sexta-feira, julho 01, 2011

Petrobras contrata Altus para automação das plataformas do pré-sal



A Altus assinou contrato com a Petrobras o fornecimento de sistemas de automação das oito primeiras plataformas para as operações em larga escala do pré-sal. Esse é o maior negócio da história da empresa, no valor de R$ 115 milhões, impulsionado pelo alto nível de conteúdo local atendido pela Altus, de acordo com os requisitos da Petrobras.

O projeto contempla automação e controle das oito plataformas dos blocos exploratórios BMS09 e BMS11 na Bacia de Santos, incluindo os campos de Lula, Cernambi, Guará e Carioca. É formado por 12 sistemas integrados relacionados aos processos de produção, detecção de fogo e gás e desligamento de emergência (shutdown). A integração dos sistemas realizada pela Altus possibilitará a produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia quando todas as plataformas estiverem em operação, em 2017. Esse número corresponde a mais da metade do volume produzido atualmente no Brasil. Além do petróleo, as plataformas terão a capacidade de processar seis milhões de metros cúbicos de gás por dia.

A Altus é a única empresa brasileira que desenvolve produtos e tecnologia de automação para produção de Óleo & Gás em águas profundas. Esse status faz com que a empresa cumpra os requisitos de conteúdo local exigidos pela Petrobras para as plataformas. A regulamentação de conteúdo local faz parte de uma política do governo federal para ampliar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços, gerando emprego e renda para o país.

De acordo com o presidente da Altus, Luiz Gerbase, cada uma das oito plataformas tem como requisito uma porcentagem de conteúdo local nos equipamentos que vai de 20% na primeira até 80% na oitava. “Nós alcançamos 80% de conteúdo local já na primeira plataforma, onde a regulamentação prevê 20%”, afirma.

O maior negócio da história da Altus será um marco para a empresa, tendo em vista a importância da extração de petróleo na camada do pré-sal para a economia e a valorização da indústria nacional. Para Gerbase, o fornecimento reforça a confiança da Petrobras na tecnologia desenvolvida no Brasil. “Nos orgulhamos por fazer parte desse momento histórico, contribuindo para o desenvolvimento do país”.

A empresa prevê a ampliação de seu quadro funcional com a contratação de cerca de 80 pessoas nas áreas de Engenharia, Pesquisa & Desenvolvimento e setores administrativos.

Plataformas do tipo FPSO

Devido à alta profundidade e à distância da costa na exploração do pré-sal, as oito plataformas são do tipo FSPOs (Floating Production Storage and Offloading). As oito plataformas possuem a mesma concepção, são réplicas de um só projeto produzido em série no Estaleiro Rio Grande (RS). Essa é a maior encomenda simultânea desse tipo no mercado mundial de petróleo. Todas elas serão ancoradas na Bacia de Santos, sendo seis nos campos de Lula e Cernambi, e duas em Guará e Carioca.

Sobre a Altus

A Altus S/A desde sua fundação, em 1982, dedica-se à geração de tecnologia própria em automação e controle de processos industriais. A empresa trabalha em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, com duas unidades de negócios: produtos e integração de sistemas. No ramo de integração, conta com um variado histórico de projetos, onde combina tecnologia própria e experiência para fornecer uma solução completa aos clientes e parceiros.

Parit Participações

A Altus é uma empresa do grupo Parit, holding ligada ao setor de tecnologia. O grupo é também acionista da Teikon S.A., empresa que opera no mercado de Electronic Manufacturing, e da HT Micron, empresa que atua no back-end de semicondutores para a indústria eletrônica.

Fonte: http://portosenavios.com.br/

Sete Brasil convida OSX para licitação



O estaleiro OSX foi convidado pela Sete Brasil para participar do processo de licitação para construção de sondas de perfuração. A Sete tem participação minoritária da Petrobras e foi criada para gerenciar as encomendas de embarcações da estatal. "Fomos convidados pela Sete Brasil e vamos fazer uma proposta para construir sondas (de perfuração)", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da OSX, Roberto Monteiro.

O espaço para construções de empresas fora do grupo EBX - controlador da OSX - é de 20% e isso deve mudar apenas em 2015. Até lá o estaleiro terá cerca de 80% da capacidade de construção de plataformas flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs) ocupada com encomendas da petroleira OGX, do mesmo grupo.

A diminuição da ocupação pela OGX começa a partir de 2016. Inicialmente o estaleiro de São João da Barra (RJ), que terá 90% do seu investimento financiado pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), terá capacidade de converter simultaneamente seis plataformas FPSOs e oito plataformas fixas capazes de produzir em profundidades pequenas, até 150 metros. Quando o dique seco ficar pronto, será possível construir simultaneamente dois navios do tipo VLCC (navios de grande capacidade de transporte) ou duas a quatro sondas de perfuração, dependendo do tamanho das unidades.

O diretor da OSX disse que isso não significa que não exista espaço para encomendas de outras companhias. "Nossa capacidade para construir navios e sondas estará 100% disponível para o mercado brasileiro. E para construção de plataformas a ocupação pela OGX começará a cair a partir de 2016", diz Monteiro.

A OSX recebeu na semana passada sinal verde do Fundo de Marinha Mercante (FMM) para negociar uma linha de crédito de R$ 2,7 bilhões com um agente financeiro financiamento. Na segunda-feira, recebeu licença de instalação do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro para construir o estaleiro em São João da Barra, junto ao porto do Açu. A obra está orçada em R$ 3 bilhões, sendo que 10% desse total devem ser aportados pela coreana Hyundai Heavy Industries, que é sócia do projeto.

A Hyundai e a OSX assinaram um acordo para transferência de tecnologia de construção e formação de mão de obra na região. A OSX criou o Instituto de Tecnologia Naval (ITN) em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e, segundo Monteiro, serão treinadas 7 mil pessoas entre 2011 e 2013.

A estimativa do grupo é que a obra do estaleiro seja concluída em 2014, mas antes disso haverá uma entrega parcial prevista para o primeiro trimestre de 2013. É quando ficará pronta a área para fazer a montagem da quarta plataforma da OGX.

Fonte:Valor Econômico/Cláudia Schüffner Do Rio