micro e pequenas empresas de setores como transporte, alimentação, suprimentos de materiais, de manutenção elétrica, mecânica e vendedores de peças sejam atingidas pelos frutos do arranjo produtivo.

“Hoje, já temos 120 empresas que participam da Rede Petro e que são fornecedoras da Petrobras. Há espaço para mais empreendedores que querem ter ganhos com a exploração de óleo e gás”, acrescenta Benildo.

Investimentos em infraestrutura, com recursos do BNDES e Caixa, em todo o Estado, estimados em mais de R$ 3,4 bilhões, também vão desencadear aumento de negócios para empresas dos setores das construções civil e pesada.

As oportunidades serão para micro e pequenas que atuam como terceirizadas e que oferecem equipamentos e serviços especializados.

Mesmo com tantas formas de empreendedor no Espírito Santo, Denadai afirma que as empresas só conseguirão espaço se forem profissionais. “Além de ser importante que todos os investimentos previstos se confirmem, os empresários precisam se qualificar e fazer planos de negócios”, destaca.

REAÇÕES EM CADEIA

Tecnologia

O aumento do uso de smartphones e tablets tem gerado boas oportunidades de negócios, principalmente para empresas que desenvolvem aplicativos. Na área de tecnologia, há chances de negócios também para empreendimentos focados em oferecer soluções para grandes corporações.

Produtos sustentáveis

A sustentabilidade tem sido um chamariz para negócios, e as pequenas empresas precisam estar inseridas nessa realidade. Quem tem como estratégia a reciclagem e a reutilização de produtos vai ganhar espaço, como empreendimentos ligados à moda, aos setores moveleiros e de rochas ornamentais.

Infraestrutura

Investimentos no setor de infraestrutura no Estado vão abrir oportunidades para empresas dos setores da construção civil e construção pesada. Pequenas empresas desses segmentos também poderão também se tornar fornecedores nas obras do PAC2 e do programa Minha Casa, Minha Vida.

Petróleo

Parte dos investimentos da Petrobras, até 2016, no Espírito Santo será para custear a contratação de empresas fornecedoras de serviços dos segmentos de transporte, alimentação, suprimentos de materiais, de manutenção elétrica, mecânica e vendedores de peças sejam atingidos pelos frutos do arranjo produtivo.

Turismo

No Espírito Santo, os novos investimentos vão movimentar o setor de turismos de negócios. Em 2013, como terá Copa das Confederações, o Estado também poderá receber estrangeiros interessados em conhecer as belezas capixabas. Essa movimentação vai atingir áreas de prestação de serviços para eventos, alimentação, segurança.

Fonte: A Gazeta de Vitória

Bacia Sergipe-Alagoas tem de entrar na ‘fila do pré-sal’

A mais promissora fronteira de exploração de petróleo depois de Campos e Santos terá de esperar até oito anos pelo início da produção nas descobertas registradas este ano

Rio de Janeiro – A Bacia de Sergipe-Alagoas, a mais promissora fronteira de exploração de petróleo depois de Campos e Santos, terá de esperar entre sete e oito anos pelo início da produção nas cinco descobertas registradas este ano. Terá de “entrar na fila de espera do pré-sal”, como respondeu o Ministério das Minas e Energia a um pedido do governo de Sergipe.

O governador Marcelo Déda (PT) tentou antecipar o início da produção dos poços, em reunião há pouco mais de um mês com o ministro Edison Lobão e o secretário de Petróleo e Gás do ministério, Marco Antônio Almeida. A resposta foi que, por falta de equipamentos, principalmente plataformas, o Estado terá de esperar até 2020 para começar a extrair o óleo leve (de maior valor comercial) das descobertas recentes da região.

“Falta espaço nos estaleiros nacionais para dar conta das demandas de Sergipe”, disse o assessor econômico de Déda, Ricardo Lacerda. E por causa da exigência de fabricação dos equipamentos no Brasil não é possível recorrer ao afretamento das plataformas no mercado externo.

Animado com as sucessivas descobertas no litoral de Sergipe, o governo local considerou que o Estado seria uma prioridade para a Petrobras, contou Lacerda. Déda ficou entusiasmado com a possibilidade de encorpar o orçamento atraindo novos investidores e com os royalties do petróleo, hoje, praticamente restritos à produção em terra.

A Petrobras negou que haja limitações para produzir em Sergipe-Alagoas. Em nota, afirma que “no momento em que esse potencial (da bacia) estiver delimitado, a companhia decidirá sobre o melhor projeto para o desenvolvimento da produção dos campos descobertos”.