domingo, setembro 18, 2011

OGX inicia instalação de equipamentos para Teste de Longa Duração na Bacia de Campos


Companhia prevê início do TLD no prazo excepcional de cerca de 2 anos após a descoberta de Waimea

A OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural, recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a Licença de Instalação (LI) referente ao Teste de Longa Duração (TLD) e Desenvolvimento da Produção de Waimea, no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação nesse bloco. Após a concessão da licença, a companhia iniciou a instalação dos equipamentos para o começo do TLD em Waimea.

“Com o recebimento desta LI, iniciamos imediatamente a instalação dos equipamentos submarinos e do sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 na acumulação de Waimea, partindo assim para a última etapa do processo rumo à produção”, comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX.

A instalação dos equipamentos submarinos será feita através do barco Aker Wayfarer, que tanto tem capacidade de instalar o sistema de ancoragem do FPSO OSX-1, quanto de interligar as linhas flexíveis. Para iniciar a ancoragem, as estacas são cravadas uma a uma e suportam a bóia através de amarras e cabos. Finalizada essa ancoragem, inicia-se a interligação das linhas flexíveis à bóia que será posteriormente conectada ao FPSO.

A acumulação de Waimea, que está em águas rasas da Bacia de Campos e foi descoberta pelo poço pioneiro OGX-3 em 18 de dezembro de 2009, tem seu TLD previsto para iniciar no prazo excepcional de cerca de 2 anos após a descoberta, através do poço horizontal OGX-26HP, que já se encontra pronto para esse teste.

Fonte: Assessoria

Municípios ameaçam ir à Justiça contra mudança nos royalties



Rio de Janeiro, Campos, Macaé e Rio das Ostras estão entre os mais afetados

O governador do Rio, Sérgio Cabral, e os principais municípios fluminenses produtores de petróleo reagiram à proposta do governo que altera a divisão dos royalties e ameaçam entrar na Justiça. Rio de Janeiro, Campos, Macaé e Rio das Ostras estão entre os mais afetados. Os municípios terão sua participação limitada a 6% em 2020, no lugar dos atuais 26,25%. Pela proposta, a queda seria gradual e já em 2012 a fatia cairia para 18% do total dos royalties arrecadados.

Para que estados e municípios não produtores de petróleo entrem na divisão do bolo e passem a receber royalties, os municípios produtores é que pagariam grande parte dessa conta, deixando de ganhar R$ 24,03 bilhões até 2020. Nesse período, a União se propôs a abrir mão de R$ 15,17 bilhões, já que sua parcela cairia de 30% para 20%. O Estado do Rio ficaria sem R$ 1,5 bilhão, com a redução da fatia dos estados produtores de 26,25% para 25% a partir do ano que vem. No total, todos os estados produtores teriam R$ 1,7 bilhão a menos

O município fluminense de Macaé, que recebeu R$ 439 milhões em royalties e participações especiais ano passado, pretende entrar com mandado de segurança contra a nova divisão. Para Marcos Marotti Sales, procurador geral de Macaé, o corte nos repasses não pode ser feito do dia para a noite.

Segundo Riverton Mussi Ramos, prefeito de Macaé, obras e investimentos em saúde e educação teriam de ser suspensos. Hoje, 40% do orçamento de R$ 1,2 bilhão vêm do petróleo. Riverton, presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), disse que segunda-feira haverá um encontro para decidir o que será feito:

- Podemos entrar com uma ação conjunta entre os municípios ou, através da Ordem dos Advogados do Brasil, com uma ação de inconstitucionalidade.

A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, afirmou que vai entrar com ação no STF e na Receita Federal. Segundo ela, na próxima semana haverá manifestações em todas as cidades do Rio. Hoje, o petróleo responde por 70% do orçamento de Campos, de R$ 2 bilhões:
- Se a liminar for acatada, vamos discutir isso na Justiça. Sem esse dinheiro, toda a região (Norte Fluminense) quebra.

Governador do Rio reage via rede social

Cabral afirmou pelo Twitter, que não aceita a proposta do governo. Ressaltou que os estados e os municípios têm direito adquirido ao que foi licitado. "Da maneira que se quer prejudicar os estados e municípios produtores só vai nos restar ir à Justiça", postou. Em nota, lembrou que a receita já está integrada ao patrimônio e que os recursos são indispensáveis para o equilíbrio do orçamento.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que todas as propostas apresentadas estão sendo analisadas. Ele admitiu a possibilidade de alguns municípios produtores questionarem na Justiça a perda de arrecadação, mas minimizou:

- O direito de ir à Justiça é assegurado. Mas os municípios confrontantes são poucos, e, portanto, recebem muito, enquanto 5.500 outros municípios não recebem nada.

Para o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a proposta permite a discussão:

- Não é uma proposta que desequilibra, tem questões a serem ajustadas, principalmente em relação aos municípios produtores, mas permite que a gente continue conversando. O que não está ainda adequado é o ambiente, porque tem muita gente querendo avançar muito sobre as receitas dos produtores.

Em seminário sobre guerra fiscal em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou que o próximo movimento deve partir dos estados produtores para que saia o acordo:
- Cada um tem que ceder um pouco, a União vai ceder um pouco, estados produtores têm que ceder um pouco.

Fonto. OGlobo

Empresas chinesas preparam 'invasão' para chegar no pré-sal



A nova leva de recursos chineses no Brasil será destinada à cadeia petrolífera

De olho em encomendas que devem somar US$ 400 bilhões até 2020, empresas chinesas do setor de petróleo e gás preparam uma espécie de "invasão" ao Brasil. Pelo menos 20 fornecedores da cadeia de bens e serviços de petróleo desembarcam ainda em 2011 no Brasil, em busca da forte demanda oriunda, especialmente de projetos na camada pré-sal liderados na maior parte pela Petrobras. Depois de investir principalmente em telecomunicações e em equipamentos de construções rodoviárias, a nova leva de recursos chineses no Brasil será destinada à cadeia petrolífera, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang."O Brasil é um mercado importantíssimo, e as empresas chinesas querem investir", afirma.

Inicialmente, essas companhias chegam abrindo representações por aqui. A perspectiva, segundo Tang, é que muitas delas passem a produzir no Brasil. "Os projetos têm cada vez maior índice de conteúdo nacional. Portanto, fabricar aqui no país vem se tornando um elemento importante", observa. Vai se instalar aqui, por exemplo, a Honghua, fabricante de sondas que recentemente ganhou contrato para fornecer dois equipamentos de perfuração terrestre para a Queiroz Galvão Óleo e Gás. Outra companhia que prepara a entrada no país é a CIMC Raffles, que já forneceu duas plataformas de perfuração para o grupo Schahin.

TEMOR
A indústria nacional não esconde o temor com a entrada de mais empresas chinesas. Para Bruno Musso, superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), a maior parte das companhias que estão chegando está simplesmente abrindo escritórios e vendendo produtos importados. "Temos a percepção de que eles estão chegando com mais força, mas sempre na linha exploratória. Inclusive trazendo trabalhadores chineses", afirma. Musso diz não ser contrário à chegada de empresas de outros países, desde que venham agregar à produção nacional. No ano passado, duas grandes petrolíferas chinesas desembarcaram no país.

A estatal Sinopec, maior companhia de petróleo do país asiático, adquiriu 40% do capital da Repsol Brasil. Já a Sinochem obteve, por US$ 3 bilhões, 40% de participação no campo de Peregrino, na bacia de Campos (litoral do Rio). A norueguesa Statoil é a outra sócia do bloco. Maior compradora de produtos brasileiros, a China tem interesse em investir também em transporte marítimo, cujas atividades dão apoio à atividade petrolífera. Perspectivas do segmento petroleiro e da entrada dos chineses serão discutidas no seminário Mare Forum, que será realizado nesta terça-feira (dia 13/09), no Rio de Janeiro.

Fonte: Folha de SP