terça-feira, janeiro 03, 2012

Portos devem movimentar um bilhão de toneladas em 2012


Em 2012, os portos brasileiros devem movimentar, pela primeira vez, um bilhão de toneladas em cargas, 12,3% mais que no ano passado, segundo estimativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Na esteira deste número recorde, muitas mudanças devem ocorrer: o Rio, por exemplo, tende a alcançar a liderança no ranking dos estados com maior movimentação de carga marítima, desbancando o Espírito Santo. Hoje, ele ocupa o segundo lugar, seguido por São Paulo. Parte deste crescimento se deve aos investimentos que voltaram ao setor. Diversas empresas anunciaram novos terminais, como os portos Sudeste, em Itaguaí, e Açu, no Norte Fluminense ambos do grupo de Eike Batista, além de projetos da Petrobras, da Gerdau e da CSN.

- Há um bom momento para o setor, que ganhou investimentos privados depois que o governo realizou uma grande frente de dragagem. Vemos avanços em todas as áreas, mas o crescimento maior é na movimentação de contêineres, que levam produtos com maior valor agregado. Se o bilhão de toneladas não for atingido em 2012 será por pouco. Também acredito que para o Rio assumir a liderança nacional é uma questão de tempo, devido a diversos projetos industriais e, principalmente, à exploração do pré-sal - afirma Fernando Fialho, presidente da Antaq.

Leônidas Cristino, ministro especial dos Portos, confirma esse bom momento. Para ele, o cenário mudou a partir de 2005, quando o governo retomou os investimentos no setor. Passada a fase de dragagem, Cristino afirma que o momento é de investir em gestão para "ampliar a capacidade dos portos sem a necessidade de novas obras."

- Estamos investindo mais de R$ 553 milhões em projetos de inteligência, como o Porto Sem Papel, o Carga Inteligente, que permite um acompanhamento de navios e caminhões, para que as cargas cheguem no momento certo aos terminais reduzindo os congestionamentos, monitoramento de navios e controle de resíduos dos portos - diz o ministro.

Acesso a terminais é entrave à expansão


Cristino reconhece, contudo, que ainda há muita coisa a ser feita:

- Hoje, 61% da carga nacional são transportadas pelo modal rodoviário, 21% pelo ferroviário e 14% pelo aquaviário. Nosso objetivo é ter, em 2025, uma distribuição mais igualitária entre estes modais, entre 25% e 30%, deixando o restante para o dutoviário e aeroviário. Temos que avançar muito.

Um dos pontos que merecem destaque é a cabotagem, ou seja, a movimentação marítima de mercadorias entre portos brasileiros. Cristino afirma que o governo pode criar incentivos para isso:

- Não faz sentido o Brasil ter duas rodovias translitorâneas, as BRs 101 e 116. Estamos estudando formas de se incentivar a cabotagem, inclusive com a criação de píeres dedicados a navios que circulem pelo Brasil - diz, lembrando que, além de retirar caminhões da estrada, a cabotagem ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes.

Paulo Fleury, diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), afirma que o avanço a um bilhão de toneladas de carga movimentada nos portos brasileiros, por si só, não deve ser comemorado:

- Nosso volume é, grande parte, de minério de ferro. Todo o país movimenta cerca de cinco milhões de contêineres, que são os produtos com maior valor agregado. Alguns portos chineses, sozinhos, movimentam mais de dez milhões de unidades.

Ele lembra que, embora alguns projetos comecem a ganhar forma e os portos públicos tenham ganhado investimentos nos últimos anos, o crescimento também gera outra preocupação: portos mais movimentados e navios maiores expõem carências no armazenamento de produtos e, principalmente, nos acessos terrestres aos portos, que podem ter sua expansão estrangulada por estas deficiências. Ainda assim, Fleury afirma que ocorreram avanços nos últimos anos:

- Excluindo a frota da Petrobras, que usa seus terminais para transportar combustíveis entre os estados, dobrou a frota de navios que fazem cabotagem em cinco anos.

Fonte: O Globo

Brasbunker construirá 5 barcos de apoio nos EUA



A Brasbunker, empresa brasileira criada por portugueses na década de 1960, encontrou nos Estados Unidos uma alternativa para acelerar o crescimento da frota própria de barcos de apoio marítimo no Brasil. O grupo, que tem como sócio o BTG Pactual, captou US$ 249 milhões com investidores institucionais, com o aval do Tesouro americano, para construir cinco barcos no estado da Flórida. O plano é fazer as embarcações operarem no Brasil, onde a demanda da indústria de petróleo é crescente, mas existe a possibilidade de a Brasbunker também utilizar os barcos no Golfo do México.

Os recursos fazem parte de investimento maior, da ordem de R$ 2 bilhões, que a Brasbunker planeja aplicar em cinco anos para ampliar a frota de embarcações, disse Marcelino José Nascimento, presidente do grupo. O investimento considera, além da captação no mercado americano, o desembolso de R$ 1,5 bilhão, dos quais 85% financiados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), fonte de financiamento de longo prazo para a indústria naval e offshore no Brasil. O agente financeiro na operação da Brasbunker junto ao FMM é o Banco do Brasil e a empresa vai participar do investimento colocando 15% em recursos próprios.


A Brasbunker foi fundada pelo pai de Nascimento e por um tio. Em 1962, começou a fazer o transporte marítimo de combustível em portos do país. Essa ainda é uma das principais atividades do grupo, que também passou a oferecer serviços de proteção ambiental contra vazamentos marítimos de petróleo e derivados. O apoio marítimo é outro foco da empresa, que é controlada por uma holding familiar, a Rio Alva, com 64%. O BTG Pactual tem 36%. A empresa não divulga o faturamento.

A empresa, diz ele, tem 78 embarcações em operação, das quais 40 dedicadas ao transporte de combustível em Paranguá, Santos, Rio de Janeiro, Vitória e Recife. Detém ainda 38 barcos em operação no apoio offshore, sendo oito próprios e 30 de terceiros (armadores estrangeiros).

O objetivo da empresa é construir 23 novos barcos de apoio marítimo - 18 no estaleiro do grupo em São Gonçalo (Grande Rio) e cinco na Flórida. Segundo Nascimento, a decisão de contratar as embarcações no estaleiro Eastern Shipyard, em Panamá City, na Flórida, levou em conta a velocidade da demanda por essas embarcações no mercado brasileiro. O estaleiro do Rio, apto a construir quatro barcos de apoio por ano, não teria como atender a demanda.

O processo para encomendar os barcos no mercado americano levou três anos e exigiu o cumprimento de diversas exigências feitas pela Maritime Administration (Marad), órgão ligado ao Departamento de Transportes dos Estados Unidos. Com o aval da Marad, em 19 de dezembro o banco JP Morgan emitiu um título em nome da Boldini, subsidiária da Brasbunker com sede nas Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, um Estado associado aos Estados Unidos. A emissão do título foi garantida pela Brasbunker Participações S.A., holding do grupo, e contou com o aval do Tesouro americano, disse Nascimento.

O executivo disse que os títulos foram comprados por investidores institucionais, como fundos de investimento. A Boldini terá quatro anos de carência e 20 anos de prazo para pagar os títulos, que têm juros de 3,6% ao ano. A operação terá contrapartida da Brasbunker, com recursos próprios, uma vez que a operação aprovada pelo Marad vai apoiar 82,5% do investimento nos cinco barcos, que terão bandeira das Ilhas Marshall, mas poderão operar no Brasil. Nascimento disse que o custo financeiro obtido nos EUA para construção das embarcações é semelhante ao do Fundo da Marinha Mercante, no Brasil.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

http://www.portalnaval.com.br/noticia/33626/ogx-recebe-licenca-de-operacao-para-tld-de-waimea



OGX informou que recebeu do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a Licença de Operação (LO) autorizando a operação da unidade FPSO OSX-1 e respectivas estruturas submarinas referentes ao Teste de Longa Duração (TLD) e Desenvolvimento da Produção de Waimea, no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos.

Com os equipamentos submarinos já instalados e inspeções dos órgãos governamentais realizadas, o FPSO OSX-1 se prepara para o translado à locação e para conexão ao sistema de produção, com início do TLD previsto para 23 de janeiro de 2012.

A acumulação de Waimea, que está em águas rasas da Bacia de Campos e foi descoberta pelo poço pioneiro OGX-3 em 18 de dezembro de 2009, tem seu TLD previsto para iniciar no prazo excepcional de cerca de 2 anos após a descoberta, através do poço horizontal OGX-26HP, que já se encontra pronto para esse teste.

Mais informações e o cronograma oficial para o início da produção podem ser acompanhados através do hotsite www.ogx.com.br/primeirooleo

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/