terça-feira, setembro 14, 2010

Novas regras para a indústria naval


Depois de mais de 30 anos estagnada no país, a indústria da construção e reparação naval brasileira está prestes a ganhar novas regras de trabalho e meio ambiente no intuito de evitar a ocorrência de acidentes. A Norma Regulatória 34, que deve ser publicada em outubro, atualiza e aperfeiçoa orientações para o exercício de diversas atividades neste setor, entre elas o trabalho a quente, montagem e desmontagem de andaimes, jateamento e hidrojateamento, movimentação de cargas, instalações elétricas provisórias e trabalhos em altura.
O setor naval já emprega 80 mil pessoas no Brasil, número que pode passar de 100 mil num prazo de dois anos. Somente no Estaleiro Atlântico Sul são cerca de 4 mil. Quanto mais gente trabalhando, mais riscos de ocorrer acidentes como o que vitimou o soldador Lielson Ernesto da Silva, 25 anos, que faleceu em julho de 2009 após ter sido atingido por uma placa de aço de uma tonelada. Em maio deste ano, o montador Joelson Ribeiro de Souza, 47, caiu da base da chaminé do primeiro navio construído em Pernambuco - o recém batizado João Cândido - e não resistiu.
"O setor naval não tinha uma norma própria. Utilizava a NR-18, elaborada para a construção civil, que não atende às suas especificidades. Com a retomada dessa indústria, surgiram demandas tanto por parte das empresas quanto dos trabalhadores e nós elaboramos a NR-34", explicou o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Luiz Carlos Lumbreras, coordenador da Comissão Tripartite sobre Condições de Trabalho na Indústria Naval (CT Naval). Ele está no Recife participando da reunião final de elaboração da norma.
A NR-34 levou mais de dois anos para ser finalizada. Começou com a criação da CT Naval, em janeiro de 2008, passou pela formação de um grupo técnico específico para estudar e discutir os procedimentos de trabalho realizados em estaleiros (GTT-NR34), em março daquele ano, e pela elaboração de um texto base que foi levado à consulta pública. O processo termina agora com o envio do textopara a Comissão Tripartite Paritária Permanente do Ministério do Trabalho. A expectativa é a de que ela seja publicada no Diário Oficial da União em outubro, com aplicação imediata. As empresas do setor, entretanto, terão 90 dias se adequar.
Segundo o representante do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval), Marcelo de Carvalho, a aplicação da NR-34 não traz custos diretos para os estaleiros. "Teremos custos indiretos com treinamento dos técnicos e engenheiros de segurança. Será um aprendizado, pois vamos trabalhar em cima dos equipamentos e procedimentos que já adotamos", comentou.
É bom lembrar que os afastamentos não ocorrem apenas devido a acidentes। Existe uma série de doenças causadas por uma atividade industrial como a construção e reparação de navios, a exemplo das que acometem o trato respiratório. Para facilitar o treinamento dos profissionais será editado um manual ilustrado dentro de aproximadamente seis meses.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Modal marítimo deve ser explorado


Com mais de dez mil quilômetros de costa marítima, mas com o transporte de cargas internas realizado praticamente pelo modal rodoviário, o Brasil começa aos poucos a discutir e a buscar os meios adequados para dinamizar e expandir o transporte de cabotagem - movimentação de cargas entre portos de um mesmo País. Para tanto, muitos fatos, ou remadas, ainda precisam ser dados para quebrar, inicialmente, a cultura do caminhão, que subsiste apesar das péssimas condições das estradas brasileiras.
A observação é do consultor e professor de logística, Heverson Inamar Souza, para quem o transporte de cabotagem não crescerá sozinho, sem antes assegurar uma maior interface com os modais rodoferroviários e até aeroviário. Nesse sentido, ele aponta a necessidade de se melhorar os acessos aos portos para caminhões e trens; bem como equipá-los com melhor estrutura de logística, com equipamentos modernos para agilizar os procedimentos de carga e descarga, além de uma legislação mais ágil e menos burocrática. "Continuamos a praticar o intermodalismo, em vez do multimodalismo", alerta Souza.
Palestrante da Feira de Transporte Intermodal e Logística (Transmodal Brasil) que transcorre até amanhã, em Fortaleza, ele avalia ainda que as relações trabalhistas também precisam ser melhor discutidas, como forma de melhor capacitar e elevar a produtividade dos trabalhadores portuários.
Mar calmo
Souza ressalta no entanto, que nem tudo é só dificuldades e que muitos dos problemas poderiam ser facilmente resolvidos, tendo em vista a boa disposição e localização dos portos brasileiros. "Nossos portos são de fácil acesso, nosso mar é calmo e o clima é bom e sem intempéries, o que torna a navegabilidade mais segura e tranquila", (em relação ao transporte rodoviário), ressalta o professor.
Apesar de tudo, reconhece que "as tarifas portuárias ainda são muito elevadas" e os custos para transporte de cabotagem entre portos de uma mesma região também não são ainda, competitivos. "Mas entre regiões, em distâncias maiores, os custos se diluem e pode se tornar mais competitivo", defende.
Opinião semelhante tem o diretor da Transmodal, Feliciano Monte Ramos, para quem a interface entre os vários modais beneficiará a todos, à medida em que favorece a ampliação do volume de cargas transportadas. "A melhoria do ferroviário favorece até as transportadoras, que podem operar em trechos menores, a partir da criação dos centros de distribuição", diz.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

ATMOSFERAS EXPLOSIVAS: ASSUNTO IMPORTANTE NO SETOR PETROLÍFERO


Atmosferas Explosivas são ambientes com presença de substâncias inflamáveis ou combustíveis mais oxigênio, em que havendo uma fonte de ignição, estão sujeitos à combustão e explosão. Essas substâncias podem ser na forma de gases, vapores, poeiras ou fibras. O assunto é de vital importância no mercado petrolífero, pois sua correta identificação e gerenciamento são os fatores que determinam a segurança do pessoal e do patrimônio.
Ao longo dos anos ocorreram grandes mudanças na Legislação Brasileira relativas a instalações elétricas em atmosferas explosivas que atingiram todas as empresas que armazenam, manipulam ou processam inflamáveis, que são as Indústrias Químicas, Petroquímicas. Estas mudanças provocaram grande impacto, gerando dúvidas e criando conflitos entre fabricantes, usuários, entidades certificadoras, além de sistema segurador brasileiro e o corpo de bombeiros.
Com o objetivo de eliminar as dúvidas e colaborar com os fabricantes nos processos de certificação de produtos e qualificação de profissionais atuantes nesse segmento, foi criada em março de 2001, a Associação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABP-Ex). Inicialmente, a entidade foi constituída pelos mais importantes fabricantes de componentes utilizados normalmente para estes fins.
“A importância desse assunto no setor de óleo e gás é fundamental tanto para consumidores como para fabricantes”
Entrevistado pela Nicomex Notícias, Sérgio Rausch, representante ABP-Ex, destaca que a Associação surgiu da necessidade de desmistificar o assunto que, durante décadas, por falta de uma normalização e legislação nacionais, sofreu influências de soluções específicas de determinados(OUTROS) países. que, por razões históricas, equiparam as primeiras refinarias e terminais, criando uma série de mitos e tabus, que têm exigido contínuos esforços no treinamento de profissionais e regularização de instalações com base nas normas vigentes. “A importância desse assunto no setor de óleo e gás é fundamental tanto para consumidores como para fabricantes, que são indústrias químicas, petroquímicas, do petróleo, açúcar e álcool, farmacêuticas, de tintas, de cosméticos, de alimentos, siderúrgicas, distribuidoras de gás, etc”, disse Sérgio.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/