terça-feira, agosto 31, 2010

REPAR E CUBATÃO NO CRONOGRAMA DE PARADAS PROGRAMADAS


As Refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Presidente Bernardes (Cubatão) estão entre as unidades da Petrobras com paradas programadas para o segundo semestre deste ano, segundo a coordenadora da área de Abastecimento da estatal, Luciane Tomazzini. Diante desse cronograma estipulado pela estatal, a dúvida que surge é se esses períodos sem produção irão acarretar no aumento de importações pela companhia.

Esse questionamento entra em pauta pelo fato de que, no primeiro semestre, a refinaria de Paulínea (Replan), principal unidade do sistema Petrobras, entrou em parada programada, encerrada em maio. Justamente nesse período, compreendido pelo segundo trimestre do ano, houve um aumento de importação de diesel, que afetou o balanço da estatal, motivando críticas de analistas do mercado. No entanto, a paralisação da Replan incrementou a capacidade da refinaria em cerca de 30 mil barris diários.

Entre as duas unidades que irão parar, a primeira será a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, que já está fora de operação e volta a funcionar em 30 de agosto. A Repar, que tem capacidade instalada de 189 mil barris diários, está localizada em Araucária, no Paraná, e tem como principais produtos GLP, gasolina, óleo diesel, óleos combustíveis, querosene de aviação, asfaltos e nafta.

Na sequência, em setembro, a Refinaria Presidente Bernardes irá parar por um período de 30 dias. Instalada em Cubatão, São Paulo, a unidade produz 170 mil barris por dia, o que corresponde a 11% da produção de derivados no Brasil. Os principais produtos gerados por essa planta são: gasolina de aviação, diesel ecológico, gasolina Podium, componentes da gasolina da Fórmula 1 e coque para exportação.

Planejamento

A decisão de parar refinarias é comum na indústria do petróleo, especialmente em virtude dos riscos atrelados à rotina do setor. Essas paradas, em tese, não afetam a produção da Petrobras, já que é realizado um equilíbrio através de outras unidades do sistema. É justamente o caso do planejamento para o segundo semestre: Repar e Cubatão param, no momento em que a Replan, maior refinaria da companhia, volta a operar a pleno vapor, suprindo a demanda do período.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

EXPLORAÇÃO AVANÇA NA AMAZÔNIA


Iniciada em 1954, quando a Petrobras encontrou quantidades de petróleo sem potencial para comercialização nas cidades de Nova Olinda, Autaz Mirim e Maués, no estado do Amazonas, a exploração na região começa a entrar em uma nova onda de investimentos. Capitaneando este movimento está, novamente, a companhia estatal, que já têm duas descobertas no local e, agora, tem ao lado empresas privadas que arremataram concessões em leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Em 2011, o consórcio entre HRT Oil & Gas e a Petra Energia irá colocar em funcionamento a primeira sonda na Bacia do Solimões. A primeira empresa possui 51% dos direitos de 21 blocos na região, em área de aproximadamente 49 mil quilômetros quadrados, com potencial estimado entre quatro e seis bilhões de barris de óleo leve. Esta é uma das característivas da produção na Amazônia: a presença de um petróleo de excelente qualidade.

Já a Petrobras, que mantém quatro sondas de perfuração na região, estima que a descoberta no bloco SOL-T-171 tem reservas de 180 milhões de barris. Esse mesmo bloco já teve um plano de desenvimento aprovado pela estatal junto à ANP. A atividade petrolífera irá promover também o desenvolvimento de cidades como Carauari, por exemplo, a 780 quilômetros de Manaus, que servirá de base para a exploração na porção oeste da Bacia de Urucu.

Características da exploração

Em comparação a outras áreas terrestres, a extração de petróleo na Amazônia apresenta mais dificuldades, principalmente de ordem operacional. São regiões remotas e cercadas de vegetação nativa, de difícil acesso, inclusive, que abrigam reservas indígenas e florestais, acarretando barreiras legais. As bacias apresentam idades variadas, que giram em torno de 490 milhões de anos. Por isso, elas possuem rochas muito duras, que aumentam o tempo e o custo de perfuração.

Um exemplo dos trâmites que envolvem a atividade de petróleo na Amazônia vem da parte equatoriana da floresta. Recentemente, o Equador optou por assinar um termo de compromisso com o Programa das Ações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), abdicando da exploração na região onde poderia produzir 846 milhões de barris. A área fica em uma zona de proteção ambiental. Em troca, o governo do país irá receber cerca de US$ 3,6 bilhões, pagos por nações ricas como Alemanha, Holanda, Noruega e Itália.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

PETROBRAS VAI PARAR P-31 POR TRÊS VEZES


A última semana do setor de petróleo começou com uma notícia relacionada à ONS Exhibition Conference Festival, um dos mais importantes eventos do setor petrolífero, que aconteceu de 24 a 27 de agosto, na cidade de Stavanger, na Noruega. Visando estreitar relacionamentos e desenvolver negócios no setor, o Brasil enviou ao país europeu uma delegação com executivos de mais de 20 empresas brasileiras. A atenção com o mercado nacional de óleo & gás na ONS é tamanha que a feira teve um dia dedicado especialmente à indústria brasileira.

Ainda na segunda-feira, dia 23, a mídia destacou que o governo dos Estados Unidos exigiu da British Petroleum (BP) a entrega de um novo plano de prevenção de vazamentos. A medida prevê que a companhia britânica detalhe procedimentos de retirada e substituição do sistema que falhou no afundamento da plataforma Deepwater Horizon.

No dia seguinte, terça-feira (24), as manchetes trouxeram o início do processo de venda de parte dos ativos da OGX, braço de petróleo do grupo EBX, de Eike Batista. Entre as interessadas no negócio estão grandes players do setor: as chinesas Sinopec e PetroChina, a Exxon, a Chevron, uma indiana (provavelmente a ONGC) e a norueguesa Statoil. Nenhuma oferta foi realizada ainda devido ao fato de que o desenho final da venda também não foi divulgado pela OGX.

Na quarta-feira, dia 25, a Petrobras informou que vai fechar a plataforma P-31 por três vezes até 2011. O cronograma prevê a primeira parada para setembro, por três dias, a segunda para outubro, durante dez dias e a última entre fevereiro e maio de 2010, por mais 30 dias. A unidade, apelidada de ‘sucatão’, já havia sido alvo de denúncias por problemas de segurança semelhantes aos que causaram a interdição da P-33, pela ANP.

Investimentos no Brasil

Fechando a semana, na sexta-feira, dia 27, destaque para as notícias de empresas estrangeiras que estão voltando seu foco para o Brasil. No próxima dia 12 de setembro, o Holanda-Brasil Oil & Gas irá reunir contratantes brasileiros e fornecedores do país europeu que estão de olho nas oportunidades do pré-sal. No mesmo dia, Cingapura também esteve nas manchetes, através da Temasek Holdings, braço de investimentos do governo de Cingapura, que aposta no potencial de expansão de empresas brasileiras e da América Latina – a companhia tem recursos nas empresas BR Properties e San Antonio International, de serviços para o setor de petróleo.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

CADE PODE APLICAR MULTA RECORDE A CARTEL DE GÁS


A maior multa já aplicada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode sair do papel em setembro. Trata-se de um processo que vem sendo analisado desde 2007 e envolve as maiores empresas do setor de gases industriais: White Martins, AGA, Air Liquide, Air Products e Indústria Brasileira de Gases (IBG) – além de mais oito executivos dessas companhias. Elas foram acusadas de organizar um cartel para fraudar licitações públicas e dividir clientes e a multa, somada, pode ultrapassar R$ 1 bilhão.

Segundo apuração da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, o cartel teria prejudicado diferentes setores, como saúde, alimentos, bebidas e metalurgia, que compram gás industrial das empresas citadas. Quanto à punição, a SDE recomendou multa máxima às empresas envolvidas, à exceção da IBG, por julgar que esta teria se juntado ao cartel após ele já ter sido formado. As demais correm o risco de receber a maior pena prevista na Lei Antitruste, que equivale a 30% do faturamento, no ano anterior ao da abertura do processo.

Após tanto tempo de investigação, a sentença parece estar muito próxima de ser dada. Essa iminência é constatada pela obtenção do Cade, de provas - 22 CDs com documentos que comprovariam o cartel e 75 horas de gravações – junto à Justiça Criminal. Além disso, para agilizar o processo, o relator Fernando Furlan disponibilizou as gravações na Internet para as empresas acusadas, a fim de que elas possam, com mais rapidez, efetuar suas contestações.

Empresas se defendem

Diante da possibilidade de ser multada pelo Cade, ainda que em valor menor que as outras empresas envolvidas no caso, a IBG refuta qualquer menção como participante do grupo de grandes companhias do setor de gases industriais acusadas de formação de cartel. “Somos a única empresa a não figurar na denúncia que originou as investigações de cartel junto à Secretaria de Direito Econômico, não tendo sido objeto de qualquer procedimento de busca e apreensão ou gravações telefônicas por suposto envolvimento no Cartel”, explica Rubens Gonçalves de Barros, Gerente Jurídico da IBG Indústria Brasileira de Gases, em entrevista ao Nicomex Notícias.

O representante da IBG ainda detalha o porquê de a empresa ter sido envolvida no caso. “Acabamos incluídos neste processo por força de um documento impresso encontrado na mesa de um dos investigados, sendo que a autenticidade não foi sequer atestada por laudo da Polícia Federal”, diz Rubens Gonçalves, que enfatiza: “De fato, a IBG é uma empresa que, devido à sua atuação de 18 anos neste mercado, tem contribuído muito para os cofres públicos e empresas privadas na redução do preço dos gases, conduta que acaba incomodando as multinacionais concorrentes”.

Já a White Martins, que deve receber a maior multa entre as acusadas de cartel, se posiciona reafirmando seu compromisso com a livre concorrência. “A White Martins vem apresentando há sete anos argumentos sólidos em sua defesa no processo administrativo em curso no Cade, relativo ao setor de gases no Brasil”, se defende a empresa, por meio de sua assessoria.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/